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Lista | The Walking Dead: Dead City – 1ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Maggie e Negan entram em um bar...

por Kevin Rick
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Nota da Temporada

Eu cometi um crime crítico no início de Dead City: criei expectativas para uma produção de The Walking Dead pós-7ª temporada da série original – tudo que veio depois disso transita entre o medíocre e o tenebroso. Mas, olhem, eu mereço o benefício da dúvida, porque Old Acquaintances é uma abertura interessante. Para um spin-off que parte de uma premissa absurdamente desnecessária – juntar Maggie e Negan em uma série -, o episódio faz uma introdução interessante para uma produção meio neo-western, meio Fuga de Nova York, sem negar a rixa dos co-protagonistas, mas criando um palco narrativo eficiente e que faz sentido para sua junção, incluindo a promessa de um senso de escopo e expansão, tanto narrativamente quanto visualmente, para uma franquia desesperadamente carente de novas ideias e personalidade.

Não era nada incrível, mas era promissor. Me iludi totalmente. Cai igual um patinho nas mentiras do showrunner Eli Jorné, porque o que veio após isto foi um gradual teste de paciência do público, com a obra lentamente se enquadrando dentro de tudo errado com a franquia e desperdiçando todo o potencial inicialmente apresentado. Vimos tirolesas e zumbis suicidas no começo da série, para depois nunca mais vermos; Nova York foi sendo citada e preparada como um grande palco de terror, apenas para a série não se aproveitar de nada, incluindo um chatíssimo bloco nos esgotos; mais falácias e monólogos ruins que roubaram o suspense e o espaço criativo da produção; direção ruim; personagens caricaturais; e por aí vai a lambança.

Por incrível que pareça, fiquei me apegando às qualidades, razão pela qual a maioria dos episódios têm qualificação de “regular”, porque a obra realmente não é de toda ruim, mas o episódio final é o último prego no caixão. Inicialmente concebida como uma minissérie, Dead City foi trazendo um estranho encaminhamento narrativo com preparações, como se tivéssemos mais temporadas desnecessárias, um temor que se concretizou com a renovação e um desfecho de temporada que faz de tudo para preparar a 2ª temporada e não faz nada para concluir a trama ou pelo menos criar algum tipo de clímax. Uma baita de uma barrigada pra frente.

Pelo menos algo de positivo saiu disso tudo: nunca mais confio em uma série de TWD.

Nessa lista, faço o meu ranking dos episódios, do pior para o melhor, todos com as devidas críticas indicadas para leitura mais expandida. Deixe você também nos comentários a sua lista e diga o que achou, em geral, desta temporada!

 

6º Lugar: Doma Smo

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Dead City começou com uma promessa de algo com personalidade e identidade em uma franquia desgastada, mas, desde então, só vimos o mais do mesmo. Entre zumbis sendo descartados, cenários pouco aproveitados e falta de criatividade com suspense/terror, Doma Smo tenta vender aquela lutinha mal-dirigida de Negan e Maggie como a culminação de alguma coisa. Mas, na verdade, a conclusão da temporada, que na verdade não conclui nada, finaliza o resgaste de Hershel com uma trama completamente anticlimática e preguiçosa que só quer mesmo vender a próxima temporada em vez de contar uma boa história. Ainda tem a cara de pau de botar aquele shot duplo dos rostos dos co-protagonistas que não significa absolutamente nada. O jeito é desistir de TWD mesmo

5º Lugar: People Are a Resource

1X03

Dead City continua mantendo um padrão medíocre que não chega a ser totalmente ruim, e que, por algum motivo, tem me decepcionado mesmo tendo iniciado a minissérie sem expectativas, talvez porque eu tenha sido otimista demais com o potencial que vi no primeiro episódio. Se o discurso de Eli Jorné que vi ao final do episódio é um indicativo, o showrunner acabou se mostrando mais óbvio e pouco inspirado do que imaginei, mas vamos ver se ele consegue captar nossa atenção nos três últimos episódios.

4º Lugar: Who’s There?

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Mesmo com os elogios pontuais, Who’s There? beira ser ruim para mim. Loren Yaconelli se mostrou uma diretora extremamente limitada, apesar dos claros esforços da produção com ambientação e identidade visual, sendo que seu trabalho ruim se configura em um episódio com péssimo ritmo. A culpa também é parcialmente de Eli Jorné, que tem movido a história com um pezinho de enrolação a mais do que deveria, principalmente quando nos lembramos que estamos vendo uma minissérie. Mas ainda tem o que se gostar em mais um episódio de Dead City que mostra elementos que o presente crítico continua otimista de assistir melhores executados, mesmo com a probabilidade de quebrar a cara.

3º Lugar: Stories We Tell Ourselves

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Como pontuei no início da crítica, Stories We Tell Ourselves não é necessariamente ruim. Mesmo pesando a mão nos plot-twists (a traição de Tommaso; a chefe do Croata; e a mentira de Maggie), a trama tem surpresas bem-vindas para uma história que vinha soando chata nos últimos episódios. Não sei exatamente como me sinto de termos uma nova antagonista aos 45 minutos do segundo tempo, até porque não vejo necessidade de um segundo ano, mas a reviravolta com Maggie é interessante, sacudindo a já conturbada relação entre os co-protagonistas e dando propósito à Ginny no seriado, agora que Maggie tem que salvar Hershel enquanto esconde sua mentira. Mesmo assim, poderíamos ter visto menos conversa e mais horror.

2º Lugar: Everybody Wins a Prize

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Não se enganem, Everybody Wins a Prize não tem nada de especial e não demonstra o potencial que Dead City prometia no início, já que o tom underground e neo-western da série praticamente desapareceu e pouco vimos da Nova York destruída nos últimos três episódios, mas é um episódio honesto e agradável em suas obviedades, com bons desenvolvimentos para a dupla protagonista. Inclusive, a divisão da trama entre Negan e Maggie é bem-vinda para sacudir a narrativa. O fato do final com os personagens entrando no esgoto ser a melhor cena pode ser encarada tanto como um mérito quanto demérito para a qualidade de Everybody Wins a Prize, mas definitivamente me deixou curioso para a próxima semana.

1º Lugar: Old Acquaintances

1X01

Mas o que é realmente inacreditável é o início surpreendentemente bacana de The Walking Dead: Dead City. Minha falta de expectativa pode ter contribuído, mas senti uma genuína direção de Eli Jorné em criar um conteúdo de qualidade, que traz o que há de melhor em TWD ao mesmo tempo que tenta trazer novas concepções para uma franquia desgastada. Old Acquaintances sofre dos problemas que citei e também dos defeitos comuns de pilotos, que normalmente são mais lentos para poder estabelecer a trama, mas tem muita qualidade aqui. Espero que a minissérie continue nessa vibe neo-western e saiba aproveitar o cenário metropolitano de Nova York o máximo possível para o horror.

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