Home Colunas Lista | Os Melhores Filmes de 2024 – Pedro Roma e Kevin Rick

Lista | Os Melhores Filmes de 2024 – Pedro Roma e Kevin Rick

Um pouco de tudo.

por Kevin Rick
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Foram elegíveis para esta lista, apenas: o que foi OFICIALMENTE lançado nos cinemas brasileiros em 2024; o que foi lançado nos streamings e VODs OFICIALMENTE acessíveis no Brasil em 2024 (ou seja, HBO Max, Hulu e iTunes com conta americana estão fora); o que foi exibido OFICIALMENTE em Festivais brasileiros em 2024 ou filmes de festivais que foram OFICIALMENTE acessível a partir do Brasil.

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PEDRO ROMA

Esse ano foi excelente para mim enquanto cinéfilo, pois voltei a me engajar no cinema novamente, me apaixonando novamente por essa incrível forma de arte. O ano de 2024 foi excepcional, principalmente pelo vácuo deixado pelos enlatados da Marvel — e não me entendam mal: nada contra, eu amo super-heróis, mas a fórmula fordista da Disney infelizmente se esgotou, vide Star Wars, que eu também amo, mas que foi alvejado por produções apressadas só para cumprir tabela de lucros para acionistas, algo que o mercado de games também tem experimentado cada vez mais, só para citar a mesma prática, em outras mídias.

Nesse cenário, outros tipos de filme brilharam, desde o anti-filme de herói Coringa: Delírio a Dois, a produções brasileiras laureadas internacionalmente, como Ainda Estou Aqui. Para essa lista, coloquei alguns filmes de terror bem interessantes que tivemos nesse ano, e mais outras duas obras art house de fora do cinema ocidental. Evitei colocar tanto Duna – Parte II quanto Furiosa, pois, apesar de amá-los, não me pegaram tanto.

Vamos esperar que 2025 seja tão interessante quanto o ano que passou, e providenciaremos a compra do ingresso para Nosferatu. Ah, e espero que dessa vez o Oscar venha para o Brasil, pois será muito merecido! Bons filmes.
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10º – Coringa: Delírio a Dois

Todd Phillips | EUA | 2024

O que a audiência descobre no final, sejam os cidadãos de Gotham no Julgamento do Século ou o espectador de Coringa Delírio a Dois, é que os dois protagonistas dessa história não passam de artistas desinteressantes. Este filme é um experimento corajoso, mas que se perde na execução de um cineasta limitado. O flerte com o musical e a tentativa de novas camadas psicológicas são bem-vindos, mas acabam se dissolvendo em uma narrativa repetitiva e desconexa. A primeira obra foi maior do que o artista.

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9º – Grande Sertão

Guel Arraes | Brasil | 2024

Apesar de muito controverso devido aos seus problemas de ritmo e de certo exagero no maneirismo da direção de atores, Grande Sertão acerta muito em trazer uma obra literária de peso como, é Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, para um cenário completamente novo – saindo de Minas Gerais e da Bahia para uma favela carioca em um Rio de Janeiro ainda mais despótico que o da nossa realidade – trabalhando temas contemporâneos essenciais ao nosso mundo como violência urbana e policial, encostando no fascismo à brasileira que nos paira como uma sombra. Com uma excelente atuação de Caio Blat podemos notar que o diretor Guel Arraes optou por deixá-lo em tom mais realista em detrimento de um mundo muito mais caricato que busca levar o protagonista Riobaldo para as entranhas de suas loucuras cheias de morte e violência. Sem sombra de dúvidas um filme importante e com temas pungentes, além de muito bem executado.

