Já havia passado da hora de atualizarmos o ranking do universo cinematográfico Marvel, contemplando a visão de nossa nova equipe, além de, claro, adicionar os filmes pertencentes a “superfranquia” lançados de 2019 para cá. Assim, antes da Marvel voltar às atividades em 2022, com Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, trazemos a quarta versão dessa lista tradicional do site – confira aqui a primeira versão, aqui a segunda, e aqui a terceira –, desta vez, ranqueado todos os 27 filmes lançados até agora pelo MCU.
Participaram desse ranking: eu, colunista que vos falo, Iann Jeliel; meu companheiro de perfil, Davi Lima; o ilustre editor fanboy de Homem de Ferro 3, Ritter Fan; além dos ilustres companheiros Kevin Rick, Roberto Honorato, Fernando Campos, Handerson Ornelas e Rodrigo Pereira. Antes de irmos para a classificação, confiram abaixo alguns dos critérios utilizados para sua elaboração:
- Em primeiro lugar, é importante ressaltar que foram considerados apenas os filmes lançados para o universo cinematográfico compartilhado da Marvel. Ou seja, as outras versões de um certo herói (e sua versão preta) que apareceram e se juntaram em um certo filme, apesar de entrarem no cânone do MCU, não tiveram seus filmes considerados, pois não foram filmes que nasceram com o intuito inicial de pertencer a esse universo. Estamos entendidos?
. - Em segundo lugar, parece óbvio falar, mas é bom reforçar que estamos ranqueando apenas os filmes em longa-metragem. Sendo assim, curtas e todas as séries da Marvel, seja em parceria com a Netflix, seja as minisséries (que parecem filmes) originais do Disney Plus, ou Agentes da Shield, Agente Carter, Inumanos, The Runaways e quaisquer outras obras de origem televisiva, ficaram de fora.
. - Deixando isso claro, é preciso dizer também que só participaram do ranking quem viu todos os 27 longas-metragens considerados, sem exceção.
. - Cada um elaborou seu ranking individual. Em cada ranking, os filmes ganharam uma certa quantidade de pontos, adquiridos de forma inversamente proporcional à sua colocação. Exemplificando: O 1º lugar levou 27 pontos, o 2° lugar, 26 pontos, o 3° lugar, 25 pontos, e assim sucessivamente até o último e 27° lugar, levando apenas 1 ponto;
. - Com a soma simples dos pontos, chegamos à primeira versão da lista, uma vez que houve um empate. Para desempatar, o filme que levou a melhor colocação em ranking individual levou vantagem;
. - A classificação final pode não refletir na avaliação das críticas, visto que, os colunistas presentes, obviamente, têm divergências nas opiniões entre si.
. - Os comentários curtos abaixo das posições serão feitos por mim (Iann) e pelo Davi, representando parte da nossa opinião, mas levando em conta a impressão conjunta dos escritores envolvidos;
. - Haverá links para cada crítica (com ou sem spoilers) nos títulos. Não deixe de ler os comentários e acessar os textos completos após o ranking.
Por fim, esta, como qualquer outra lista, não possui caráter definitivo. Concorda? Discorda? Ótimo! Deixe sua opinião sobre a nossa ordem com respeito nos comentários, além de colocar a sua ordem para a gente debater. Vamos ao ranking!
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27° Lugar: Thor: O Mundo Sombrio
(31 Pontos)
Davi Lima: Com tantas mudanças na direção, indecisões de Kevin Feige sobre a identidade do personagem e reescritas de Joss Whedon para o roteiro, a última posição para O Mundo Sombrio no ranking é muito justa. Embora tenha uma das melhores conversas entre Thor e Loki, o desenvolvimento narrativo não tem qualquer peso dramático – há um conforto visual e dramático que ameniza tudo – ou caráter minimamente memorável: duvido alguns fãs saberem o nome do vilão desse filme de tão esquecível.
Luiz Filho dos Meus Pais: Até bem pouco tempo eu não tinha visto a porcaria chamada Lixuda Ridiculeda (e quisera Deus que nunca tivesse eu, pobre servo do Senhor, colocado os olhos nessa infame desgraça). A partir desse momento, minha opinião mudou: o PIOR filme de bonequinho é o da Lixuda. Mundo Sombrio agora está em penúltimo na minha lista. “Ah, Luiz, onde está a sua lista, que eu não vi? Você nem participou da lista geral, por que?”. E minha resposta para você, seguindo a minha conhecida e orgulhosamente cultivada simpatia e ternura para com os enxeridos, é a de sempre: “Não interessa pra você, palhaço!!!”.
