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Lista | The Walking Dead – 11ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Uma série que se perdeu.

por Kevin Rick
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Avaliação da temporada completa (não é uma média)

  • SPOILERS da temporada e da série. Leiam aqui as críticas das demais temporadas, games e HQs. E aqui, as críticas de Fear the Walking Dead.

Peço perdão pelo trocadilho, mas The Walking Dead, desde a sétima temporada, tem sido criativamente similar às suas criaturas: arrastando-se como um morto-vivo sem cérebro querendo matar sua audiência de ódio e desgosto. A temporada final, principalmente o último episódio, encapsula os diversos problemas do seriado. Entre dramas sem substância e coadjuvantes ruins e/ou mal desenvolvidos, o coração da obra (seus personagens) foi lentamente morrendo, apesar de muitos personagens em si deixarem de morrer para termos derivados. Isso me leva ao problema da falta de urgência ao longo da história, com participação quase nula de zumbis, antagonistas canastrões e zero exercício de horror/suspense que tornaram o universo famoso.

A abordagem é de novela, a narrativa não sabe lidar com ganchos ou articulações de temas, e nem me deixem chegar nos diálogos… Tudo muito fraco, muito genérico e sem direção. Falando mais especificamente sobre a temporada, não tivemos um bom arco político em Commonwealth, tampouco escopo ou clímax dignos do tamanho de TWD, sem falar de uma dificuldade imensa em manter algum tipo de logística ou lógica interna para acontecimentos na história. No fim, nem tivemos um desfecho da obra, fazendo um desfile de spin-offs para os personagens mais memoráveis.

Felizmente, só fiquei responsável pelo acompanhamento semanal desta BOMBA na reta final. A maioria dos textos episódicos são do colunista Iann Jeliel, responsável à época que tem muito mais boa vontade com a série do que eu, então as críticas abaixo não são todas reflexos da minha opinião. Por exemplo, eu não dou mais de 2.5 para NENHUM episódio da temporada, e a maioria esmagadora das notas é de ruim pra baixo. Para os fãs, digo o seguinte: também sou fã, desde o lançamento das HQs, que comecei a acompanhar por volta de 2007, ou seja, antes mesmo do início da adaptação, então é com muita tristeza que afirmo que perdi completamente o carinho por esse universo. É lamentável a CARNIFICINA que os produtores fizeram com a franquia. É isso, comentem aí qual seria a lista de vocês e se estão animados para os futuros spin-offs.

 

24º Lugar: Rest in Peace
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De alguma maneira, Rest in Peace se torna ainda pior por não ser um final de série. Pode até ser no papel, mas os criadores foram completamente covardes ao transformarem o último episódio de uma grande série em um desfile de futuros spin-offs. ODIEI a participação de Michonne e Rick, que estão ali para dar uma carga nostálgica superficial, e para tentar ludibriar o público de que existe algum tipo de história interessante com o futuro desses personagens. Eu não caio nessa. Destruíram The Walking Dead e muito possivelmente vão destruir o legado de grandes personagens com esses derivados que ninguém pediu. No final, acaba sendo um final digno de uma obra que perdeu a qualidade há muito tempo e que vem fazendo hora extra.

23º Lugar: A New Deal
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A New Deal também tem muitas cenas descartáveis de melodramas rasos, como despedidas sem emoção e um tema de paternidade seguindo a história. Confesso que até gosto dos momentos entre Daryl e Judith, o único drama empático no episódio, pois não consigo extrair qualquer sentimento das sequências do Ezekiel ou de Gabriel, e nem vou gastar tempo criticando aquele segmento ridículo, estúpido e forçado de Negan – Negan que tinha várias mulheres, muitas obrigadas a ficar com ele – emocionado com ultrassom. Enfim, o contexto político é idiota e mal executado, a direção é medíocre, o roteito não tem uma linha de diálogo bem escrita, as protelações narrativas estão à todo vapor e o terror/suspense é inexistente. Animados para o restante da temporada?