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8º – The Outrun

Nora Fingscheidt | Reino Unido, Alemanha | 2024

The Outrun pode afastar no começo pelo caminho não-linear que toma, mas o desnorteamento inicial é compensado por um trabalho de interpretação invejável e uma direção que respeita a luta contra o vício e faz uma união umbilical entre ela e o mundo natural ao redor. Trata-se de um filme por vezes até difícil de ver dependendo do quanto o alcoolismo converse direta ou indiretamente com o espectador, mas ele é muito mais bonito e sóbrio do que se pode imaginar. E sua mensagem positiva, na direção da harmonia, é muito bem-vinda.

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7º – Alien: Romulus

Fede Álvarez | Estados Unidos | 2024

Agora, nada menos do que 38 anos depois, a estiagem acabou e finalmente alguém conseguiu colocar nas telonas um filme de qualidade com os sempre simpáticos xenomorfos. E o cineasta responsável por essa façanha é o uruguaio Fede Alvarez, especializado em filmes de terror que despontou para o mundo em 2013 quando ressuscitou outra franquia, a célebre Evil Dead, de Sam Raimi, com um reboot. Em Alien: Romulus, Alvarez retorna ao básico, à raiz da franquia Alien, que é o horror espacial, com uma obra que se passa 20 anos depois dos eventos do filme original e que funciona de diversas maneiras, como continuação direta, por assim dizer, de Alien, o Oitavo Passageiro, uma espécie de celebração da franquia em questão, com uma “colagem” de recriações de melhores momentos e também como um filme de monstro que pode ser compreendido mesmo por quem mora em uma caverna sem internet e não faz ideia da existência dos monstrengos espaciais mais bacanas do cinema.

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6º – Imaculada

Michael Mohan | EUA, Itália | 2024

É inevitável chegar nos minutos finais e não lembrar de O Bebê de Rosemary, com o vislumbre de uma Sweeney consagrando uma performance cheia de furor para uma cena controversa em um filme que não acompanha um desfecho divisor. Mesmo a atriz dando seu nome para o primeiro papel no terror, não é o suficiente para quando Imaculada deixa de ser um exercício com apanhados genéricos do gênero para seguir por um caminho absurdo banhado a gore. Talvez, se o mesmo empenho para causar reações em seu final fosse o mesmo ao flertar com outros elementos, Immaculate não ficaria só na promessa como um ato disruptivo do seu tema.

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5º – A Substância

Coralie Fargeat | Estados Unidos, Reino Unido, França | 2024

O que potencializa ainda mais a forma criativa com a qual Fargeat dirige, é a maneira com que Moore e Qualley são filmadas, sendo a primeira um retrato de vulnerabilidade, insatisfação e auto-desprezo, e Qualley representando o olhar hipersexualizado que recebe por atender aos padrões que são impostos pela sociedade – mas ainda traçando uma sátira ao fetichismo do olhar masculinl – e no caminho, desrespeita os próprios limites para manter esse status – o que reflete a geração atual que recorre a inúmeros processos estéticos e Ozempic. Encerrando a genialidade de sua fábula monstruosa moderna, é como se, no final, Fargeat virasse o espelho para o público/sociedade que, depois de acompanhar tudo o que Elizabeth Sparkle, atriz rejeitada pela indústria fez, devolvesse o resultado por toda busca sua busca pela aparência perfeita.

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4º – A Semente do Fruto Sagrado

Mohammad Rasoulof | Irã, França, Alemanha | 2024

É visível o que Rasoulof tentou fazer e ele merece todos os méritos por ter a coragem de fazer a denúncia que faz, mas a potência que The Seed of the Sacred Fig mostrou ter em seus dois terços iniciais é sabotada por um  ato final que deixa o espectador coçando a cabeça incrédulo pelas escolhas do cineasta. De forma alguma o filme perde o valor em razão disso, mas, em termos de narrativa, ele se torna tão diferente do que vinha sendo, que o cineasta arriscou demais que a natureza de denúncia de sua obra acabasse soterrada sob o desvio tonal que ele acaba promovendo.