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26° Lugar: Homem de Ferro 2
(48 Pontos)
Iann Jeliel: O maior mérito do filme foi organizar o terreno para que o crossover dos Vingadores fosse possível sem tantas preocupações para contextualizações. Em compensação, a continuação da jornada de Tony Stark e seu desenvolvimento é sacrificado por essa proposta tão preocupada com o macro, tornando a narrativa dispersa em um amontoado de conflitos e subtramas.
Luiz Mark II: Lá vem. É por isso que eu digo: quando colocar um filme pra assistir, não pode ficar caçando pokémon, ensaiando dancinhas do tik tok ou seja lá o que os xófens fazem hoje em dia. Tem que assistir ao filme!
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25° Lugar: Thor
(52 Pontos)
Iann Jeliel: As boas ideias e a didática da apresentação da mitologia espacial/nórdica não conversam com a proposta “shakespeariana” de Kenneth Branagh. Muito porque, boa parte da história é passada na Terra, levando o que deveria ser secundário narrativamente ao foco do script e, consequentemente, deixando a motivação da virada do heroísmo do protagonista artificial. Sobra, apenas, o show particular do vilão Loki, que mais tarde também seria o antagonista dos Vingadores e um anti-herói relevante para o universo.
Luiz Martelando o Martelão: Esse filme precisava ter um subtítulo também. Vamos ver um bem condizente com ele… vejamos… hum… Thor: Nada a Ver Vezes Tanto Faz.
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24° Lugar: O Incrível Hulk
(56 Pontos)
Iann Jeliel: É completamente desvinculado do tom narrativo de qualquer outro filme da Marvel. Por um lado, a suposta densidade dramática do personagem aliada ao talento performático de Edward Norton dá uma credibilidade mais ameaçadora à criatura na memorável batalha final. Por outro, o tom sóbrio da narrativa anda em círculos sobre um mesmo ponto de conflito: a perseguição de apanhar Bruce Banner. Conduzida sem a intensidade necessária na ação, por vezes, esta deixa a condução da história bem monótona.
Luiz, a Jubarte Esmeralda: É tipo um ensaio de um filme do Hulk. Algo como “O Que Aconteceria Se… Um Dia a Gente Talvez, Quem Sabe, Se Pá, Fôssemos Fazer Um Filme do Golias Verde?”
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23° Lugar: Viúva Negra
(59 Pontos)
Davi Lima: A morte da personagem criou mais burburinhos negativos do que comoção, e o filme era esperado ainda na segunda fase, especialmente depois da forte participação dela em Capitão América: Soldado Invernal. Por isso, Viúva Negra é uma obra fadada ao desgosto pré-concebido que acaba se misturando com a simples história “prelúdica” da personagem-título durante os acontecimentos pós-Guerra Civil da Marvel. Embora seja um dos filmes com melhores cenas de ação do MCU, e tenha uma qualidade artística mais autoral no meio da fórmula Marvel, a obra é mais um suspiro do que uma marca nesse universo de super-heróis, infelizmente.
Observação importante, by Iann Jeliel: Um crime foi cometido aqui!!!!!!
Observação importante, by Luiz Molotov-Kalashnikov: Qualidade artística autoral? Menino, tu não fez Proerd não??? Essa desgraça, esse lixo tóxico, essa porcaria, essa inominável caca radioativa, essa lama do inferno, esse estrume de Belzebu, essa horrenda miséria que algumas pessoas criminalmente conseguem chamar de filme ainda conseguiu lugar na lista? Isso nem filme! Achei que era uma lista de FILMES! Isso deveria estar na lista de piores sonhos de Satã ao pensar em castigos para a humanidade. Podre! Podre! Podre!!!
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22° Lugar: Doutor Estranho
(63 Pontos)
Iann Jeliel: Stephen Strange vive os mesmos dramas de Tony Stark, carregando sua personalidade sarcástica e o tipo de humor já desgastado. O mundo místico é introduzido de forma preguiçosa. A magia é meramente um artifício para o futuro, e não é nem sequer aproveitada pelo personagem nas cenas de ação predominantemente corporais. Com exceção, lógico, da inteligente solução final: “Dormammu, eu vim barganhar”.
Luiz Olho de Capirotto: Olha só o primeiro parágrafo da minha biografia aí em cima! Uma obra que certamente será melhor que este filme!
