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Lista | Servant – 4ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

A temporada final devidamente ranqueada.

por Ritter Fan
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Avaliação da temporada:
(não é uma média)

  • Há spoilers.

Como fazemos em toda série que analisamos semanalmente, preparamos nosso tradicional ranking dos episódios para podermos debater com vocês, lembrando que os textos abaixo são apenas trechos das críticas completas que podem ser acessadas ao clicar nos títulos dos capítulos. Qual foi seu preferido? E o pior? Mandem suas listas e comentários!

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10º Lugar:
Tunnels

4X08

Faltou algo ao antepenúltimo episódio de Servant. Ao longo de uma temporada decididamente mais bizarra e, por consequência, menos sutil que as anteriores, os sete primeiros episódios foram capazes de desconstruir e reconstruir Leanne como uma força da natureza, defenestrando completamente as dúvidas sobre seus poderes e, muito ao contrário, usando-os para rechear a história de momentos interessantes e tensos que a colocaram mais explicitamente do que nunca em rota de colisão tanto com os Turners quanto com sua ex-igreja. Mas Tunnels parece ter dúvidas sobre que caminho tomar, não conseguindo nem retornar à abordagem anterior mais discreta e nem aloprar de vez de maneira eficiente, sem apelar para obviedades um pouco cansadas e fáceis demais.

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9º Lugar:
Itch

4X02

Confesso que essa situação toda, apesar de bizarra e talvez até horripilante, serviu, pelo menos para mim, como momentos de alívio cômico em meio ao embate psicológico entre uma Leanne contrariada e vingativa e uma Dorothy inválida e enfurecida. Afinal, quando Sean, Julian, Leanne e Kourtney (esta chamada ali por Dorothy) olham pela janela para a rua, a visão que eles têm é quase que literalmente apocalíptica, em um exagero de pegada claramente satírica – uma das marcas da série, mas que nem sempre aparece com vigor – que a direção de Kitty Green capturou muito bem, transportando a doideira para dentro da casa com a chegada de Frank, já devidamente fardado de plástico para proteger seu caríssimo terno Tom Ford, trazendo ajuda para sua família.

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8º Lugar:
Zoo

4X06

Entre convidados desconhecidos, animais que atacam a babá sempre que a oportunidade surge, uma mulher fazendo um cosplay absurdo de Dorothy (de O Mágico de Oz) e todo o tipo de confusões decididamente cartunescas, o roteiro não se faz de rogado em dobrar a aposta e inserir não um, mas dois atentados cultistas à Leanne. Os três meliantes jovens usando um bebê de isca parecem montar uma armadilha certeira, somente para o jogo ser violentamente virado pela pretenda vítima que, como se fosse a coisa mais comum do mundo, liga para seu rebanho e pede um serviço de “limpeza”. Depois, vemos a revelação de que Bev é parte do culto e ela estava o tempo todo só aguardando a oportunidade perfeita para dar o bote que também parece que vai dar certo até que Leanne usa seus poderes para inchar(???) a senhora e Julian caninamente chega s seu resgate.

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7º Lugar:
Fallen

4X10

É sempre difícil acabar uma série com elementos fantásticos e sobrenaturais de maneira a agradar todo mundo, pelo que os eventos de Fallen muito provavelmente dividirão opiniões. No meu caso, tenho para mim que a escolha feita pela produção, ainda que não exatamente a única possível, foi inegavelmente a melhor, pois encerrou a série dando-lhe um movimento perfeitamente circular em relação à narrativa de origem de Leanne, ao mesmo tempo em que deu aos Turners uma chance de recomeço em outro lugar longe da mansão que acaba inteiramente destruída. Houve até mesmo espaço para aquela reviravolta “surpresa” no final em relação a Julian e seu papel agora para o futuro.

