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Lista | What If…? – 1ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

por Luiz Santiago
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Nota da Temporada

What If… chega ao fim de seu primeiro ano jogando com um time vencedor: a receita da Marvel que majoritariamente vem dando certo nos cinemas e na TV. Inegavelmente tem seu charme (e por falar nisso, perceberam a leve diferença na animação?) e carrega todos aqueles truques detalhadamente pensados para nos impressionar. Isso funciona? Para mim, sim, na maior parte do tempo. Na outra parte, porém, me sinto feito de palhaço ao ter em mãos um cenário grandioso, com muita gente aos socos, pontapés, tiros, poderes e frases de efeito, com quase nada que possa preencher satisfatoriamente o enredo (o que vale para episódio e para a temporada). Abaixo, segue a minha classificação para os episódios dessa temporada. Comente também com a sua lista!

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9º Lugar: What If… Zombies?!

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Sebastian Stan ainda carrega o selo de pior dublador do elenco, mas esta performance é pelo menos cem vezes melhor que a realizada em What If… Captain Carter Were the First Avenger?. O restante do elenco faz um bom trabalho, e no meio de todo mundo, eu só tive dificuldade para reconhecer a voz de Jon Favreau, como Happy. Jurava que era outro ator interpretando o personagem. No todo, What If… Zombies?! até consegue trazer algo novo, algo mais leve na forma como trata um mundo dominado por heróis transformados em zumbis. Entretanto, somando o conceito já tortuoso vindo das HQs, a adaptação apressada, o conflito ético de Visão resolvido de maneira que não condiz com o personagem (como se ele não tivesse pensando em nenhuma outra possibilidade) e o encerramento abrupto conferem ao episódio a lanterninha de qualidade da temporada. Que o Vigia olhe por nós e não permita que haja um pior que este. Pelo menos essa interferência ele deve fazer.

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8º Lugar: What If… Killmonger Rescued Tony Stark?

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O contexto desses os episódios tem sido uma boa fuga a cada semana. Mostram uma variedade curiosa de eventos no Multiverso da Marvel e criam boas deixas para o que poderemos encontrar nas telonas em fases futuras. Nesse episódio do Killmonger, temos a atenção merecida para o personagem e um bom tratamento de sua persona pelo roteiro: sentimentos, sonhos de conquista, pensamento político e alinhamento moral, ao menos coerentes com a versão cinematográfica interpretada por Michael B. Jordan, que conduz uma boa dublagem aqui. O que não temos é um episódio que consegue contar uma história sem direcionar toda a energia para uma continuação. E sabem o que é pior? Por ser uma estratégia de produção, não vejo mudanças para este cenário. Lá vamos nós torcendo para que os capítulos das próximas semanas não sejam aventuras que “escondem o ouro” e que terminam em reticências frustrantes. Não demora, e logo estaremos cansados de tudo disso.

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7º Lugar: What If… The Watcher Broke His Oath?

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O final desta primeira temporada de What If… já havia sido previsto com exatidão desde What If… Thor Were an Only Child?, embora o conceito tivesse aparecido levemente em discussões anteriores. E sim, foi um bom final, apesar de tudo. Uma das coisas que essa temporada de estreia da série nos trouxe foi a bifurcação na abordagem de tramas fora do Universo principal da Marvel, criando aventuras com uma clara indicação de continuidade e outras que aparentemente encerravam-se em si mesmas. No fim das contas, essa aparência híbrida virou outra coisa neste último capítulo, onde o roteiro de A.C. Bradley faz de tudo para dar sentido à bagunça de abordagens.

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6º Lugar: What If… Captain Carter Were the First Avenger?

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What If…? começa com boa demonstração de uma linha alternativa da Marvel, sabendo criar coisas interessantes para a sua protagonista e cercando-a de personagens em ações e situações igualmente interessantes. O proto-Homem de Ferro que aparece não toma o lugar de Peggy, e o tempo inteiro temos uma interação gostosa entre amor, amizade, o prazer de matar nazistas e aquela abordagem ufanista e patriota que permeia uma porrada de produções sobre a 2ª Guerra Mundial e que, ao menos na ficção, tem a capacidade de tocar a gente. Montagem preguiçosa em certo ponto, cortes narrativos que quebram coisas muito boas e um estilo de animação que torna os rostos dos personagens em uma massa quase inexpressiva são pedras no sapato que, acredito eu, voltarão a aparecer no show. Se, a despeito delas, os episódios da antologia continuarem nos divertindo desse jeito, então teremos mais uma produção aplaudível vindo dessa dominadora de mundos chamada Marvel Studios. Tá difícil segurar, hein!