22º Lugar: Acts of God
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Bem… se tem uma conveniência do destino coerente que essa temporada proporcionou foi a semelhança de Commonwealth (que nunca passou de algumas ruas) com Woodbury e de Lance com o Governador (David Morrissey). Acts of God é equivalente a Welcome To The Tombs, aquele final tenebroso e igualmente furado da terceira temporada, onde o Governador com ampla vantagem numérica não consegue fazer nada contra o grupo de sobreviventes e ainda por cima enlouqeuce e mata o próprio exército e população. Foram necessários oito episódios para corrigir aquela catástrofe e entregar o clímax que aquele arco merecia no fabuloso Too Far Gone. Será que ainda tem tempo para essa temporada traçar o mesmo caminho? Nunca é tarde, mas acho muito difícil. Infelizmente com meu ceticismo construído pelo histórico de última temporada que apresentou (que não chega aos pés do desenvolvimento da terceira), tendo a crer que depois dessa derrocada, nem Deus salva mais o final de The Walking Dead de uma possível tragédia.

Acts of God

21º Lugar: Outpost 22
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O trabalho da cineasta Tawnia Mckiernan está entre os piores na história do programa. A sequência do salvamento no trem é cheia desses tiroteios arbitrários e sem localização da cena, com balas voando a torto e a direita desprovidas de tensão visual, sem falar que não temos uma coreografia ou jogo de câmera minimamente interessantes ao longo da ação. Tudo fica mais tenebroso na perseguição de moto do Daryl, com uma direção tremida, enfoques amadores, uma elipse dentro da ação com o acidente do soldado (!!!) e aquele momento risível com Daryl jogando a moto para derrubar o antagonista, incluindo uma pequena breguice de slow-motion. É uma cena de vergonha alheia que sintetiza meu sentimento com o episódio e essa reta final do seriado.

20º Lugar: Variant
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O conceito de evolução de zumbis parece vir meio tarde no seriado, mas traz um pouco de vida para uma história repetitiva e hermeticamente focada em dramas superficiais e diálogos cafonas sobre coragem, amor, e blá blá blá. É por isso que eu fiquei completamente furioso quando tivemos um corte daquele segmento para todos os zumbis mortos. Que maldição viu, quase o episódio todo é entupido de cenas desnecessárias, enquanto o segmento mais bacana acontece quase todo fora de tela. Eu queria muito ter visto eles lutando com os zumbis… Enfim, TWD encontrando novas formas de me deixar decepcionado quando já aguardo decepção. Pelo menos não tivemos Negan paizão poluindo a televisão.

19º Lugar: Lockdown
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Aliás, a falta de urgência é outro problema contínuo no episódio, algo intensificado pelo fato de que temos vários spin-offs confirmados para os poucos personagens da série que verdadeiramente nos importamos em uma eventual morte. A produção erra na série e ainda consegue atrapalhar com anúncios, ein? Essa franquia se tornou uma piada mesmo. A reta final de TWD começa sem tensão, sem imaginação da direção, sem zumbis e sem bom seguimento narrativo ou dramático para um clímax, apesar do plano de Carol manter uma pontinha de curiosidade.

18º Lugar: Faith
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A sequência mais promissora do episódio, com o grupo de Daryl caminhando no esgoto, dura pouco minutos e sem qualquer criatividade visual ou atmosfera de horror. E para quê? Para termos mais personagens chatos chorando sobre coisas chatas e seus romances aguados? Pelo amor. A cena do julgamento de Eugene é a pior de todas, seja pela canastrice do testemunho de Pamela, que qualquer pessoa com meio QI consegue perceber a falsidade, seja pela breguice de toda aquela palhaçada que sequer serve como drama jurídico, apenas para Eugene fazer outro discurso expositivo, óbvio e mal escrito sobre liberdade e comunidade. O episódio é tão covarde e preguiçoso que tenta criar um cliffhanger com o núcleo de Aaron e companhia se fingindo de zumbis em frente aos soldados, sendo que eles SEMPRE fuzilam hordas de zumbis, e ainda coloca um gore gratuito com o zumbi comendo a cara de um maluco qualquer para que a audiência não esqueça que está assistindo The Walking Dead. Ou pelo menos o que restou do seriado.

17º Lugar: What’s Been Lost 
11X20

O conceito com o trem e a expansão de Commonwealth, se for bem explorado, pode render um episódio curioso, principalmente se tivermos algum tipo de set-piece ou uma aventura de salvamento de Daryl e Carol bem-dirigida. Não nutro esperanças considerando a chatice e a falta de entusiasmo visual dos episódios recentes (sem falar das malditas elipses para as ações), mas, bem, o conceito é bacana. Por enquanto, só torço para que a narrativa se encaminhe para algum tipo de clímax e não foque em um drama de tribunal com Yumiko e Eugene.

