É quase unânime a opinião de críticos e leitores sobre quem está no topo da lista dos maiores dramaturgos da literatura universal. Evidente que existem divergências, mas mesmo nessas, há o reconhecimento de uma sensibilidade e inteligência dramática e literária muito grandes em Shakespeare. Uma coisa é certa: não é todo escritor que tem seu nome lembrado e sua obra lida, relida, estudada e encenada mesmo séculos depois de sua morte. Algo de muito especial precisa haver nesse escritor. E no caso de Shakespeare, há sim algo muito especial.
William Shakespeare teve uma infância e adolescência confortáveis em sua cidade natal. Filho de um bem-sucedido comerciante e subprefeito de Stratford e uma herdeira de ricos agricultores, ele e seus oito irmãos passaram parte de suas vidas em torno dos negócios do pai e das posses da família. Teve uma educação inicial em uma excelente escola, mas os negócios do pai entraram em declínio e de meados para o final da década de 1570, Shakespeare foi retirado da escola e teve que trabalhar para ajudar a família. Acredita-se que muito das relações de trabalho, linguajar e tratamento entre amigos de suas peças tenham vido desse período.
Aos 18 anos, Shakespeare casou-se com Anne Hathaway (pois é, você já ouviu esse nome antes), com quem teve 3 filhos: Susanna e os gêmeos Hamnet e Judith. As fontes começam a ficar obscuras a partir de então. Sabe-se que Shakespeare foi para Londres, mas no período que vai de 1585 a 1592 não se tem notícia ou registros confiáveis de seu paradeiro ou atividades. O que se sabe é que ele reaparece já sendo citado na cena teatral londrina, e se inicia uma forte, porém cavalheiresca disputa entre ele e outros famosos dramaturgos da época.
Com o impulso artístico dado ao teatro no reinado de Elizabeth I, muitos escritores tiveram seu lugar ao sol, especialmente os dramaturgos. Na época, as peças já eram impressas e comercializadas, de modo que além das encenações, o público tinha contato com as obras através da literatura, o que aumentava a curiosidade de alguns para conhecer novas publicações e encenações. Não existe um consenso sobre quando Shakespeare começou a escrever, mas sabe-se que foi na década de 1590, e que suas primeiras peças foram a Trilogia de Henrique VI, escritas fora de ordem, evidentemente para aproveitar o sucesso que renderam.
Muitas polêmicas se ergueram e ainda se erguem em torno da obra do bardo. Biógrafos e estudiosos questionam a autoria de algumas de suas peças e já se tem como certa a parceria de Shakespeare com alguns amigos na escrita de algumas obras. Todavia, há sempre um indício estilístico que marca a escrita do dramaturgo, e a lista das obras hoje atribuídas a ele, seja como autor ou co-autor, já está fixa a algum tempo. Nos anos 2000, foram encontrados novos documentos e duas novas peças apareceram e foram atribuídas a ele. Historiadores e outros profissionais trabalham para atestar ou não a veracidade dessas novas obras.
O nosso Especial Shakespeare traz todas as peças oficiais e reconhecidas do autor, focando em adaptações cinematográficas e algumas montagens teatrais e filmes realizados sobre elas. Embarque conosco nessa viagem pela obra de um dos maiores escritores de todos os tempos!
Clique nos links ou imagens abaixo para ter acesso a uma parte do Especial. Boa leitura!
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A Tempestade |
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The Tempest |
1610 – 1611 |
A Tragédia de Macbeth |
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The Tragedy of Macbeth |
1605 – 1606 |
EM BREVE
ANO |
TÍTULO |
DIREÇÃO |
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2021 | A Tragédia de Macbeth | Joel Coen | |
2019 | O Rei | David Michôd | |
2015 | Macbeth: Ambição e Guerra | Justin Kurzel | |
2012 | César Deve Morrer | Paolo Taviani, Vittorio Taviani | |
2012 | Muito Barulho Por Nada | Joss Whedon | |
2011 | Coriolanus | Ralph Fiennes | |
2011 | Gnomeu e Julieta | Kelly Asbury | |
2011 | Anônimo | Roland Emmerich | |
2010 | A Tempestade | Julie Taymor | |
2001 | Vou Para Casa | Manoel de Oliveira | |
1999 | Titus | Julie Taymor | |
1999 | 10 Coisas Que eu Odeio em Você | Gil Junger | |
1998 | Shakespeare Apaixonado | Tom Stoppard, Marc Norman | |
1996 | Romeu + Julieta | Baz Luhrmann | |
1996 | Hamlet | Kenneth Branagh | |
1996 | Noite de Reis ou O Que Quiserem | Trevor Nunn | |
1995 | Ricardo III | Richard Loncraine | |
1995 | Othello | Oliver Parker | |
1993 | Muito Barulho Por Nada | Kenneth Branagh | |
1991 | A Última Tempestade | Peter Greenaway | |
1990 | Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos | Tom Stoppard | |
1987 | Rei Lear | Jean-Luc Godard | |
1987 | Hamlet Vai à Luta | Aki Kaurismäki | |
1985 | Ran | Akira Kurosawa | |
1984 | Vida e Morte do Rei João | David Giles | |
1984 | Péricles, Príncipe de Tiro | David Jones | |
1983 | Cimbelino | Elijah Moshinsky | |
1983 | Henrique VI – Parte I | Jane Howell | |
1983 | Henrique VI – Parte II | Jane Howell | |
1983 | Henrique VI – Parte III | Jane Howell | |
1983 | A Comédia dos Erros | James Cellan Jones | |
1983 | Os Dois Cavaleiros de Verona | Don Taylor | |
1982 | As Alegres Comadres de Windsor | David Jones | |
1981 | Timão de Atenas | Jonathan Miller | |
1981 | Troilo e Créssida | Jonathan Miller | |
1981 | Tudo Bem Quando Termina Bem | Elijah Moshinsky | |
1981 | Conto de Inverno | Jane Howell | |
1979 | Medida Por Medida | Desmond Davis | |
1978 | Como Gostais | Basil Coleman | |
1972 | À Sombra das Pirâmides | Charlton Heston | |
1968 | Romeu e Julieta | Franco Zeffirelli | |
1965 | Falstaff – O Toque da Meia-noite | Orson Welles | |
1961 | Amor, Sublime Amor | Robert Wise, Jerome Robbins | |
1957 | Trono Manchado de Sangue | Akira Kurosawa | |
1955 | Ricardo III | Laurence Olivier | |
1952 | Otelo, o Mouro de Veneza | Orson Welles | |
1948 | Macbeth | Orson Welles | |
1948 | Hamlet | Laurence Olivier | |
1944 | Henrique V | Laurence Olivier |
ANO |
TÍTULO |
DIREÇÃO |
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2012 | The Hollow Crown: Henrique V | Thea Sharrock | |
2012 | The Hollow Crown: Henrique IV – Parte 1 | Richard Eyre | |
2012 | The Hollow Crown: Henrique IV – Parte 2 | Richard Eyre | |
2012 | The Hollow Crown: Richard II | Rupert Goold | |
2007 | Doctor Who: The Shakespeare Code | Charlie Palmer |
ANO |
TÍTULO |
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2017 | Tolos & Mortais | ||
2013 | Kill Shakespeare – Vol. 3: The Tide of Blood | ||
2010 – 2011 | Kill Shakespeare – Vol. 2 | ||
2010 | Kill Shakespeare – Vol. 1 |
ANO |
TÍTULO |
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EM BREVE |