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Lista | Game of Thrones: As Temporadas Ranqueadas

por Gabriel Carvalho
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Nota da Série

Game of Thrones chegou ao seu fim, após conquistar milhões e milhões de fãs e tornar-se uma das séries mais vistas de todos os tempos. E também uma das mais prestigiadas, arrebatando prêmios atrás de prêmios. Esse sucesso de crítica e público, porém, não parece ter terminado em uma nota positiva, em contraste com o seu espetacular começo, a sua primeiríssima temporada, que, depois de tantas e tantas aventuras, provou ser inalcançável. Manejando várias tramas ao mesmo tempo, Game of Thrones passou a ser conhecida pela sua gama enorme de personagens e quantidade grande de nudez e violência e arcos paralelos. Tantas jornadas, infelizmente, foram escritas para uma conclusão que não conseguiu amarrar todos esses personagens e arcos satisfatoriamente. Uma pena, pois o material era extremamente promissor. Só precisava de alguém para concluir, já que George R. R. Martin parece não ter tido muita vontade de terminar os dois últimos volumes da saga literária. Esperemos pelos ventos do inverno, sonhando com a primavera.

8º Lugar: Sétima Temporada

Mesmo assim, foi de certa forma surpreendente – e, diria, equivocada – a redução no número de episódios. E isso se faz sentir na sétima temporada que é, sem dúvida alguma, uma correção de rumo em relação ao “andar de lado” das duas temporadas anteriores muito mais preocupadas em fazer como Penélope esperando Ulisses, ao costurar e descosturar narrativas para dar tempo a George R.R. Martin a pelo menos lançar o tão aguardado – e hoje quase mítico – sexto livro de sua saga literária. Mas, como o autor não parece ter nenhuma pressa e a máquina da HBO obviamente não podia parar, David Benioff e D.B. Weiss corajosamente seguiram em frente cada vez com menos base literária para permitir roteiros que, antes, estavam corretamente preocupados em filtrar os exageros “martinianos” e colocar na telinha uma história possível, uma hábil adaptação de um adorado – mas, convenhamos, falho – material fonte.

7º Lugar: Oitava Temporada

Uma perdição geográfica era substituída por uma perdição espiritual em Lost, resolvendo o seu fim ao resolver o seu propósito. Game of Thrones quer ser uma boa história, mas não consegue, porque, antes de tudo, não consegue reorganizar suas intenções diante do impasse que foi a perda de um material fonte. O que o seriado vai ser? O Trono de Ferro queima como símbolo da derrota de Daenerys, a sua obsessão em ser Rainha e salvar os outros, às vezes de si mesmos. É esse nível mais intimista que a temporada se importa verdadeiramente. Não em uma discussão política sobre reinvenção da roda, que entra em meandros expressivos de trama e que são com pressa explorados, pessimamente. A mudança do sistema governamental, pontuada na cena posterior, é completamente destoante e até desnecessária para o que se propôs. Inconsistente, restam as imagens que perduram no imaginário, de uma das séries mais bem filmadas em anos. Faltou um casamento, mas o oposto daquele vermelho. Um mais esperançoso, como é a entrada de Jon em terras antes perigosas, acompanhado por pessoas antes selvagens.  O medo e o mágico se foram.

6º Lugar: Sexta Temporada

A sexta temporada de Game of Thrones traz os primeiros passos mais agressivos da série em territórios que ultrapassam os livros de George R. R. Martin. Dito isso, é uma temporada de transição entre o que os seriado era até então para o que ele seria consequentemente. Os dois últimos episódios, porém, aquecem o coração dos fãs e também da crítica, talvez até amaciando a irregularidade que é o restante do que acontece nos dez capítulos que compõem essa virada dos Starks na guerra dos tronos. Jon Snow revive, Ramsay é derrotado e Arya começa de vez a sua vingança. Mas, ao mesmo tempo, ameaças surgem, como Cersei tornando-se rainha por fim, Daenerys cruzando os mares para chegar em Westeros e Bran descobrindo a verdadeira ascendência do seu irmão bastardo. As promessas eram muito instigantes.