16º Lugar: Rotten Core
11X14

Já imaginava, pelo histórico recente de instabilidade na série, que em algum momento a sequência de episódios bons iria ser quebrada e que o potencial dramaturgo apresentado em suas qualidades poderia se esvair pela falta de construção devido aos saltos temporais ou nova simplificação de tramas por novos saltos temporais. Portanto, mesmo que tenha sido por outros motivos, mesmo que imaginasse outro episódio cumprindo esse papel, a decepção encontrada em The Rotten Core não me atingiu tão forte quanto poderia. Pelo contrário, o show de conveniências só mostra que estou certo em conter expectativas episódio a episódio, por pior ou melhor que ele seja, já que nessa última temporada encontramos exemplos de ambos os lados: um ótimo episódio que gera vários episódios ruins e nesse caso, um episódio ruim gerado por vários episódios ótimos (ou próximos disso).

15º Lugar: Promises Broken
11X07

O grande problema é a organização da montagem. É um episódio episódico dentro de si. Falta tempo para resolver cada parte direito e uma organização que faça sentido. Acho muito estranho que em todo esse tempo o personagem tenha rondado uma mesma área, parte também do problema geográfico que essa décima temporada tem. Não fica claro, por exemplo, que o personagem decidiu realmente se isolar pela culpa, fugir um pouco de sua realidade e tentar um novo começo. Assim, fica difícil acreditar no romance com Leah (Lynn Collins), porque apesar do teor distante ser a base para a aproximação dos dois, não parece realmente um desejo de Daryl recomeçar com ela, pelo menos a impressão passada não parece plausível. Contudo, a questão geográfica também não leva a crer que o principal objetivo dele era Rick, a desolação do personagem é muito ambígua, então não dá para saber se ele realmente acreditava que podia encontrá-lo ou só estava fazendo isso para se martirizar.

Promises Broken

14º Lugar: Trust
11X15

Em suma, mesmo que tenha várias coisas acontecendo, nada em Trust realmente progride ou se consolida. A única coisa minimamente evolui no episódio é Mercer, com sua dubiedade evidenciada nos diálogos com sua irmã e com a Princesa (as melhores cenas do episódio), do arrependimento mesclado com um senso de dever e importância para que aquela comunidade que representa o retorno da sociedade, funcione. Mesmo assim é um desenvolvimento completamente à parte e sem garantia alguma de complemento no futuro, principalmente considerando o histórico dessa própria segunda metade de temporada, que construiu diante muitas adversidades um cenário preparatório promissor para algo grande e, mesmo assim, conseguiu se apequenar e abandonar algo que já era cômodo para o que costumava entregar. Continuar The Walking Dead é ter a certeza de que será surpreendido por novas decepções, apesar de estar sempre esperando-as.

Trust

13º Lugar: Out of the Ashes
11X05

Out of the Ashes parece prazeroso pelo ritmo, com aparentemente várias coisas acontecendo, mas se pegarmos coisa a coisa, veremos que nada é comunicado através delas ou propriamente avança a dramaturgia. Quando avança, fica com a sensação de saltos, incompletude, pouca densidade pela ampla fragmentação compensando os dois outros episódios de núcleo, ascendendo o clima de desapontamento com o que pode vir a se tornar esta última temporada, se continuar assim.

Out of the Ashes

12º Lugar: Rendition
11X04

Já vi essa história antes em The Walking Dead. Protelações de ações que poderiam ser imediatas sem uma justificativa a altura posterior, delas não terem sido realizadas antes. Já é lucro os Reapers estarem presentes desde os fillers da décima temporada, mas dado o que foi esse Rendition e Hunted, não duvido nada disso se resolver somente na primeira mid season, o que é provável e será um absurdo, novamente, diante do que é uma última temporada.

Rendition

11º Lugar: For Blood
11X08

Mesmo sendo minha cena favorita do episódio, a atitude de Rosita não adianta muito. Novos zumbis inevitavelmente chegam e uma hora conseguem entrar num contexto bem desfavorável, em que os personagens estão separados. Mesmo que provavelmente eles devam ser resgatados por quem ficou resolvendo as coisas fora, o episódio traz um gancho desesperador, muito melhor do que o gancho anterior: Judith e Gracie (Anabelle Holloway) presas sozinhas no sótão inundando, com somente a porta segurando os zumbis. Funciona pelo clima de terror implantado pela tempestade: os raios e trovoadas, aquela clássica cena em que os braços dos zumbis quebram as janelas e tentam agarrar os personagens. A atmosfera está toda ali. Uma pena que, no fim das contas, seja pouco tempo de tela destinado para esse núcleo. Entre uma parte muito boa e outra muito ruim, sendo essa ruim a que prevalece por mais tempo, For Blood acaba sendo uma das midseasons mais decepcionantes de The Walking Dead.

