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Lista | The Acolyte – 1ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

O lado sombrio revela-se no auge Jedi.

por Davi Lima
3,K views

The Acolyte
Nota da temporada (Não é uma Média)

(quase 3,0, mas o final…)

 

  • SPOILERS! Leia aqui todo nosso material sobre a série. 

Não é realmente sobre o bem ou o mal, é sobre o poder e quem tem permissão para usá-lo. – Mãe Anyseia

Em análises de tendência de audiência, uma das séries mais assistidas de Star Wars depois de Obi-Wan Kenobi. Até o Adriano Imperador deu play nessa empreitada da Alta República. Sem dúvida, o cenário aberto, antes dos Prelúdios, chama atenção, ainda mais pelo marketing pesado, com boa participação de influenciadores. Com um ritmo de série de Netflix, e um apelo dramático de novela, com um mistério interminável para o último capítulo, The Acolyte consegue agradar novos fãs, ou iniciantes que preferem algo simples com um visual digitalmente instigante e lutas bastante impactantes para qualquer audiência. Mas, não só o fã exige mais lógica de roteiro e narrativa bem revisada após a excelência de Andor, como Star Wars tem cobrado mais de si mesmo para expandir seu universo cânon para públicos diversos. Nisso, a falta de decisão para denotar seu público, em meio a interpretação pessimista dos Jedi e mais interpretativa do lado sombrio, causou uma dualidade de público.

A dualidade tão enfatizada se tornou real fora da produção. Porém, sem dúvida não é o que a Lucasfilm e a Disney querem. Talvez George Lucas, com todos seus defeitos, era decidido e realmente ousado, mesmo que fosse para fazer algo que desagradasse fielmente a sua ideia (vibe Prelúdios). Não que a Era Disney seja ruim, pois nos dá conteúdos variados e para vários gostos da Franquia. No entanto, a pesquisa de audiência da Nielsen, que mostra uma queda de público considerável nos finalmentes da série, diz muito, se comparado com a nichada e nem tão magnifica série Ahsoka com mais audiência. Só não perde para Andor, tão elogiada, mas pouco assistida.

Na mistura de uma fã reger roteiristas que não conhecem a saga, há um projeto desafiador, e até necessário para sair dos nostálgia gratuita, e valorizar o que Star Wars é de fato para o cinema, e pelo que é composto de referências audiovisuais. Porém, mesmo com toda a subjetividade da arte, há coisas objetivas – como o swipe, técnica de transição de powerpoint que Lucas incorporou na sua space opera como estilo – e montagem de narrativa que não pode fazer feio ao ponto do espectador novo e antigo terem um consenso que há algo de errado com Star Wars – em meio a tantas boas ideias renovar a franquia.

Ps: Caso haja segunda temporada (espero que tenha), que a série se entregue de fato aos Sith e ao lado sombrio como perspectiva mais direta, sem se apegar a dualismo para resolver interpretações para tudo. Star Wars pode nos fazer pensar, refletir, e deixar em aberto certas coisas, mas nem sempre isso é sinônimo de narrativa inteligente, e sim, pode ser, indecisão.  Se o tão criticado George Lucas conseguiu fazer a ascensão de Sidious e Vader com uma maldade que alguns se decepcionam pelo MAL vencer, porque uma série não pode permitir que o dualismo se situe nos polos para valorizar a mística de Star Wars que fica sendo segurada na série bom base em discurso e conveniência?? (desabafo)

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Confere aí o ranking dos episódios! Comenta o seu ranking, e porque gostou, ou odiou a série…

8º Lugar:
Ensinar/Corromper

1X06

Mesmo que nesse episódio haja novidades no nosso olhar para franquia, com tensões sexuais entre os personagens e drasticidade nos diálogos, além de teorias novas sobre o cânon, especialmente sobre a Regra dos Dois do Sith e todo o Código Sith bem desenvolvido no cenário cinza e pretensamente complexo da série em tratar o maniqueísmo; The Acolyte vai matando sua qualidade aos poucos por parecer ter pouco a entregar dramaticamente, além de suas conexões canônicas. Isso talvez explique a “netflixação”, uma necessidade para conteúdos pouco enriquecidos. O ritmo acelerado é um ótimo disfarce e mantém séries medianas com qualidade com a aproximação dos pontos da história em causa em consequência, no entanto, com Ensinar/Corromper, esse sexto episódio da série, pode até mostrar uma grande consequência nos próximos episódios, mas sua causa não pode ser maltratada assim.