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21° Lugar: Capitã Marvel
(68 Pontos)
Iann Jeliel: Se a decepção de Capitã Marvel narrativamente é justa, o mesmo não pode ser dito da responsabilidade social. Carol Danvers não dá “pano pra manga”. Sua arrogância é o que conquista e afasta o público, o que a torna no mínimo mais interessante que os demais personagens piadistas da Marvel. Brie Larson encaixa muito bem nessa proposta e é uma excelente atriz para fazê-la funcionar. É claro que a primeira heroína protagonista da Marvel poderia ter sido muito mais, mas ao menos ela não depende de homem nenhum para fechar seu arco mediocremente glorificante.
Luiz Vell-Mar: Melhor que o filme é o choro e o ranger de dentes dos incelzão fedido em relação à obra. Nunca me diverti tanto quanto na época do lançamento. Se essa gente sofre, eu fico feliz.
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20° Lugar: Homem-Formiga e a Vespa
(70 Pontos)
Davi Lima: Se o Homem-Formiga já era muito voltado para comédia, com alguns pontos de drama familiar envolta do tema da paternidade, a continuação se entrega ao humor pastelão e a graça dos conflitos românticos famosos no cinema americano. Em alguns aspectos ele é um filme subestimado por esperarem algo grandioso antes do Vingadores: Ultimato, mas por outro ele é de fato um filme pequeno em demasia como escopo, sendo isso um fator desgostoso na mente de muita gente que não gostou.
Luiz Zangão: Meu Deus, do céu, alguém esperava “algo grandioso” de Homem-Formiga e Vespa? Essas crianças de 7 anos estão cada vez mais barulhentas, não estão?
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19° Lugar: Homem-Aranha: Longe de Casa
(82 Pontos)
Davi Lima: Perda de identidade secreta, acusação de assassinato no último minuto, um vilão realmente perigoso e uma viagem a Europa em busca de pedir a garota em namoro. Isso também é uma típica história de Homem-Aranha, mas talvez com uma comédia punitiva que não agradou muita gente. Por esse motivo fica embaixo no ranking em relação ao primeiro filme de Tom Holland, sendo uma obra de meio com tramas jamais antes vistas para o retrospecto do personagem no cinema.
Luiz Sextando em Casa: Não existe calculadora que consiga chegar ao número exato de quanto esse filme é superior ao novo brinquedinho de piloto automático mergulhado em referências cada vez mais enjoativas para cegar gente feliz demais pro meu gosto.
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18° Lugar: Vingadores: Era de Ultron
(84 Pontos)
Iann Jeliel: Parece que Joss Whedon é um diretor de apenas uma carta na manga, pois os mesmos recursos de interação do primeiro filme são replicados aqui numa situação em que a urgência era mais chamada pelo roteiro. Se fosse para repetir, que fosse com a mesma finalidade objetiva do antecessor, sacrificando a substância narrativa em prol da diversão. Ela existe em momentos pontuais, mas quando ela é sobreposta para o desenvolvimento de vários personagens, não sobra tempo para cumprir tudo que é prometido e o filme se sabota com a própria inflação.
Luiz Não Há Cordões em Mim: Engraçado… achei que esse filme tinha sido um delírio coletivo!
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17° Lugar: Eternos
(84 Pontos) – Desempate por melhor colocação.
Davi Lima: Inicialmente: não concordo com a colocação desse filme. Em segundo lugar: eu entendo que juntar as ideias de uma diretora que o grande público não assiste com as ideias da Marvel facilmente poderia criar um quebra cabeça lento e sem carisma costumeiro da fórmula. Apesar de compreender que dividir um filme em personagens, ou provocar uma ousada espécie de quarto ato de roteiro – quando para apresentar personagens desconhecidos já é difícil no cinema – não seja animador para assistir, Eternos entende a fórmula Marvel como ela é: fazer os personagens carismáticos com o público, por isso focar nelas. Acaba sendo um 8 ou 80 quando ela se torna tão direta, por isso ficou em baixo escalão na lista.
Luiz One Direction: Farofa okayzóide, Mas tem momentos que mostram o quanto a narrativa desse filme pode ser “chocha, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente”…
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16° Lugar: Homem-Aranha: De Volta ao Lar
(97 Pontos)
Davi Lima: Ver a vida de Peter Parker na escola talvez fosse um grande anseio de alguns fãs do Homem-Aranha, e isso foi atendido nessa empreitada da Sony com a Marvel. O humor bem escolar com homenagens aos filmes de John Hughes dos anos 80, adjunto às referências das HQs e contextualização do personagem com Os Vingadores dão bastante carisma ao projeto. Infelizmente, com o tempo, o filme virou mais uma boa lembrança como acontecimento título do que um grande filme em qualidade do teioso.
