Home Colunas Lista | The Walking Dead: The Ones Who Live – 1ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Lista | The Walking Dead: The Ones Who Live – 1ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Os sobreviventes de uma franquia morta.

por Kevin Rick
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Nota da Temporada (não é uma média)

Talvez eu esteja sendo muito bonzinho com a nota da minissérie The Walking Dead: The Ones Who Live depois do desfecho decepcionante e atrapalhado que tivemos no último domingo, mas mesmo essa conclusão fraca não apaga por completo uma produção consistente em seus episódios iniciais. Com uma premissa que expande o universo de TWD, mas uma abordagem narrativa que foca no micro com o relacionamento de Rick e Michonne, ganhamos um palco promissor sobre uma história bonita de romance e resiliência com dois dos personagens mais fortes de toda a franquia.

Entre algumas escolhas curiosas e outras equivocadas, a temporada soube trabalhar bem a essência da história sobre a dupla principal, com bom nível técnico, uma direção eficiente (ainda que sem resgatar o terror) e grandes performances, mas tudo acabou desafogando em um final que não fez jus à apresentação da CRM, tampouco conclui de maneira digna a grande batalha de Rick e Michonne, apesar de terminar com uma nota sentimental terna. Entre tantas decepções com as últimas temporadas da série original e as dezenas de derivados recentes, pelo menos a franquia finalmente fez um spin-off razoável. Ainda é muito aquém do que TWD oferecia e pode oferecer, porém.

Abaixo, segue a minha classificação para os episódios dessa temporada. Comente também com a sua lista!

 

6º Lugar: The Last Time

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O sabor que fica então é agridoce, porque The Ones Who Live não termina como uma boa expansão de universo, tampouco finaliza com qualidade o conflito limitado com a CRM, com o pequeno lado positivo de termos uma conclusão doce para dois grandes personagens que mereciam isso. No fim, penso que a obra fez jus aos seus protagonistas, mas não à franquia e ao tamanho de sua premissa, se isso faz sentido. Espero que Rick, Michonne e seus filhos tenham sua história finalizada aqui, porque não faz sentido sacrificar a CRM com essa conclusão atabalhoada e corrida se esses personagens vão voltar em algum período do futuro. Só o tempo dirá, porém. De TWD não duvido de mais nada quando o assunto é me decepcionar.

 

5º Lugar: Become

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No mais, o jogo de gato e rato entre a antagonista e os protagonistas funciona. Temos uma boa perseguição de carro, ótimas coreografias, alguns zumbis curiosos e um mínimo de criatividade com cenários para deixar a fuga relativamente divertida e com boa velocidade, se não exatamente tensa ou horripilante como Michael E. Satrazemis parece tentar fazer. Revirei os olhos para alguns discursos intermináveis de Janis, mas o antagonismo da personagem funciona dentro desse episódio, em mais um capítulo de sobrevivência para Rick e Michonne. Para além do desfecho bonitinho e meloso com a proposta de casamento, fiquei preocupado com a missão apresentada de derrubar a CRM em, aparentemente, apenas um episódio, o que me parece muito pouco. Para mim, há três possíveis resultados: a minissérie é renovada (o que não é novidade mais); a história continue em outro derivado; ou o desfecho vai ser extremamente corrido, de longe a pior possibilidade dentre as três e também a mais improvável. De qualquer forma, estou curioso para ver o desenrolar da invasão à CRM e o plano de derrocada de um exército militar com a “verdade”. Será que a exposição de segredos vai mesmo causar uma implosão? Veremos!

 

4º Lugar: Gone

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A partir do momento que os personagens retornam juntos para a base da CRM, fiquei animado e ao mesmo tempo preocupado com alguns desdobramentos. Me parece que estamos mais uma vez em uma história de “protagonistas encontram um grupo perigoso, existe um conflito, o grupo é derrotado e pessoas morrem de ambos os lados; o ciclo se repete“, o que me preocupa bastante. A ideia de que Rick e Michonne vão transformar a CRM por dentro me parece muito mais atrativa, complexa e política, por mais que seja um encaminhamento que se afaste das premissas sobre sobrevivência e terror da franquia, mas não foi isso que senti com o tom final de que a dupla vai peitar todo mundo, ainda mais com o retorno de Jadis Stokes (Pollyana McInstosh), a clássica antagonista desse tipo de narrativa batida de TWD. De qualquer forma, a escala do conflito, a possibilidade de uma narrativa de suspense com os personagens dentro da casa do inimigo e o relacionamento forte do casal como frente dramática disso tudo ainda soa como uma base sólida para um grande romance pós-apocalíptico. Só que agora as introduções e os prelúdios acabaram. Vamos ver a forma que a produção vai tomar a partir da semana que vem.

 

3º Lugar: Years

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Inclusive, de um lado positivo, é possível notar essa vontade de aumentar a escala da franquia na direção intensa do duo Bert & Bertie, que traz algumas sequências realmente potentes e dramaticamente carregadas, com destaque para a set-piece do helicóptero, que tem surpresa, estresse, ação e volume para terminar o episódio de forma bombástica. Faltou horror na direção, com os zumbis novamente sendo escanteados ao longo da narrativa, mas estou fazendo pazes com o fato de que a ameaça dos mortos-vivos está verdadeiramente morrendo na franquia, mas veremos. De forma geral, The Ones Who Live tem um começo promissor ao nos introduzir a um novo mundo dentro de uma história sobre personagens já conhecidos. Espero que o trágico romance de Rick e Michonne em meio a mais uma guerra social pós-apocalíptica seja o retorno da franquia ao nível que pode alcançar.

 

2º Lugar: What We

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Subjetivamente falando, What We não é o tipo de episódio que eu esperava ou até o tipo de episódio que me agradaria para uma franquia de terror que continua se distanciando do terror, mas é inevitável não racionalizar a decisão de Gurira e dos outros roteiristas em fazer uma parada dramática e deixar os protagonistas finalmente conversarem abertamente depois de tantos anos afastados. Verdades e revelações vêm à tona em uma discussão matrimonial pós-apocalíptica. Quem diria que o principal terror desse episódio seria uma DR, não é mesmo? Tenho diversas dúvidas sobre o que tudo isso significa para a ameaça do CRM e como o restante da temporada vai lidar com esse inimigo e a expansão de universo, mas é fato que, depois de quatro episódios, estamos finalmente diante do casal que pode qualquer coisa, mesmo que às vezes isso extrapole o realismo da franquia. Não é de hoje, porém, que romances audiovisuais ganham um toque de fantasia e conveniência.

 

1º Lugar: Bye

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Apesar de dar a mesma nota, gosto de Bye um pouco mais do que os episódios anteriores. É o primeiro capítulo da série que não está restrito a contextualizações, fazendo com que a história finalmente flua e se estabeleça para o restante do ano. Nesse sentido, acaba sendo um episódio mais dilatado, mas nunca chato através da competente direção de Michael Slovis, que se aproveita do clima tenso e estressante do ambiente na CRM, bem como do drama central do casal. Inclusive, ganhamos algumas set-pieces agradáveis, apesar de continuar achando que estamos diante de mais uma produção que nega as características de terror da franquia. O cliffhanger é um ótimo desfecho para o conflito central da trama: Michonne trazendo Rick de volta à luta de maneira forçada. Vai ser difícil, mas será que eles conseguem fugir?

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