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Lista | As Maiores Decepções de 2014 no Cinema

por Ritter Fan
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Todo ano é a mesma coisa. Fazemos a lista daqueles filmes que mais queremos ver só para, depois, nos decepcionarmos com vários, pelas mais diferentes razões. Pensando nisso, nós, aqui do Plano Crítico, preparamos uma lista do que cada um de nós considera suas maiores decepções cinematográficas do ano.

Há de tudo nessa lista para todos os gostos e desgostos, inclusive filmes universalmente cultuados e cuja inclusão, aqui, gerará a fúria ensandecida de fãs. Mas lista é lista. Gosto é gosto. Se incluímos algo que você considera que não deveríamos ter incluído ou deixamos algo de fora que absolutamente não poderíamos ter deixado, sintam-se livres para se sentir desapontados conosco e nos tirar da sua lista natalina!

Mas falando sério, não concordou com algo? O espaço de comentários lá embaixo está lá para isso mesmo!
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As escolhas de Lucas “Raccoon” Borba
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Guardiões da Galáxia
(dir: James Gunn)

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Apesar de conquistar adeptos da crítica especializada, esta foi uma das mais inferiores adaptações de uma história da Marvel à telona. Ainda que tecnicamente bem produzido, o longa é previsível e suas piadas são fracas e forçadas ao ponto de cair no autoboicote. O melhor do filme, de fato, é a sua sequência de abertura no hospital, o que só faz maior a decepção por tudo o que vem depois. Não chega aos pés, por exemplo, da adaptação cinematográfica de O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. É o que se pode chamar de reconhecimento injusto.
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300: A Ascensão do Império
(dir: Noam Murro)

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A sequência do filme selvagem, ao mesmo tempo pesado e carismático, estilizado tal qual a marca de Zack Snyder, mantém algumas características do primeiro longa, porém não o bastante para sequer emparelhar com ele. De fato, a força da sequência está principalmente na ótima presença de Eva Green como Artemísia, para a qual a violência e o ato sexual parecem ser uma coisa só. Falando em violência, sim, ela também está gritante, bem como a estilização e as estratégias de batalha. O grande problema é que só Artemísia não basta para cativar tanto quanto o elenco de personagens marcantes da produção antecessora. Outro ponto é que, desta vez, os atacados, incumbidos de defender a costa litorânea grega, apesar de também estarem em um número absurdamente menor em relação ao inimigo, demonstram toda a sua vulnerabilidade, destoando ao oposto do que vimos no grupo liderado por Leônidas. Não é à toa que, com a proposta e a conclusão da resistência dos endemoniados 300 de Snyder, uma sequência parecia no mínimo improvável, no máximo sem sentido. Felizmente, o novo capítulo não expôs até o osso a sua desnecessidade – salvo o interesse comercial, que de fato foi bem sucedido nas bilheterias, embora não superando o antecessor – mas a deixou em carne viva.
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O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos
(dir: Peter Jackson)

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Apesar da inferioridade na imponência em relação a O Senhor dos Anéis e no problema em fragmentar um livro infanto-juvenil de trezentas e poucas páginas em três filmes com quase três horas cada um, não é ilógico imaginar que o diretor Peter Jackson tenha simplesmente se recusado a criar uma adaptação tão grande em batalhas e aventuras quanto aquela do evento definido pelo próprio Tolkien como o conflito que iniciou uma nova era na Terra Média. Ainda assim, a conclusão da nova trilogia deixou a desejar em clímax. Mesmo a tal batalha dos cinco exércitos, embora não tão intensa quanto o que vimos em As Duas Torres ou em O Retorno do Rei, também se esconde com muita frequência atrás de personagens interagindo em posição recuada e, pior de tudo, desnecessariamente Assim, pouco nos sentimos, de fato, no turbilhão da batalha. A falta de ritmo, revigorado em A Desolação de Smaug, decai de novo na última parte da saga de Bilbo e os anões, o que incomoda especialmente quando o roteiro, tendo que ganhar tempo, fica claramente perdido, sem saber o que fazer com personagens e situações – destaque para o fraco diálogo de Bard (Luke Evans) com seu povo após dominarem um traidor em seu meio, lembrando o texto vago e inseguro típico de filmes épicos nível B. Ora, O Hobbit pode ser apenas o prelúdio da grande tempestade, mas Jackson era mais do que capaz de apresentar nuvens mais convincentes, especialmente antes do primeiro relâmpago.
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As escolhas de Gisele “Tauriel” Santos
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O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos
(dir: Peter Jackson)