Luiz, o Inimigozão da Vizinhança: É como querer fazer uma deliciosa vitamina de banana, ir numa bananeira e pegar todas as bananas pequenas e verdes. Nossa, que delícia que vai sair essa vitamina, hein? Vai travar até o que não deve ser travado!
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15° Lugar: Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
(103 Pontos)
Davi Lima: É uma obra que releva efeitos cinematográficos em prol de um pacifismo mercadológico, que ajuda duas empresas a terem o live action intacto para ter o super-herói dos quadrinhos mais humano como ciclo simbólico menos temporal. Depois de dois filmes o Peter Parker de Tom Holland cresce efetivamente, vira a chave com ares trágicos, típico das histórias do Homem-Aranha e era o que todo mundo queria ver. No ranking, sua posição à frente entre os três é compreensível, mesmo que tenha a contribuição dos três fans services que fez explodir a bilheteria de um cinema frio depois da pandemia.
Luiz Teorema do Macaco Infinito Na Porta de Casa: um número infinito de macacos teclando aleatoriamente as teclas em um número infinito de máquinas de escrever, por um tempo infinito, eventualmente produzirá um trabalho qualquer ordenado, como uma obra de Shakespeare.
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14° Lugar: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
(108 Pontos)
Davi Lima: Shang-Chi traz a representatividade dos asitático-americanos ou mais especificamente, dos sino-americanos para a Marvel. O drama é representado na cultura chinesa com o pai do protagonista e a comédia vista na amiga americana dele, descendente de chineses. A recorrente fórmula Marvel assume figuras mais completas entre administrar o humor e a ação, tornando um filme bastante interessante de assistir quando adquire seus ares fantasiosos, mesmo que ainda bastante limitado na execução de suas propostas juntando diferentes hemisférios.
Luiz e a Sociedade do Anel: Caros leitores, este filme gostosinho está, na verdade, em 10º lugar na lista. Este é o verdadeiro lugar dele. Ignorem esse número de posicionamento aí de cima.
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13° Lugar: Homem-Formiga
(113 Pontos)
Davi Lima: Se você se referir à fórmula Marvel como piadinhas, esse talvez seja um dos filmes que se encaixe nela em mais alta posição na lista. Mas se você entende que o Homem Formiga, com seu poder de crescer e diminuir, já é uma piada pronta, a percepção muda. Dá para enxergar o ótimo filme de família vibe sessão da tarde, que tem um roubo no processo do herói em ser o melhor pai.
Observação importante 2, by Iann Jeliel: E aqui é o lugar onde Viúva Negra deveria estar, no mínimo!!! E sim, Homem-Formiga deveria estar em sua colocação. É isso.
Observação importante 2, by Luiz Saúva: Se um dia vocês precisarem mostrar para os filhos de vocês os efeitos do uso pesado de entorpecentes e o quanto ele destrói a vida de um ser humano, por favor, mostrem esses comentários do Iann sobre a Lixuda. É uma verdadeira lição de vida. E por favor, não se esqueçam de orar por esse menino. Tão novo e já com o cérebro todo comido pelas drogas sintéticas. #PrayForIann
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12° Lugar: Capitão América: O Primeiro Vingador
(116 Pontos)
Iann Jeliel: Gratificante como o diretor priorizou o Capitão América como persona, e não como a representação patriótica barata que sempre o acompanhou, sem deixar de usar esse elemento de fora na formação da figura do herói escoteiro. É talvez o filme solo mais seguro da construção futura que ele estabelece o personagem. Apesar da Marvel ainda não saber o ritmo que queria para seus filmes, tornando-o um pouco truncado em alguns momentos, sem dúvidas, é uma experiência que cresce com o resultado da trilogia.
Luiz Tenente Frango com Batata Doce: Calma, esse é o filminho com a máquina de birllll?