For Blood

10º Lugar: Hunted
11X03

Sei bem que o quanto disse sobre a décima primeira temporada estar promissora com os dois primeiros episódios e não anulo o que disse. Vejo Hunted como um erro de percurso. Mais do que isso, um erro de execução particular, que pode reaparecer durante os restantes vinte e quatro episódios da temporada, mas o importante é não prejudicar o prosseguimento de potencial contínuo. Na última cena, reparem como a câmera foca no pé de cabra ensanguentado de Negan, onde tudo ao redor está desfocado, menos a Maggie. Corta e o plano seguinte, que fecha o episódio, é dos dois se distanciando com uma cruz ao lado direito da imagem. Seria uma sugestão subliminar? Mesmo se não for, há uma intenção de ser e perante a próximo episódio que colocaram os dois para sobreviverem em dupla um dependendo do outro, nossa expectativa é alçada de novo para cima. Reforça a casca da temporada em estar disposta a se arriscar, mas obvio, nem todos os riscos vão ser certeiros.

Hunted

09º Lugar: Family
11X23

Confesso que gostaria de ter visto mais sequências curiosas. Em vez de tantas cenas no trem de gente conversando sobre coisas que já sabemos, seria melhor que essa minutagem fosse usada para uma cena dos três personagens que ficaram perdidos na manada, uma sequência dos zumbis invadindo os distritos pobres, ou quem sabe mais tempo para aquele ato final do cliffhanger. Ainda assim, Family não é de todo ruim. Chega a ser triste que um episódio com tão poucos recursos e com um mínimo de esforço já deixe o seriado um pouquinho intrigante. Vamos ver como vai ser a Commonwealth pegando fogo.

08º Lugar: New Haunts
11X10

Apesar de ter um ritmo dinâmico pela trama mais relevante progredindo em tela (não sendo um episódio atropelado também, mesmo com as várias pendências a se resolver), New Haunts traz uma estrutura estranha, amplamente prejudicada pelas elipses injustificáveis às quais The Walking Dead resolveu assumir e deve pagar o prejuízo, pelo menos, até o fim dessa segunda metade da temporada.

Teo Rapp-Olsson as Sebastian, Michael James Shaw as Mercer – The Walking Dead _ Season 11 – Photo Credit: Josh Stringer/AMC

07º Lugar: On The Inside
11X06

Isso poderia ser plausível se eles estivessem sendo perseguidos incessantemente pelo mesmo bando de zumbis presos naquela caverna, aquele gigante com sussurradores no meio, mas não era o caso, pois foi encontrado o acampamento “arrumadinho” e tudo na missão de resgate feita pelas mulheres de Alexandria. É difícil de acreditar que Connie não saberia o caminho de volta para casa, que como indicado pelo tempo passado no episódio, quando ela foi encontrada no mesmo dia à noite, pelo resgate que saiu naquela tardezinha, não era tão longe do casarão. Desse modo, a situação promissora para um episódio inteiro de exercício de gênero acaba sendo bem inverossímil. Com um detalhe a mais, ela poderia simplesmente não ter acontecido – como várias outras situações nesses últimos episódios – ou ter sido mais bem explicada.

On the Inside

 

06º Lugar: No Other Way
11X09

Caso fosse o terceiro ou quarto episódio da temporada, numa cirúrgica adaptação e corte de vários acontecimentos desnecessários do que veio antes dele, No Other Way tinha potencial para ser um excelente episódio pela sua execução isolada e competente. Por conta de todo o contexto prévio ser desfavorável e prejudicial pelas várias estranhezas temporais, no máximo, podemos dizer que a lei da compensação em mid-seasons agiu e compensou minimamente.

