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Lista | 5 Álbuns Para Conhecer Chris Cornell

por Handerson Ornelas
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Na noite dessa quarta (17/05) o mundo perdeu um dos maiores compositores e maiores vozes que o rock já viu. Chris Cornell – famoso por sua carreira tanto solo quanto a frente de bandas como Soundgarden, Audioslave e Temple Of The Dog – foi encontrado morto, sendo a causa confirmada como suicídio. Em meio a essa triste notícia, o que nos resta é prestar tributo a sua brilhante carreira. Por isso, nós aqui do Plano Crítico – mais especificamente eu, Handerson Ornelas junto a Antonio Delbon – fizemos uma lista de 5 álbuns essenciais para você, leitor, passar a conhecer ou se aprofundar mais no excelente legado de trabalhos que o artista deixou. Rest In Peace, Chris.
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“Audioslave” – Audioslave

Anthonio Delbon: Estreia com o pé na porta do supergrupo que deu (muito) certo. Além das destruidoras primeiras faixas Cochise e Show Me How To Live e do maior clássico da banda Like a Stone, o primeiro disco do Audioslave mostra a centelha despertada pelo elétrico choque de seus membros: a combinação dos ágeis riffs de Tom Morello e da linha hipnotizante de Tim Commerford com a voz mais madura de um também mais poético Cornell. É a banda escancarando seu próprio tom logo de cara, que tomaria um viés ainda mais lírico em Out Of Exile. Isso sem falar das pérolas escondidas, algo comum nos três discos da banda do nome que faz jus ao efeito que causa em quem a escuta.

  • Aumenta!: Getaway Car, I Am The Highway

“Down On The Upside” – Soundgarden

Anthonio Delbon: Último álbum da banda antes da recente volta, DOTU surgiu no ocaso do grunge e do próprio grupo, exagerando nas experimentações e na suavidade das melodias, algo acenado em Superunknown e continuado em Euphoria Morning, estreia solo de Chris Cornell. Se toda obra “diferente” das bandas tivesse a qualidade desse aqui, não haveria do que reclamar. Uma despedida melancólica do gênero que marcou os anos 90, a geração romântica do rock que fez de Seattle o centro da “Sturm und Drang” do século XX.

  • Aumenta!: Burden In My Hand, Blow Up The Outside World

“Euphoria Morning” – Chris Cornell

Handerson Ornelas: No intervalo entre a saída do Soundgarden e o início do Audioslave Chris Cornell resolveu se aventurar em carreira solo. Nada do som sujo e pesado de sua banda original, o que vemos aqui é o artista seguindo um caminho bem mais alternativo e focado em baladas, uma sonoridade bem mais melancólica, acústica e radiofônica.  Euphoria Morning possui um lado bastante pessoal do cantor, refletindo não só em um dos seus ápices como compositor, mas também em algumas de suas performances mais emocionantes. Um disco executado com tanta sinceridade e sentimento que carrega um caráter poético inigualável.

  • Aumenta!: Preaching The End Of The World

“Superunknown” – Soundgarden

Anthonio Delbon: A razão pela qual Chris Cornell é o maior vocalista dos últimos 30 anos, certamente o maior do grunge – e a concorrência foi feroz – e um dos melhores compositores da história do rock. O Soundgarden definitivo, sem medo de ser infeliz e de afundar na lama dos dias cinzentos para de lá tirar raiva, ressentimento e rancor em um poderoso ímpeto que se traduz em todos os elementos de uma banda de rock. Um catártico clássico que caminha sobre o lirismo e a angústia.

Handerson Ornelas: Um pilar do grunge. Sujo, empoeirado e voraz, tudo sem perder a veia melódica. Nesse clássico dos anos 90 ficou bastante claro que Chris Cornell havia entendido o grunge por completo.

  • Aumenta!: The Day I Tried To live, Black Hole Sun

“Temple Of The Dog” – Temple Of The Dog

Handerson Ornelas: O projeto mais subestimado do artista. Temple of The Dog foi uma banda criada em tributo a Andrew Wood, vocalista do Mother Love Bone, que morreu de overdose em 1990. Jeff Ament e Stone Gossard, baixista e guitarrista do grupo, convidaram Chris Cornell e Matt Cameron – vocal e bateria do Soundgarden – para formarem o supergrupo. Embora tenha passado longe de sucesso de público, o único álbum da banda foi bem recebido pela crítica por seus arranjos inspirados e sua doce melancolia “grungística”. A interpretação de Chris é sem precedentes aqui, cantando com uma dor que soa totalmente fundida ao impactante instrumental. A performance vocal que ele entrega em Four Walled World, acredite, não se vê em qualquer artista. O álbum ainda teria backing vocal de “um tal” Eddie Vedder, desconhecido até então.

  • Aumenta!: Say Hello 2 Heaven, Four Walled World

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