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11° Lugar: Homem de Ferro 3
(117 Pontos)
Iann Jeliel: O trailer em tom super sério com promessa da queda do herói á lá Cavaleiro das Trevas Ressurge foi o que condenou o final da trilogia de Tony Stark que adotou um tom galhofa completamente contrário ao esperado, especialmente considerando suas viradas narrativas: o tão polêmico Mandarim que o diga. Retirando o filme desse contexto, mesmo que queira argumentar sob a constante auto sabotagem e instabilidade das decisões do roteiro, é inegável o quão divertido é a identidade e ousadia irreverente de Shane Black na comédia irônica, que combinou perfeitamente com a essência desse Homem de Ferro.
Luiz, o Demônio da Garrafa: Basicamente o filme que representa fazer algo importante de última e ainda conseguir nota boa com isso! Só olhar a classificação para comprovar. E olha que eu até gosto desse negocinho aqui!
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10° Lugar: Thor Ragnarok
(135 Pontos)
Davi Lima: Depois de dois filmes sem um percurso claro do personagem, além se sua dificuldade de assumir o trono, o terceiro filme do deus nórdico dirigido por Taika Waititi entende o quão o Thor não tinha identidade no universo cinematográfico, remodelando sua personalidade em Ragnarok quando ele já não tem mais o martelo. Um dos melhores do MCU quando se aproveita a space opera, a comédia e o drama objetivo sobre quem é o verdadeiro deus do trovão.
Luiz: Apocalipse: Olha! Um filme da Marvel com piadinhas! Nunca antes na História desse país! Pelo menos dessa vez foram piadas engraçadas e geraram uma coisa boa.
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09° Lugar: Capitão América 3: Guerra Civil
(143 Pontos)
Iann Jeliel: É válido o questionamento sobre a falta seriedade do confronto no aeroporto, ao mesmo tempo que as escolhas mais contidas e apaziguantes do roteiro são fundamentais para a manutenção da coesão da continuidade do universo e coerência com o fechamento da trilogia do Capitão. Por isso que a força dessa versão de Guerra Civil se localiza na pessoalidade da conclusão dramática do protagonista em contraponto ao drama de Tony Stark. A guerra do título é nada mais que um chamativo, porque o filme se restringe a esse embate ideológico entre os dois pilares principais, que naturalmente levam a equipe a uma divisão de lados. Os irmãos Russo foram a escolha ideal para executar esse roteiro de rupturas calculadas da maneira mais impactante possível.
Luiz General Belém Belém Tô de Mal na Panela do Mingau: Casos de família — tema de hoje: meu parça de broderagem não me ouve mais! Devo encher a cara dele de porrada?
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08° Lugar: Homem de Ferro
(165 Pontos)
Davi Lima: Um diretor de filmes independentes, bastante improviso de roteiro, um ator identificável com o papel e uma conclusão conveniente para amarrar tudo num negócio extra-filme: “Eu Sou o Homem de Ferro”. Essa frase pertence a história do cinema de blockbusters, a revolução produtiva a partir tecnologia nova do cinema, cinema de ator e um o princípio de uma fórmula confortável para o público, humanizando personagens na comédia e mantendo o realismo de um super rico possa vestir uma armadura voadora. Não se poderia imaginar que quebrar a identidade secreta de um herói poderia ser tão icônico.
Luiz ¿Quién me va a curar el corazón partió?: Burguês safado!
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07° Lugar: Pantera Negra
(166 Pontos)
Iann Jeliel: O conflito pelo trono de um território afro-futurista que permitiria mudanças na história da negritude é tratado como um embate ideológico enriquecedor ao espelhar historicamente os pensamentos de Martin Luther King Jr. e Malcolm X, nas peles de T’Challa e Eric Killmonger. Ryan Coogler entende o poder representativo que tem em mãos, correspondendo essa responsabilidade a uma história madura, política, mais séria, com consequências derradeiras aos personagens, mas que entrega também a diversão escapista – embora, neste ponto, há quem questione a qualidade das cenas de ação finais. Uma carta de amor à cultura negra, digníssima de ter sido o único filme desse universo a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Seria meu favorito particular.
Luiz Wakanda Forever: Isso sim é que é filminho de bonequinho de verdade!
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06° Lugar: Vingadores: Ultimato
(171 Pontos)
Iann Jeliel: Difícil não sair em êxtase do desfecho dado a saga do infinito dado o acúmulo de desenvolvimentos em outros filmes que nos envolveu emocionalmente para esse momento. No entanto, muito do mérito da empolgação criada pelos últimos trinta minutos foi emocionalmente bem trabalhado ao longo do próprio filme, algo que só melhora quando pensamos nele como segunda parte de um grande épico. É um complemento não só para a Guerra Infinita, como para toda a franquia, ao reimaginar erros passados em uma iconoclastia controlada que abraça a fantasia quadrinesca sem racionalizações de lógica da viagem no tempo. Despirocando na celebração e desconstrução dos principais personagens, o heroísmo que representam.