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Como fã da série de filmes dirigida por Peter Jackson eu esperava um final mais grandioso para a trilogia. No final, não que o filme seja ruim, mas nota-se que não havia mesmo material para três filmes. Foi meio decepcionante a minha despedida da Terra Média, mas o ingresso valeu pelas grandiosas cenas de batalha, sempre muito bem filmadas por Jackson.
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Rio, Eu Te Amo
(dir: vários)

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Fui ao cinema cheia de vontade para ver a versão brazuka da série Cities of Love, mas saí muito desapontada. Apenas uma história se destaca e as demais são clichês demais e muito fora da realidade de quem vive na Cidade Maravilhosa. Nem mesmo os grandes diretores e um bom elenco salvaram o filme.
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O Espetacular Homem-Aranha 2
(dir: Marc Webb)

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Alguém me explica o motivo desse reboot? O longa é sem ritmo, com um roteiro em frangalhos e nem mesmo o bom elenco salva o resultado final. Talvez o que tenha faltado é senso de humor, cenas de ação empolgantes e um vilão à altura.

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A escolha de Melissa “Rosalyn” Andrade:
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Trapaça
(dir: David O. Russell)

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Essa foi provavelmente minha única decepção de 2014. Um alarde tremendo, investiram pesado no marketing e, no final, apenas mais do mesmo. O enredo era fraco, a montagem falha e repetitiva e as atuações do tal elenco que era sim estelar, medíocres em sua maioria. O que salvou foram os figurinos da época. Com exceção da peruca usada por Bale que tinha vida própria e o permanente desnecessário de Cooper.

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As escolhas de Ritter “Olaf” Fan
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Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1
(dir: Francis Lawrence)

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Doi$ ótimo$ primeiro$ filme$, um terceiro livro $en$acional. Ma$ aí entram o$ executivo$ brilhante$ de Hollywood que $ó pen$am na arte de fazer Cinema e catapimba! Toma de enrolação, de ver tinta $ecar e grama cre$cer.
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O Teorema Zero
(dir: Terry Gilliam)

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A volta de Terry Gilliam aos longas metragens. A volta de Terry Gilliam às ficções científicas. Christoph Waltz! Tilda Swinton! Matt Damon! Garantia de um novo Brazil – O Filme, não é mesmo? Hein? Não é? Não é?

Não, não é….

Frozen – Uma Aventura Congelante
(dir: Chris Buck, Jennifer Lee)

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Vou logo dizer aqui: adoro desenhos animados e adoro a Disney e suas princesas. Mas também tenho que ser sincero: eita filme chato que eles foram fazer, vou te contar… Literalmente o filme mais frio em anos da produtora, com a música-chiclete mais absolutamente insuportável já feita pela (des)humanidade.

Let it go… to hell!.

As escolhas de Luiz “Michelangelo” Santiago.

As Tartarugas Ninja (2014)
(dir: Jonathan Liebesman)

Ok, ok, talvez o leitor menos insano possa argumentar: por que diabos você esperava alguma coisa desse filme? Pois é, nem eu sei. Mas eu esperava que fosse bom (pelo menos “bonzinho”), esperava que fosse MUITO divertido e que não me chateasse, como este longa acabou fazendo. À época do lançamento, eu vi alguns teasers e trailers (às vezes, a gente se deixa enganar) e estranhamente ficava mais e mais empolgado. Talvez fosse nostalgia dos tempos de infância — eu adorava a série! — ou só uma propensão maluca a guilty pleasure do ano, mas é isso, eu queria muito que o filme me surpreendesse. E esperei, esperei, esperei e a única coisa que consegui foi sair xingando da sala do cinema..

Magia ao Luar
(dir: Woody Allen)

Pra começo de conversa: os pôsteres oficiais deste filme são, em uma palavra: tenebrosos!

Eu me lembro que, a alguns anos atrás, Woody Allen era o meu diretor favorito. Hoje, minha tenência é mais propensa à irritação com alguns cacoetes do cineasta, muitos dos quais ele repete aqui em Magia ao Luar. Depois do excelente Blue Jasmine, aquela esperança de fã — eu ainda gosto muito do diretor, só que não o tenho mais como favorito e fico mais irritado com alguns de seus filmes — se acendeu e eu achei que teríamos mais um excelente roteiro, personagens engraçados ou um ambiente que nos fizesse reviver aquela gloriosa jornada de Meia Noite em Paris… Qual o quê! Magia ao Luar é um filme burocrático e um pouco chatinho, salvo em partes por algumas pontas de charme aqui e ali..

