Quando cheguei ao Plano Crítico, no final de setembro de 2019, nas primeiras conversas que tive com nosso ilustre editor Luiz Santiago, o meu primeiro pedido foi a possibilidade de fazer este especial de Lost no site, mesmo com a existência de dois textos da série de nosso outro ilustre editor Ritter Fan. Com os 10 anos do fim da série no ano seguinte, essa oportunidade caiu como uma luva. Então, em 23 de maio de 2020 – mesma data em que essa ópera televisiva se encerrava, 10 anos antes – o nosso TCC em defesa da grandiosidade dessa obra começava.

O plano inicial era a revisão da série em conjunto à publicação de novos artigos semanalmente. Na prática, isso se tornou impossível, porque mesmo com um planejamento mental sobre tudo o que queria falar, não tinha a dimensão do quão trabalhoso seria colocar essas ideias “no papel”. Com isso, o especial se firmou, junto a minha segunda assistida, mensalmente. Ou seja, foi basicamente um mês de escrita para cada um dos textos das temporadas!!! Dentro da minha ambição e dedicação em provar como Lost é especial, vi vários episódios mais de uma vez, tracei diversas anotações, detalhes, salvei frames, frases, e fui organizando tudo aos poucos, num mapa de escrita que resultaria em sete dos textos mais longos do Plano Crítico.

E valeu a pena tamanho esforço! Especialmente com a inclusão do meu amigo Davi, que pouco antes do especial começar, arriscou – por influência minha, obviamente – assistir a Lost pela primeira vez. Por sorte – lucidez – ele se apaixonou por esse universo tanto quanto eu, ajudando a tornar a frequência do especial semanal, com a inclusão e ajuda na elaboração de diversos conteúdos extras que contemplavam ainda mais a importância mística de Lost na história da TV. Assim, juntos – em nosso primeiro de muitos especiais nesse perfilzinho em dupla – podemos dizer com orgulho e segurança que fizemos um dos trabalhos mais completos de Lost – criticamente falando – da internet.

“Foi um privilégio ser convidado por um ávido fã de Lost como Iann a escrever sobre a série, especialmente sobre a fantástica trilha sonora e a capacidade cinematográfica que a série trouxe à TV. A parceria foi até além dos textos, a cada episódio assistido por mim e revisado por ele, vários áudios gigantes entre nós implementavam as mensagens da série e a linguagem dela no nosso modo grandiloquente de ver Lost. A série necessitava de um material com base na minha fé e na razão dele para cobrir a perseverança no tempo dessa grande série.” – Davi Lima

Esse era o intuito mesmo, produzir um material que fizesse jus ao que essa série é, uma obra à frente do seu tempo e que merece ser conhecida e revisitada para longe de rótulos pejorativos extremamente injustos sobre o seu final. Bem, missão cumprida… Ou quase isso. Ainda falta convencer os senhores Luiz e Ritter a darem essa segunda chance também. Convoco os fãs de Lost de plantão a começarem a encher o saco de nossos editores em todos os textos deles para fazerem isso o mais breve possível – só a pressão popular para quebrar ditaduras HAHAHAHA. Enfim, contemplem de maneira organizada as críticas de cada temporada (incluindo os mob episodes e as afrontas do Ritter), dos games e os artigos especiais.