Luiz Assemble: Bricolagem espertalhona que dá super certo!
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05° Lugar: Capitão América 2: O Soldado Invernal
(172 Pontos)
Iann Jeliel: A reinvenção do Capitão América em um thriller de espionagem alucinante, que trabalha consequências reais ao universo ao propor um embate emocionalmente carregado entre protagonista/antagonista e a questão política do que simbolizam para a modernidade. Contando com algumas das melhores sequências de ação da MCU, além de uma valorização com sabedoria dos personagens secundários – o ápice da Viúva Negra e do Nick Fury –, O Soldado Invernal demonstra uma maturidade diferente do padrão da fórmula em um roteiro recheado de entrelinhas complexas.
Luiz Marechal Q Q Tá Kontesenu?: Nem parece um filme de bonequinho! Topzera!
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04° Lugar: Guardiões da Galáxia – Vol 2
(174 Pontos)
Iann Jeliel: James Gunn ignora a expansão do universo intergaláctico Marvel que ele mesmo criou e extrapola a ‘cartunosidade’ do humor para explorar as nuances da dinâmica familiar disfuncional figurativa e literal de seu grupo. É uma sequência que consegue ser mais e menos, ao mesmo tempo, e cada uma em uma vertente positiva. Tem um escopo mais emocional, íntimo, amadurecendo sua equipe com dramáticas bem relevantes, mas é também visualmente mais vistoso na ação, infantil no humor e extrapolado musicalmente. Embora, não tão memorável nesses quesitos quanto o primeiro, é no mínimo, uma sequência a altura.
Luiz Liberador da Constelação: Sabe quando uma criança pequena faz algo, aí todo mundo dá risada e aplaude, mas a criança não tem filtro e nem noção de sociabilidade e continua fazendo a mesma coisa ad infinitum e os adultos não têm muito jeito de fazer a criança parar de fazer as criancices que já estão perdendo a graça?
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03° Lugar: Os Vingadores
(175 Pontos)
Davi Lima: Talvez um dos únicos filmes dessa geração do cinema mais realista que conseguiu ser cartunesca, quadrinesca, sem perder o foco na sua história recheada de personagens. O fundamento dessa marca blockbuster no cinema e na memória do público vai das piadas às referências, às frases de efeito que uniram a diversão dos filmes anteriores para ser um grande crossover temático: uma equipe de super-heróis, ao som de uma trilha sonora marcante. Joss Whedon reafirmou o poder das artes do cinema e quadrinhos quando conectadas.
Luiz Na Minha Época Isso Aqui Era Tudo Mato: Xodó do meu coração.
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02° Lugar: Guardiões da Galáxia
(176 Pontos)
Iann Jeliel: “Ooga-chaka Ooga-Ooga… Ooga-chaka Ooga-Ooga…. Ooga-chaka Ooga-Ooga … Ooga-chaka Ooga-Ooga…” bem… Dizem que todo filme marcante tem uma música à sua altura? O que falar para esse que tem várias super bem encaixadas? A Marvel conseguiu um feito surpreendente ao conseguir levar o seu menor nicho ao estrelato em uma space opera de diversas imperfeições, muito coração, química musical e diversidade humorística. Ainda que prefira um tanto mais a continuação, não tem como desmerecer o primeiro filme de estar nesse top 3.
Luizord: This is cinema!
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01° Lugar: Vingadores: Guerra Infinita
(195 Pontos)
Davi Lima: Diferente de todos os outros filmes da Marvel, o terceiro filme dos Vingadores tem como protagonista o vilão tão aguardado desde a cena pós-crédito de 2012. Por mais já se aguardasse o próximo filme da Marvel, antes mesmo do trágico e sentimental final empoeirado, a força desse filme vai além da certeza (ou não) do fim dos heróis, e sim do drama de um conquistador roxo, de uma guerreira verde, de um bilionário sem pupilo, de um deus nórdico fracassado e uma feiticeira apaixonada. É um capricho do MCU, pelo seu diferencial narrativo e potente efeito dramático em meio a tanta junção de universos dos variados filmes anteriores, merecendo o primeiro lugar na lista.
Luiz Finitamente em Paz: Bora todo mundo ficar tristinho pelos bonequinhos? Pfffffff.