Caçadores de Obras-Primas
(dir: George Clooney)

Este filme estava na minha lista de filme mais aguardados para 2014 publicada aqui no Plano Crítico no final de 2013. E eu realmente estava animado para este filme. O período histórico é um dos meus favoritos, o elenco é incrível e havia toda a esperança para a volta de Clooney à direção. Bem… exceto pelas atuações, devo dizer que saí muitíssimo insatisfeito da sessão. O filme parecia ter sido escrito por um estagiário e teve a capacidade de se boicotar o tempo todo, explorando caminhos desnecessários e adotando determinadas conceitos que me fizeram questionar a sanidade de Clooney. Inaceitável. Certamente a minha decepção mais gritante….

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As Escolhas de Gabriela “Selznick” Miranda
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Toque de Mestre
(dir: Eugenio Mira)

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Este filme tinha os elementos para arquitetar a tensão conforme o concerto ia sendo conduzido, mas o roteiro foi preguiçoso e deu soluções óbvias e explicativas demais para o suspense. Isso fez com que a trama não acertasse o tom.
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Uma Relação Delicada
(dir: Catherine Breillat)

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O roteiro fraqueja à medida que explora repetidamente os pontos de tensão e empobrece a história da mulher egocêntrica, interpretada de maneira forte e magnetizante por Isabelle Huppert.
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À Procura
(dir: Atom Egoyan)

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Simplesmente não funcionou. A escolha de edição destrói qualquer possibilidade de suspense desde a primeira cena. O tema era perverso, a trama podia ser memorável, mas o filme acaba no raso. Tem muitos acontecimentos que não fizeram sentido na narrativa e deixou o filme exposto para erros.
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As Escolhas de Guilherme “Baggins” Coral
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 O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

(dir: Peter Jackson)

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Sinceramente, após A Desolação de Smaug, não sei por que ainda esperei alguma coisa deste filme. Uma verdadeira decepção, especialmente considerando minha paixão pelo universo de Tolkien ou até mesmo a trilogia O Senhor dos Anéis de Peter Jackson. Pelo jeito o diretor caiu no complexo de George Lucas.
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Ninfomaníaca Vol. 2
(dir: Lars von Trier)

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Um dos filmes mais polêmicos dos últimos anos, Ninfomaníaca realmente chegou a me surpreender. Ao menos a primeira parte. Tudo bem que o filme, originalmente, não seria dividido, mas o Vol. 2 simplesmente jogou no lixo algumas construções de personagem em favor de um plot twist barato. Um filme com doses de tensão cercadas por um vazio apático.
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Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1
(dir: Francis Lawrence)

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A decisão de dividir o capítulo final da saga de Katniss Everdeen já não fez meus olhos brilharem. Claramente uma escolha feita visando o lucro e não uma maior liberdade artística. Ainda assim eu esperava ansiosamente por essa primeira parcela do desfecho de Jogos Vorazes e, para a minha desolação, recebi um filme arrastado e exageradamente longo, claramente repleto de cenas que poderiam ser cortadas. Uma verdadeira encheção de linguiça!
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As Escolhas de Filipe “Annabelle” Monteiro

Annabelle
(dir: John R. Leonetti)

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Sem dúvida alguma, Invocação do Mal foi um marco de resgate à indústria de filmes de terror com excelência. Era de se esperar que a continuação chegasse com força ainda maior, já que a boneca Anabelle levantava pelos até dos braços mais corajosos antes de ser protagonista de sua própria sua trama. O resultado da sequência de 2014 não é ruim. O filme cumpre com as funções elementares de uma obra de horror. Minha decepção, na verdade, começa quando Annabelle, mesmo com um investimento muito superior e um hype elevadíssimo, não chega nem perto de alcançar a magnitude de Invocação do Mal.
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Álbum de Família
(dir: John Wells)

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Um drama no mínimo curioso estrelado por Meryl Streep, Julia Roberts, Abigail Breslin e, de quebra, Benedict Cumberbatch. Expectativas: 10. Realidade: 0. Roteiro fraco, direção pior ainda. O filme inteiro é salvo por uma única cena. O resto é mais que penoso de assistir. Mais pastelão que novela mexicana.

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