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3º – O Mal Não Existe

Ryūsuke Hamaguchi | Japão | 2024

O oscarizado diretor Ryusuke Hamaguchi nos impressiona novamente com a suavidade e compaixão doadas a nós, através de O Mal Não Existe. Com um título provocante, a obra, que se passa em uma pequena comunidade interiorana no Japão, propõe, na maior parte do tempo, a contemplação da natureza e de como os seres humanos precisam aprender a coexistir junto a ela, algo diretamente ligado à religião xintoísta, própria desse país. Na trama, uma empresa de hotéis de Tóquio quer construir um novo empreendimento que visa levar pessoas com poder aquisitivo alto para ‘’se reconectarem a terra’’, às custas, é claro, da destruição ambiental e social, afetando toda a comunidade que vive naquele local. Com uso de travellings longos e demorados somos obrigados a frear nosso ritmo e notar aquilo que existe além de nós, com um final impactante, somos, enquanto observadores impassíveis, convidados pelo filme a pensar sobre as várias matizes da natureza humana, essa que de fato existe, na ausência do Mal. Excelente obra!

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2º – O Menino e a Garça

Hayao Miyazaki | Japão | 2023

Marcando ou não o verdadeiro fim da carreira de Hayao Miyazaki, O Menino e a Garça é outra estupenda animação na filmografia desta lenda viva que une uma abordagem de cunho pessoal com uma invejável criação de mundo que leva Mahito e os espectadores a uma jornada inesquecível. Experimentar o longa em toda sua grandeza é como viajar por um mundo ao mesmo tempo desafiador e deslumbrante que assusta e faz sorrir, choca e afaga. E, quando os créditos começam a subir, o que fica, dentre as lembranças multicoloridas e dinâmicas, é aquela sensação gostosa de ter visto um grande mestre fazendo aquilo que nasceu para fazer.

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1º – Ainda Estou Aqui

Walter Salles | Brasil, França | 2024

O caminho tomado pelo diretor Walter Salles em Ainda Estou Aqui (2024) é o de uma produção muito sóbria, sem grandes arroubos emocionais na dramaturgia, mas com um imenso componente sentimental e força política. O roteiro é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, lançado em 2015. O escritor, dramaturgo e jornalista paulista é filho de Rubens Beyrodt Paiva, deputado federal pelo PTB entre 1963 e 1964, cassado durante a ditadura, exilado e, após retornar ao Brasil, preso e morto, em janeiro de 1971. São os bastidores familiares dessa história que o filme descortina, num drama histórico que aborda o nosso regime empresarial-militar sob a ótica da tortura e assassinato dos “inimigos do Estado”, com direito à famosa cota do único militar bonzinho (“eu só quero que a senhora saiba que eu não concordo com isso”) e um elenco inteiro com interpretações dignas de aplausos.

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KEVIN RICK

Como disse no Editorial de 2024, meu contato com lançamentos cinematográficos – principalmente os mais independentes – foi bem escasso no ano passado, sendo que tenho visto mais e mais séries, algo que pretendo mudar em 2025. Em razão disso, a minha lista acaba passando batido de muitas obras que fizeram sucesso que acabei não assistindo ainda, como A Substância, Anora ou Rivais, mas faz parte.

Penso que 2024 foi um ano relativamente fraco para os lançamentos de blockbusters, apesar da “pausa” que tivemos com filmes de heróis ter sido refrescante. Pode ser impressão minha, mas notei um interesse maior do público em obras mais diferentes – algo que pode ser consequência do efeito Barbenheimmer de 2023 ou até de um cansaço da audiência com os mesmos produtos -, especialmente no sempre procurado gênero do terror, cada vez mais interessante e experimental, o que pode significar o retorno de uma dieta saudável para lançamentos semanais nas telonas que não sejam só animações, super-heróis e franquias de renome. Espero que sim, porque por mais que os catálogos de streaming e o crescimento de séries ofereçam grandes obras, não há nada melhor que uma sala de cinema!
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10º – Jurado Nº 2