5º Lugar: Quinta Temporada

Bem mais inconstante que as temporadas precedentes, a quinta traz uma irregularidade que os fãs da série ainda não tinham presenciado. As reviravoltas no Norte ainda são interessantes o suficiente para manterem a temporada como consideravelmente competente. Temos, por exemplo, a derrocada de Stannis Baratheon, o grande combate contra os Caminhantes Brancos e seus exércitos de mortos, assim como o assassinato de Jon Snow. E, ao mesmo tempo, existem ótimas ideias no núcleo de Porto Real, que conta com Jonathan Pryce para incrementar a qualidade do elenco da série. Mas Dorne é uma trama paralela completamente mal-aproveitada e cansativa, a jornada de Arya nunca foi tão desinteressante e a de Daenerys também.

4º Lugar: Segunda Temporada

Game of Thrones enfim nos apresenta à magia em seu estado mais puro, após ter introduzido os dragões da Daenerys no último episódio da primeira temporada. O que acontece na segunda é uma expansão de toda essa mitologia, que nos leva à entrada de Stannis Baratheon e Melisandre na guerra dos tronos. Enquanto a temporada, no entanto, mostra ser um pouco inferior à antecessora, os responsáveis por Game of Thrones ainda conseguem fazer um bom trabalho na colocação de mais e mais personagens dentro do seriado, embora o ritmo sofra mais que noutros casos. A Batalha da Água Negra, contudo, permanece sendo um dos auges da série.

3º Lugar: Terceira Temporada

O Casamento Vermelho vai marcar gerações e a terceira temporada é a responsável por isso. Ao mesmo tempo, também temos a introdução de Ramsay Bolton e mais empoderamento de Daenerys perante seus asquerosos inimigos, homens maus que ninguém chorou por morrerem. A cena com o seu “Dracarys” mais conhecido acontece aqui. Outros pontos importantes da temporada são igualmente notáveis, como Arya encontrando o Cão, por exemplo, que é uma das tramas mais bacanas do seriado. E a Irmandade Sem Bandeiras é apresentada paralelamente. A terceira temporada permanece, como a segunda, não sendo tão boa quanto a primeira, mas continua o caminho de Game of Thrones para ser considerada uma das mais premiadas séries de todos os tempos.

2º Lugar: Quarta Temporada

A quarta temporada de Game of Thrones provavelmente tem a maior coleção de momentos épicos que a série já nos entregou. O assassinato de Joffrey, o combate entre Oberyn e o Montanha e o entre Brienne e o Cão, assim como o julgamento de Tyrion. Tem tanta coisa boa acontecendo nessa temporada que é impossível não gostar dela, o que possibilitou um ritmo mais empolgante aos espectadores, coisa que não acontecia desde a primeira temporada. O combate entre a Patrulha da Noite e o Povo Livre encontra o seu auge aqui, no nono episódio da temporada, culminando na morte de Ygritte, a primeira mulher a morrer nos braços de Jon Snow. A quarta temporada é, portanto, o mais próximo que Game of Thrones chegou da sua extraordinária apresentação.

1º Lugar: Primeira Temporada

Respeito quem gosta, mas a necessidade de transliterar o original faz com que a adaptação cinematográfica seja um “livro animado” e isso simplesmente não se encaixa no conceito de “adaptação”. Mas aí eu assisti à primeira temporada de Game of Thrones, série da HBO baseada no primeiro volume das Crônicas de Gelo e Fogo de George R.R. Martin, e mudei de ideia completamente, pelo menos por enquanto. A série repete quase que palavra por palavra o conteúdo do livro, mas, mesmo assim, consegue ser uma obra audiovisual brilhante, quase sem falhas. O mérito todo vai para os showrunners David Benioff e D.B. Weiss (isso apesar de Benioff ter sido o responsável pelo aborto de filme que foi X-Men Origins: Wolverine) que perceberam a riqueza do mundo criado por Martin e convenceram a HBO a embarcar nessa caríssima produção (que veio na esteira do sucesso de crítica de Roma e seu cancelamento tardio).

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