Home Colunas Lista | Os Mais Lidos do Plano Crítico em 2021

Lista | Os Mais Lidos do Plano Crítico em 2021

Os famosinhos do ano.

por Luiz Santiago
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A presente lista reúne em diversas categorias as postagens mais lidas por vocês aqui no site entre 1º de janeiro e 29 de dezembro de 2021. Fica aqui também o meu agradecimento para todos vocês, leitores, que nos visitam, seguem, compartilham e comentam aqui no site, levantando discussões das mais diversas. E claro, a toda a nossa equipe do Asilo Plano Crítico, que mais um ano segue mergulhada nessa loucura toda. Muito obrigado a todos vocês!

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10. Esquadrão Trovão

Ritter Fan

E, com isso, não tenho mais o que escrever. O filme já ganhou cinco parágrafos e meio a mais do que merecia. Mas, como sempre tendo ver o lado bom de tudo, creio que a experiência tenha me permitido apreciar melhor as comédias porcarias que Adam Sandler tem feito ultimamente…

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9. Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Com Spoilers)

Roberto Honorato

Se é pra ser um parque de diversões, Sem Volta Para Casa é um daqueles em que você pode até esquecer os brinquedos, mas lembra da alegria que foi passar aquele dia com seus amigos. E isso nem sempre precisa ser visto como algo negativo. A proposta da Marvel é exatamente essa, ser uma experiência própria, uma espécie de ‘série’ que atravessa diversas salas de cinema, nem que ela precise forçar outros filmes a sair do caminho.

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8A Escavação (2021)

Roberto Honorato

É essa falta de foco o maior desafio do longa, que por um lado traz um ótimo elenco e a bela direção de arte de Mike Eley, por vezes parecendo interessado em construir algo nos moldes de Terrence Malick, mas como tudo nesse filme, sem se comprometer completamente, o que vai na contramão de tudo que Basil Brown nos apresenta. Mesmo com diversos pontos positivos, A Escavação não se dedica o suficiente a apenas uma de suas propostas, o que acaba tirando um pouco do peso de todas.

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7Bela Vingança

Ritter Fan

Bela Vingança é um belo de um tapa na cara, uma violenta joelhada nos colhões, uma bela lição audiovisual sobre o terrível estado da sociedade machista em que vivemos. Emerald Fennell é uma incrível professora que leciona com um sorriso no rosto, com palavras muito bem colocadas e uma baita apresentação interativa por trás mesmo quando fala de coisas terríveis como o estupro. Resta saber se o esforço da cineasta fará pelo menos uma pessoa olhar para o próprio umbigo em processo de auto avaliação e avaliação de seus pares imediatamente ao redor ou se tudo terá sido em vão como a vitória de Pirro de Cassie.

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6. Liga da Justiça de Zack Snyder (Sem Spoilers)

Ritter Fan

Sei perfeitamente que é isso que os fãs queriam e sei que muita gente ficará muito feliz, mas um filme continua sendo um filme e ele precisa ser encarado e analisado como tal. Zack Snyder é um sujeito resistente e insistente, além de ser um cineasta que sabe compor visualmente suas obras, merecendo mérito pelo que ele fez aqui e que nos dá um vislumbre do que poderia ter sido seu “Snyderverse” se a Warner não se mostrasse completamente sem rumo lá atrás, uma das razões pelas quais eu adoro ver versões alternativas de longas cinematográficos. Aliás, vou além e encerrarei dizendo algo que sei que muita gente concordará: não há absolutamente nada que impeça que a produtora embarque de vez na proposta de Snyder, trazendo o diretor de volta ao seu projeto para continuar a história de seus personagens a partir deste ponto. O filme não desdiz frontalmente nada do que já foi feito (e se desdiz, qual é o problema?) e há sim material ali para permitir um arquitetura narrativa que leve a um universo compartilhado tão fértil quando o da produtora rival, além de haver demanda para isso, nem que seja na própria HBO Max. Então sim: #restorethesnyderverse.

