Nota da Temporada
Fofuras do Baby Yoda, lutas muito boas, viagens pela Galáxia e o trabalho de um ponto ainda não muito explorado do Universo Star Wars marcaram esta temporada inicial de The Mandalorian, uma das melhores séries de 2019. Nesta lista, faço a minha classificação dos episódios, do pior para o melhor. Deixe nos comentários também a sua classificação e diga o que achou dessa temporada e, principalmente, o que espera da série para a 2ª Temporada!
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8º Lugar: The Prisoner
The Prisoner, diferente de Mando, carece de coração, de algo mais que o destaque para além da fofura do bebê Yoda ou da eficiência absoluta do protagonista em face do perigo (que nunca é perigoso o suficiente). Ainda garante diversão daquelas bem basiconas, mas de uma forma que já está caminhando para um completo marasmo narrativo que simplesmente não poderia acontecer nesse final.
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7º Lugar: The Gunslinger
The Gunslinger é mais diversão nessa galáxia muito, muito distante e eu acho que é só com isso que teremos que nos contentar em The Mandalorian. Tenho para mim que é pouco para o que a série poderia ser, mas ainda assim é “legal” demais para que o espectador não abra um sorriso quando os créditos começam a rolar.
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6º Lugar: The Child
The Child é diversão do começo ao fim e um excelente veículo para mostrar a pegada mais “raiz” que a série sem dúvida preza, mas oferece menos ainda em termos de desenvolvimento de personagens que o primeiro episódio. Isso precisa ser corrigido com velocidade sob pena de The Mandalorian esgotar suas novidades muito rapidamente.
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5º Lugar: The Bounty
Se você não revirou os olhos com o parágrafo anterior e continuou lendo, saiba que esse episódio ser bem rasinho e saber apertar todas as teclas corretas era mais do que esperado por este crítico e, portanto, não há surpresa aqui. O jogo foi jogado com precisão para atrair o maior número possível de pessoas e esse é um dos pilotos de série mais eficientes em assim fazer que vejo em muito tempo. Favreau tinha consciência disso e não fez feio desde a escolha imagética desse “novo Boba Fett” até a manutenção de uma ambientação extremamente familiar. Mas, agora que esse novo cantinho desse vasto universo foi apresentado, a curiosidade por mais detalhes, por mais profundidade e por mais desenvolvimento de personagens certamente aumentará e é assim que, espero, o showrunner conseguirá fincar The Mandalorian como a série pioneira nessa nova forma de se explorar os recônditos mais profundos de Star Wars.
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4º Lugar: Sanctuary
Considerando que estamos já na metade da temporada, gostaria muito que as aventuras auto-contidas ficassem em segundo plano e que a série fosse mais do que “todos atrás de Mando e filhote” o tempo todo. Além disso, espero que os personagens que ficaram por aí, especialmente IG-11, Kuiil e Cara, retornem mais para a frente de alguma maneira (apostaria em um team-up para salvar a vida do protagonista), sob pena de a história ficar fragmentada demais e arriscando perder seu vigor.
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3º Lugar: The Sin
The Sin reúne as doses exatas de desenvolvimento de personagem e de mitologia com sequências de ação de se tirar o capacete que, claro, exagera aqui e ali no uso de clichês, mas sem jamais recorrer a artifícios baratos ou recursos que mexeriam com o que foi estabelecido, como humanizar demais o protagonista (mostrando o rosto ou revelando seu nome, por exemplo). Jon Favreau definitivamente estabelece seu The Mandalorian como o futuro da exploração audiovisual da saga e expande a temporada sem nem mesmo introduzir diversos personagens prometidos desde o início que só tendem a aprofundar a narrativa. Sem dúvida, é esse o caminho.
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2º Lugar: The Reckoning
Talvez tivesse sido melhor esperar o episódio final para julgar os dois conjuntamente, mas não há mal algum em abordá-los separadamente como faço aqui, mesmo sendo evidente que eles são uma coisa só. The Reckoning faz a temporada retornar ao mais alto nível de qualidade, preparando um encerramento de arco potencialmente digno, capaz de sedimentar The Mandalorian de vez no imaginário popular.
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1º Lugar: Redemption
Ancestralmente ligado aos mandalorianos — por ter sido criado por Tarre Vizsla, o primeiro desse grupo a entrar para a Ordem Jedi, mais de mil anos antes de Yavin — e tendo aparecido sem exatamente muita coisa de sua história pregressa nas Guerras Clônicas e em Rebels (quem não surtou com Trials of the Darksaber, hum?), a indicação que temos aqui é que o título da série será levado realmente a sério pelos produtores a partir de agora, fortalecendo canonicamente e em live-action a trajetória dos mandalorianos, ou seja, coisa boa e muitas novidades nos aguardam no futuro. Exceto por alguns diálogos de Cara que achei meio bobos e pela estrutura de montagem um pouco antes de o bicho pegar fogo (literalmente), o episódio foi um verdadeiro evento para mim, e certamente se tornou o melhor da temporada. The Mandalorian encerra o ano de maneira sólida e com um olhar extremamente promissor para o futuro. Muito obrigado por isso, Jon Favreau!