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6º Lugar:
Séance

4X03

Usando muito a presença constante e quase sufocante das enfermeiras Bev (Denny Dillon) e Bobbie (Barbara Kingsley) contratadas por Dorothy no final do episódio anterior, Ishana maneja a narrativa de duas maneiras simultâneas: ela usa a minutagem breve do episódio para apresentar e contextualizar as duas novas personagens, sem se furtar de transformá-las em mais dois “seres bizarros” a povoarem a casa dos Turners, dando-lhes personalidade e, claro, aquela comicidade sinistra e arrepiante, como para trabalhar a dinâmica estremecida entre todos os demais, tendo Leanne não tecnicamente como centro das atenções, mas, justamente pela babá ser colocada para escanteio, como aquela “falta sentida” e sempre presente em sua ausência. É quase como se Jerry Lewis entrasse de supetão em um filme sério de horror.

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5º Lugar:
Neighbors

4X05

Com tudo girando ao redor de uma festa ostensivamente imaginada como ferramenta para socializar Dorothy perante novos vizinhos de sua rua, mas que é, na verdade, um instrumento para facilitar a aproximação da Igreja dos Santos Menores de forma a eliminar a babá da equação, o episódio é um desconfortável e estranho exercício de estilo. Câmeras rasteiras ou à média altura dão o tom incômodo do capítulo, assim como um trabalho de maquiagem propositalmente exagerado que, aos poucos, desconstrói os personagens, deixa o espectador “enxergar a alma” da quadra principal. Além disso, a fotografia na sequência do blecaute fajuto é um excelente exemplo de como usar cores para servir de indicações de intenções, mesmo que, nesse ponto, a coisa descambe um pouco para o maniqueísmo.

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4º Lugar:
Boo!

4X04

O jogo de gato e rato que segue, com Leanne caçando na mesma proporção em que é caçada e, com isso, chegando a destruir o braço de um jovem inocente que a persegue – um momento talvez exageradamente gráfico, mas que funciona – é bem conduzido pela direção tensa de Dylan Holmes Williams mesmo que ele não se esforce para fazer algo realmente memorável, que vá além do básico. É Nell Tiger Free, porém, que consegue realmente fazer tudo funcionar, pois sua Leanne, agora mais do que sempre fora, mostra-se como alguém que não sabe do que é capaz e parece apenas seguir o fluxo, o que o instinto a leva a fazer, seja por paranoia, seja por vingança, seja por pura raiva mesmo.

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3º Lugar:
Pigeon

4X01

Retornando para sua quarta e última temporada, Servant entrega um episódio quase que exclusivamente focado em Leanne, passado pelo menos três meses do assustador cliffhanger de Mama, no exato dia em que Dorothy, sem mobilidade nas pernas em razão de um ferimento grave na espinha dorsal, está para retornar do hospital. Sozinha, a babá faz os últimos preparativos para desejar boas vindas à sua patroa e, ao dirigir-se ao carro de Julian estacionado do outro lado da rua, enfrenta horas de pesadelo com os fanáticos de sua ex-igreja atacando-a por todos os lados de forma a levá-la de volta ao rebanho.

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2º Lugar:
Myth

4X07

Em minha constante tentativa de provar que querer roteiros e tramas “imprevisíveis” é uma bobagem enorme e que o que realmente importa é que os acontecimentos de um filme ou série caminhem de maneira lógica e que, claro, tudo seja executado com qualidade, trago a meus leitores o sétimo episódio da temporada final de Servant. Afinal, Myth é, bem no estilo da “Família Shyamalan”, o plot twist  básico transformado em espetáculo, aqui essencialmente representado pela direção e co-roteirização da filha de M. Night que vem usando a série como veículo de – espero! – seu futuro estrelato desgarrado do pai.

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1º Lugar:
Awake

4X09

Pela primeira e única vez em toda a série, Shyamalan pai e filha fazem uma dobradinha, o primeiro na direção e a segunda no roteiro e o resultado não poderia ser mais satisfatório dentro de toda a objetividade de Awake que, como o nome indica, tem o objetivo de marcar, finalmente, o despertar definitivo de Dorothy sobre a tragédia que tirou a vida de Jericho antes mesmo de Servant começar. Trata-se de um grande evento dentro da narrativa – talvez o mais importante de todos até agora – e algo que chega a surpreender por só ocorrer no penúltimo capítulo, de certa forma trocando construção de um final que, espero, será memorável, por uma abordagem exclusivamente psicológica, ainda que com ótimas pitadas de suspense.

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