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5. Passageiro Acidental

Iann Jeliel

Mesmo apoiada no amplo realismo, é o emocional em jogo que gratifica a sequência, torna-a imprevisível, e nas decisões tomadas é que se localizam a beleza da história. Apesar de um tanto niilista, a visão da obra a respeito da vida coletiva acima da individual é bem comovente. Não chega a colocar Passageiro Acidental no hall dos grandes, reflexivos e memoráveis filmes do gênero, mas certamente pela forma que é concebida o coloca à frente de obras confortáveis, mesmo que a proposta desse também não seja sair muito do seu conforto. A diferença é que aqui não precisa sair ao invés de faltar algo para entregar. É um bom filme justamente por saber executar significativamente a sua contida ideia.

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4Raya e o Último Dragão

Iann Jeliel

Raya e o Último Dragão

Tudo isso com um toque – igual ao de Moana – a uma valorização cultural específica (sudeste asiático, desta vez) em toda a elaboração de sua mitologia (e produção), sem parecer pedante e enfiado ali de qualquer forma como um mero chamativo internacional para vender o filme. Pelo contrário, soa como reforço à ideia de que as novas histórias têm de surgir de lugares que ainda não tinham vitrine, e que na fantasia de agora elas podem ser a porta de entrada à confirmação deste novo conto de fadas. Há quem diga que pode ser demasiadamente positiva, mas a graça é essa e a ideia da Disney é essa. Se antes esses contos nos confortavam por viver um amor idealizado que nunca viveríamos, por que não os utilizar hoje para se confortar um pouco, num cenário tão caótico, com a idealização de um mundo que conseguiu se unir para um bem maior. Pode ser que nunca aconteça como o famoso “viveram felizes para sempre”, mas o sentimento de acreditar não custa nada e já vale como refúgio, principalmente se veio numa vestimenta de postulante a jovem clássico das animações.

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3. Liga da Justiça de Zack Snyder (Com Spoilers)

Iann Jeliel

Snydercut

Snydercut acontecer não é motivo de orgulho ou uma vitória fruto de uma batalha contra um sistema hollywoodiano que assola a criatividade. É justamente a representação máxima da criatividade condicionada. É preciso refletir, como fã, o que o fez ser fã daquilo? Certamente foi o encantamento com que aquela história foi pensada a ser concebida. Então qual o seu papel como fã para sustentar isso? É cobrar? Sim, mas cobrar pela permanência do senso criativo que o fez se encantar por aquilo. Não o seu senso criativo, mas o senso criativo de quem, de fato, está criando. Mesmo que, nesse caso, o autor seja o próprio e irresponsável autor do fã.

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2. Druk – Mais Uma Rodada

Luiz Santiago

Thomas Vinterberg mostra em Another Round (Druk) homens que intelectualmente se entregam a um vício e sofrem as consequências disso. Não há moralismo aqui, mas um trato humano para a aposta em um jogo muito perigoso. Com homens sensíveis, que choram, que conversam com os amigos sobre seus problemas e dores, o diretor também nos mostra esse outro lado da ansiedade, da depressão da busca por agradar e sempre fazer certo. É um filme sobre um vício muito comum, mas com camadas o suficiente para não deixar a abordagem datada ou rasa.

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1. Sociedade da Justiça: 2ª Guerra Mundial

Luiz Santiago

Como é sempre um enorme prazer ver nazista explodindo e tomando soco na cara, não vamos negar que Sociedade da Justiça: 2ª Guerra Mundial tenha lá todo o seu curioso charme e momentos que nos deixam intrigados, ansiosos ou até mesmo feitos de trouxa (tipo… pra quê colocar o Senhor Destino aqui mesmo?), o que nos deixa em uma posição de contemplativa satisfação com o produto final. Até o arco bobo e injusto (com o personagem) do Aquaman tem sua graça e aquele caranguejo das profundezas perseguindo o Jay Garrick me fez rir imensamente! O que verdadeiramente falta aqui, na essência, no tutano, no verdadeiro contexto e conceito do filme, é aquilo que ele deveria ter não apenas no título ou numa superficial apresentação: a Sociedade da Justiça. Quem sabe na próxima?


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