Clint Eastwood | Estados Unidos | 2024

Vou pedir vênia aos meus leitores e começar a presente crítica afirmando com todas as letras que Jurado Nº 2 é mais um inacreditável exemplo do quanto Hollywood precisa repensar profundamente seu modelo econômico e sua forma de valorizar seus grandes nomes. Clint Eastwood vem dirigindo e/ou estrelando filmes com consistente qualidade e sucesso de bilheteria exclusivamente para a Warner Bros. há nada menos do que 50 anos e Jurado Nº 2, provavelmente seu último trabalho de direção em razão de sua idade avantajada (94 anos), foi lançado em menos do que 50 salas de cinema nos EUA, seguindo quase que imediatamente para o streaming e só realmente chegando ao grande circuito no Reino Unido. É como se a Warner tivesse acordado e percebido que Eastwood já deu o que tinha que dar e precisava se livrar dele de alguma forma, ainda que, ironicamente, em termos de faturamento por sala, seu filme tenha sido um dos maiores sucessos de 2024.

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9º – Vidas Passadas

Celine Song | EUA | 2023

Narrando um romance de forma não convencional – tanto que Song usa da autoconsciência no roteiro para se distanciar dos acasos comuns da comédia romântica, principalmente quando forja a expectativa do beijo final – Vidas Passadas esbanja maturidade ao capturar de maneira delicada um retrato sobre relação, conexões e escolhas. A última cena  –  ilustrada no dilema do triângulo amoroso – fecha de forma arrasadora a ideia de caminhos divergentes com que Nora lida, afinal, por trás da escolha entre Arthur (o presente) e Hae Sung (as renúncias), Nora está fazendo uma escolha sobre sua vida e trajetória como uma premiada escritora.

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8º – Ficção Americana

Cord Jefferson | Estados Unidos | 2023

American Fiction é uma excelente comédia satírica e um ótimo drama familiar, entendendo muito bem como discutir raça e cultura, suas diferenças e a percepção em volta delas no contexto afro-americano. As duas vertentes da produção nem sempre se comunicam tão bem, mas Jefferson consegue trabalhar uma narrativa com intersecções entre comédia e drama que criam uma ótima produção. Com uma quantidade inesgotável de questionamentos, é notável que o cineasta se recusa a fazer algo que vemos muito hoje em dia: mastigar da maneira mais rasa e expositiva suas críticas; o que torna tudo ainda mais ironicamente reflexivo de discutir. Até em um desfecho metalinguístico atrapalhado, o filme termina sem nos dar respostas, o que é absolutamente fantástico.

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7º – Robô Selvagem

Chris Sanders | EUA, Japão | 2024

Há um melodrama muito bem construído através dos vários dilemas que o longa está constantemente nos apresentando, e mesmo que isoladamente alguns elementos sejam batidos, eles estão em completa harmonia quando entram em choque com personagens tão bem caracterizadas e uma direção confiante que mostra como premissas são irrelevantes se o desenvolvimento for feito com coração; isso é um tremendo acerto considerando a importância desse contraste entre natureza e máquina que já foi feito várias vezes, mas raramente é tão impressionante quando aqui.

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6º – Ainda Estou Aqui

Walter Salles | Brasil, França | 2024

Ainda que a direção de Walter Salles não aborde todo esse momento e essa poderosa história com a paixão que tivera em outra trama familiar (Central do Brasil, 1998), o resultado ainda é de grande qualidade, digno de constar entre as nossas melhores produções contemporâneas, além de reacender o debate sobre a investigação, o julgamento e a punição dos agentes da lei, políticos, sociedade civil e militantes digitais que tentam recolocar no poder a miséria militar que massacrou o Brasil entre 1964 e 1985. Esta é a história de uma família, de uma mulher, de uma luta que parece estar mais viva do que nunca, e que nos lembra com muita melancolia que, em determinados tipos de sociedade e sistemas, nenhum direito conquistado está a salvo. É preciso lutar constantemente por eles.