Ensinar/Corromper

7º Lugar:
O Acólito

1X08

Em geral, temos uma grande confusão na tentativa de abordar novas facetas de Star Wars, fisgando o conceitos interessantes, mas que finaliza a temporada em baixa. Se por um lado os Jedi são culpados por uma tragédia, e não sabem lidar com as emoções, eles também são investigados pelo senado, e as mentiras se tornam raízes para esconder um mal pior — que eles julgam ser pior no momento. Sobre os Sith, há uma negação por esse nome, é só mais uma maneira de manipular a Força, mas sempre está atrelado a um mistério que esconde poderes opressores para criar vida. Qual a perspectiva da série, então? O Acólito embeleza com praia e sol uma dupla de mestre e aprendiz do lado sombrio, e mostra os Jedi indo atrás de ajuda em Yoda. Qual a decisão, afinal? O dualismo nunca quer se interromper, ficando tudo no mistério…

O Acólito

6º Lugar:
Noite

1X05

Quando digo anticlimático não me refiro a contraste de pesos, como algo mais leve e algo mais pesado, porque isso é necessário para a história – apesar da série já se levar a bem a sério. Também não há problema em ter cenas de lutas e depois esfriar para diálogos. O problema é como transitar isso, e equilibrar as forças disso no episódio de maneira harmônica. Parece que faltam habilidades na sala de roteiristas de Leslye Headland para tal objetivo. Com a troca de irmãs gêmeas – para que Mae e Osha experimentem os outros lado da Força para cada uma prova seu ponto – algo tão space opera, finaliza-se Noite de maneira bem concreta a dificuldade da série de tratar o novelesco de Star Wars com o ritmo Netflix. 

Noite

5º Lugar:
Vingança/Justiça

1X02

Nessa toada, a narrativa mostra-se fácil às vezes até demais para manter o ritmo imperdível. O mistério é auto explicativo e anticlimático para todo o público ser afunilado no ritmo consumível e descompromissado. Nesse início, temos a apresentação do mistério e a anulação dele por outro tipo de mistério. Como num loop que vai se explicando enquanto a ação define o ritmo, Leslye captou o que Boneca Russa resumidamente fez muito bem, por não usar um whodunit clássico, ou um thriller policial denso, mas, sim, a ação como dúvida para o próximo passo.

The Acolyte

4º Lugar:
Perdido/Encontrado

1X01

Leslye já havia falado que não trataria a Força de maneira maniqueísta como a franquia e George Lucas gosta de tratar. É um desafio em que ela parece querer compensar tal dificuldade na mistura com a narrativa de ritmo intrigante, mas “vazio”, de profundidade de fotografia, ausência de planos longos ou abertos para tornar o olho do público tranquilo quanto a esse universo sempre recheado de informações. Como mostra os títulos dos episódios, sempre há essa tentativa direta de mostrar dois lados, mas, infelizmente, sem conseguir alcançar alguma profundidade. Assim, enquanto mata-se algumas características visuais ou narrativas da saga em prol de uma narrativa simples, joga-se bons dramas acumulados do passado e mistérios que ficam nos olhares dos personagens, mas que podemos entrar num conflito de perguntas. Por que Osha não atira na irmã no segundo capítulo? Por que mestre Sol parece tão culpado e vítima? 

The Acolyte

3º Lugar:
Dia

1X04

É inevitável não sentir um frio na espinha quando a luz desaparece e o sabre de luz vermelho invade a cena. Uma verdadeira cena de terror. Juntando com o clima aventuresco, as tragédias narrativas causadas pela pressa, ao menos, se alinham o impacto intenso de um corte estranho no meio da luta dos Jedi com o Sith.

Dia

2º Lugar:
Destino

1X03

Logo, Destino, de maneira bem direta, começa mostrando Mae e Osha usando a Força com a natureza, com uma fotografia mais calma para registrar tudo isso, mas sem perder o motivo de voltar ao passado: abrir forte o leque de possibilidades sobre quem é bem e quem é mal nessa onda de assassinatos dos Jedi na Alta República. Leslye Headland, showrunner da série, foi bem enfática em suas entrevistas sobre esse caminho ambíguo, ou relativista, que ela queria tratar com a Força, deslocando o maniqueísmo mais concreto que temos nos filmes. Apesar disso parecer ser novo, isso se aproxima do trato de Rian Johnson no Episódio 8 com Rey e Kylo Ren, em aumentar a matiz das cores entre o azul e o vermelho, criando um espaço a ser explorado entre o lado luminoso e escuro da força.

Destino

1º Lugar:
Escolha

1X07

Assim, Escolha se torna um capítulo muito rico, por trabalhar o não mostrado com ação e drama trágico entre os Jedi, como também mostrar que o Destino os mostrava como vilões porque de fato as escolhas na missão deles em nada tratavam com serenidade e nobreza o destino de Mae e Osha. De boas intenções o mundo sombrio está cheio, e todos pecaram, e estão destituídos da paz da Força. Se fato havia algo na cultura das bruxas que poderia ser considerado maligno, ainda mais malvado são os desejos Jedi de fazerem apenas suas vontades emocionais, ao não saberem controlar suas emoções dentro de um inflexível Código Jedi.

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