05º Lugar: The Lucky Ones
11X12

Tá melhorando! Embora a qualidade desses dois últimos episódios se relacione diretamente com suas portas abertas, ou seja, a margem de decepção para com as resoluções ou outras mudanças de rumo (leia-se: possíveis enrolações) é equivalente ao potencial que conseguiu ser articulado contra todas as adversidades e consequências da falta de desenvolvimento prévio. Felizmente, The Lucky Ones consegue chegar num marco que faz ser possível a volta por cima da última temporada The Walking Dead na sua outra metade mais decisiva.

The Lucky Ones

04º Lugar: Acheron – Parte 2
11X02

O belo gancho com aquele ataque de frente que o diga. O estímulo e curiosidade para saber o que vai acontecer é inegável, comprovando o comprometimento – pelo menos em Acheron como um todo – desta última temporada em resgatar o apreço técnico e narrativo de The Walking Dead, mesmo que dentro de limitações de orçamento, como foi a nona temporada. Tomara que continue sendo bom assim ou melhor até o grande final!

Acheron

03º Lugar: Rogue Element
11X11

Pena que isso tudo foi estabelecido à força e não podemos realmente acompanhar essas transformações por instinto social acontecendo em cada personagem. Pena que eu já imaginava o twist de Stephanie e não fiquei tão surpreendido quando ele aconteceu, como alguém do povão que não tem acesso às informações prévias possam ter sido. Se na base do “aceite”, sem desenvolvimento prévio algum, pulando um monte de coisa importante e com a reviravolta já entregue bem antes, conseguiu-se estabelecer uma premissa interessante e retomar o fôlego de envolvimento com a série, imagine se houvesse um desenvolvimento prévio e escondem a boa surpresa? Os bons episódios da série como é Rogue Element são uma prova (incompreensível) do quanto The Walking Dead consegue ser bom quando quer, independentemente de um contexto completamente desfavorável. É esperar que ele não seja um acerto isolado e que esses conflitos não se resumem em outra guerra genérica entre as comunidades – só agora eu parei para pensar que Commonwealth está mais para Woodbury maiorzinha do que um império tipo a CRM? – que ninguém aguenta mais ver.

Rogue Element

02º Lugar: Warlords
11X13

A montagem mais uma vez é esperta em cortar o momento em que Gabriel foge com Toby, só explicando isso após voltar ao núcleo de Aaron com Maggie planejando uma retomada ao local, para revelar de forma surpreendente a volta de Negan (Jeffrey Dean Morgan) – estava com muito medo de o personagem ter encerrado sua participação na série e só voltasse no seu spin-off com a Maggie –, que salva os dois e manda Jessie a Hilltop para alertar Maggie. Um último salto na montagem reorganiza a temporalidade e dá a base para o clímax do conflito, com Toby matando os inocentes de Riverbend um a um, até alguém decidir falar onde estão as armas, forçando a resistência da comunidade (agora liderada por Negan) a ter de tomar uma atitude, enquanto Maggie, Lydia, Aaron e Elijah – por que ele não está mais com a roupa legal de Ninja? – vão chegando para ajudar pelos fundos. Nada melhor que finalizar um episódio ótimo pela habilidade de criação de expectativas criando-nos expectativas ainda melhores para o que será a resolução desta trama que se mostrou surpreendentemente boa. Que o final dela já venha no próximo episódio, de preferência com a mesma competência de execução demonstrada em Warlords.

Warlords

01º Lugar: Acheron – Parte 1
11X01

Não sei se gosto tanto da escolha de Yumiko para conduzir essa trama que é tão relevante no material original, afinal, ela ainda é uma personagem terciária na série. Contudo, como eu mesmo acredito, cada obra em sua mídia, e tal mudança puxada para esse lado me faz crer que, até pela falta de vários dos grandes personagens, muita coisa vai mudar ao longo da saga, logo, aumento também minha desconfiança do que pode acontecer com Maggie, além de ficar curioso sobre qual será o destino de Ezequiel com seu câncer. Independentemente das respostas, Acheron – Parte 1 é um ótimo episódio, recheado de bom e inventivo suspense, além de bem escrito e organizado tecnicamente. Daqueles para reacender a chama de empolgação com a série, que ainda tem lenha para queimar, pois serão oito episódios este ano, mais oito no início do ano que vem mais oito no fim do ano que vem, totalizando vinte e quatro desta que será a maior temporada da série, e por isso imagino que vá ser dividida em três partes com arcos em comum. Pelo menos o primeiro deles já parece bem promissor e com qualidade encaminhada.

Acheron - Parte 1

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