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5º – Meu Amigo Robô

Pablo Berger | Espanha, França | 2023

Meu Amigo Robô é um pequeno deleite audiovisual que agradará filhos, pais e avós e, melhor ainda, provavelmente levará a indagações dos filhos sobre os temas da obra que, se respondidas pelos adultos de maneira sóbria, sem rodeios e floreios, só beneficiará os pequenos enredomados em seu mundinho em que tudo tem aquele final esperado feito justamente para evitar perguntas. Pablo Berger, com uma cajadada só, fez um longa que não trata as crianças como seres feitos de cristal e que retorna aos bons e velhos tempos das animações desenhadas no estilo antigo e, ainda por cima, sem qualquer ajuda da verbalização de ideias. Nada mal para “apenas um desenho para crianças”, não é mesmo?

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4º – Pobres Criaturas

Yorgos Lanthimos | Irlanda, Reino Unido, Estados Unidos | 2023

Publicado em 1992 e escrito pelo romancista escocês Alasdair GrayPobres Criaturas é uma bem-vinda história de libertação feminina mascarada de pastiche de narrativa vitoriana com criaturas e humanos bizarros e com artifícios literários que transformam o romance em um enigma dentro de um enigma. Yorgos Lanthimos, pela primeira vez trabalhando com material adaptado, faz da já sobejamente estranha obra um filme visualmente criativo e ousado, com Emma Stone encantadora no papel de Bella Baxter, uma jovem resgatada da morte por suicídio pelo Dr. Godwin Baxter (Willem Dafoe), uma versão exagerada e cartunesca – mas não menos trágica – do Dr. Victor Frankenstein e, com isso, consegue dar uma roupagem muito própria e autoral para o romance.

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3º – Duna: Parte 2

Denis Villeneuve | EUA | 2024

É difícil encontrar uma palavra melhor para Duna: Parte 2 do que épico, porque é ainda mais difícil sair da sala de cinema sem atestar que acabamos de ver algo absolutamente gigantesco. Sim, podemos criticar a eterna batalha de comunicação que Villeneuve faz entre o íntimo e o amplo, da falta e descarte de muitos elementos temáticos que poderiam ser aprofundados ou até da narrativa que mais uma vez caminha numa linha de fazer preparativos para a próxima sequência, mas consigo facilmente entender determinadas escolhas e até fechar os olhos para alguns defeitos em face de uma experiência cinematográfica tão rara. Não falo só de estética ou de técnica, mas também de maravilha e do êxtase que o cinema de espetáculo pode oferecer.

 

2º – O Menino e a Garça

Hayao Miyazaki | Japão | 2023

Marcando ou não o verdadeiro fim da carreira de Hayao Miyazaki, O Menino e a Garça é outra estupenda animação na filmografia desta lenda viva que une uma abordagem de cunho pessoal com uma invejável criação de mundo que leva Mahito e os espectadores a uma jornada inesquecível. Experimentar o longa em toda sua grandeza é como viajar por um mundo ao mesmo tempo desafiador e deslumbrante que assusta e faz sorrir, choca e afaga. E, quando os créditos começam a subir, o que fica, dentre as lembranças multicoloridas e dinâmicas, é aquela sensação gostosa de ter visto um grande mestre fazendo aquilo que nasceu para fazer.

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1º – Emília Pérez

Jacques Audiard | França, Bélgica | 2024

Emilia Pérez é, portanto, uma experiência audiovisual inesquecível do começo ao fim que funciona sem engasgues como thriller de crime, como musical, como drama, como crítica social, como aprendizado e como plataforma para quatro atrizes se reinventarem. Jacques Audiard criou algo único e que renova aquela sensação de que o Cinema é para ser, no fundo, um instrumento disruptivo, tão destruidor quanto criador e que existe, acima de tudo, para fascinar.

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