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Lista | Amazing Stories (2020) – 1ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

por Ritter Fan
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Temporada:

O revival de Amazing Stories, apesar de uma temporal inaugural curtíssima de cinco episódios, não só repetiu o formato de antologia da série original, como conseguiu capturar muito bem o espírito infanto-juvenil descompromissado da produção oitentista com assinatura de Steven Spielberg. Sem reinventar a roda, as cinco histórias apresentadas foram fundamentalmente homogêneas em termos de qualidade, jamais desapontando de verdade, mas também jamais surpreendendo completamente.

Pode ser que, nos dias mais cínicos de hoje em dia, a proposta não funcione muito bem, mas é inegável o charme old school da série e a forma normalmente bem bolada como os episódios abordaram e desenvolveram clichês e arquétipos do sci-fi e da fantasia. Foi, no final das contas, um simpático retorno ao passado proporcionado pela Apple TV+ e que, espero, seja renovada.

5º Lugar: The Cellar

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O jogo seguro de se usar viagem no tempo como atrativo continua fortemente na forma como tudo é executado. Pela janela vai qualquer ângulo narrativo mais nuançado, o que torna a história uma sucessão de clichês clássicos que são generosamente utilizados o tempo todo em meio a conveniências como a adaptação imediata de Sam e de Evelyn à situação, com todos os comentários sociais – o papel da mulher na sociedade mais proeminentemente, claro – flutuando ao redor, mas nunca, em momento algum, ganhando mais do que algumas pinceladas bem óbvias, sem que o roteiro se esforce em ultrapassar a barreira do básico.

4º Lugar: Signs of Life

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No entanto, o texto de Leah Fong acaba perdendo o fôlego tanto ao focar no drama pessoal de Alia, dividida entre dois mundos, quanto na resolução do mistério. Sim, tudo é resolvido, mas, apesar da duração levemente avantajada do episódio, há uma correria muito grande nos minutos finais que provavelmente não satisfarão aqueles que, como eu, esperava um pouquinho mais de conexão narrativa. É como uma ideia muito boa que tem todo um capítulo escrito ao seu redor, mas que quem teve a ideia não sabe exatamente o que ela é em seus detalhes.

3º Lugar: Dynoman and the Volt!!

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Dynoman and the Volt!! apenas reitera o bom caminho que a série vem seguindo, desta vez usando o clichê de uma história de super-heróis para abordar o clichê de uma história sobre envelhecimento e conexão entre gerações. E, quando uso o termo clichê, não o faço em seu sentido negativo que muitos conectam a ele. Clichê é, ao contrário, apenas um artifício narrativo muito repetido e o que determina se ele será bom ou não é o roteiro como um todo e não seu mero emprego. E, mesmo que as pretensões do episódio não sejam lá estratosféricas, os clichês que vemos em utilização ampla funcionam bem e resultam em uma simpatia de história que, como as demais, deixará o espectador com um sorriso no rosto ao seu final.

2º Lugar: The Heat

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E, mais uma vez, o resultado é simpático. Mas não só simpático. A boa notícia é que essa simpatia, em The Heat, vem acompanhada de uma direção de alta qualidade de Sylvain White, o que é uma surpresa considerando que, em seu currículo ele não tem muito mais do que o mediano Os Perdedores e o tenebroso Slender Man. O cineasta, ao que parece, estava inspirado para contar a história de Tuka Hall (Hailey Kilgore) e Sterling Johnson (Emyri Crutchfield), duas inseparáveis amigas atletas que estão treinando corrida na esperança de serem escolhidas para uma bolsa de estudos, já que ele estabelece tomadas muito boas que, acompanhando as duas competindo, logo estabelece praticamente tudo o que precisamos saber sobre elas, mas ainda reservando uma surpresinha ao final no estilo moral da história para aquecer corações.

1º Lugar: The Rift

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Mais uma vez, Amazing Stories não tenta surpreender com linhas narrativas originais ou mesmo com a execução original de linhas narrativas batidas. Ao contrário, a série esmera-se em trabalhar os clichês e até os arquétipos narrativos sem maiores invencionices, entregando, normalmente, capítulos honestos, bem feitos e que tem o entretenimento como foco principal. The Rift não é diferente, mas, talvez indo um pouco além do que os demais episódios foram, o roteiro escrito pela dupla responsável pela HQ sabe criar relações enternecedoras entre Mary Ann e Elijah e entre Elijah e Theodore que usam as coincidências inerentes ao gênero e à história como parte da engrenagem para justificar certas conveniências, o que acaba funcionando muito bem.

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