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5º Lugar: What If… Thor Were an Only Child?

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O final, com Ultron (com seu corpo perfeito de Visão e a armadura coberta pelas joias do infinito) revela a tragédia que a gente esperava, após uma trama inteira centrada no riso, na festa e nas coisas bonitinhas da vida. Esperávamos isso no meio do episódio, mas quando não veio, quase acreditamos que poderia ser uma trama com um final feliz. E em relação ao núcleo principal, até que foi. Essa felicidade, porém, teve um preço. A pergunta que fica é: será que a produção da série aproveitará essa deixa para criar uma épica batalha ao final, juntando heróis de diferentes Universos, ou a temporada será mesmo uma mistura estranha entre histórias autocontidas seguidas de histórias que devem continuar na próxima temporada?

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4º Lugar: What If… the World Lost Its Mightiest Heroes?

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Desesperançoso e até cruel em seu desenvolvimento, esse capítulo de What If… termina com uma nota de esperança, uma verdadeira luz no fim do túnel para um Universo entregue à dominação caótica de Loki. As perdas dos heróis antes mesmo de começarem suas atividades (e de Thor, antes mesmo de ter um primeiro contato com Fury) tornam a iniciativa Vingadores ainda mais icônica, com um peso de ação e de importância gigantescos para a Terra. É como comentei no episódio anterior: o Universo sempre vai dar um jeito de tentar ajustar a balança para o outro lado. Se a coisa vai mal demais, uma nota de boas-novas deve aparecer no caminho. Se vai bem demais, pode esperar tranquilamente a tragédia acontecer. É o que faz o drama andar. E especialmente numa série desse tipo, essa relação é definitivamente necessária, muito bem aguardada e constantemente interessante.

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3º Lugar: What If… T’Challa Became a Star-Lord?

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Em tempo: eu estava com um sorriso bobo no rosto quando o episódio acabou, e rapidamente fui tomado por uma sensação de tristeza pela perda de um homem como Chadwick Boseman. Que legado lindo ele deixou para a arte! E que incrível terem feito jus à sua memória como artista! Uma merecida homenagem ao nosso eterno e querido Pantera Negra.

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2º Lugar: What If… Doctor Strange Lost His Heart Instead of His Hands?

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A simbologia de What If… Doctor Strange Lost His Heart Instead of His Hands? é daquelas que falam diretamente conosco porque trata de algo que já vivemos ou que já vimos outras pessoas viverem. O luto, principalmente os que são muito próximos de nós, tem a capacidade de nos transformar, de ressaltar em nós algum aspecto que não sabíamos ter. E nem sempre este é um aspecto positivo. Para o Stephen Strange desse Universo (gostei demais da dublagem de Benedict Cumberbatch aqui!), o que foi ressaltado nele foi a obsessão, a incapacidade de aceitar perder algo que amava, a teimosia em querer algo que custaria a vida de um Universo inteiro e que, mesmo assim, uma parte dele continuou insistindo. É muito simbólico, inclusive, que a Anciã (Tilda Swinton, ótima como sempre) tenha feito justamente essa separação de personalidade, criando duas versões de Stephen na mesma linha do tempo. No fim, não adiantou: a escolha cega do personagem trouxe o fim a tudo. Um episódio sombrio até a alma. E um dos mais interessantes da série até aqui em termos de encadeamento do problema central.

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1º Lugar: What If… Ultron Won?

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What If… Ultron Won? conseguiu um feito impressionante, funcionando como antítese de alta qualidade do [queridinho] episódio que o antecedeu; e mesmo se valendo de uma organização ruim para o todo da temporada, reuniu de forma aplaudível essas sementes lançadas anteriormente. Pelo menos, aqui, elas serviram para algo. Tenho até medo do episódio final. Porque vai precisar se esforçar muito para bater esse em qualidade. Será que consegue?

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