ELIA KAZAN
Constantinopla, Império Otomano (hoje Istambul, Turquia), 07 de setembro de 1909
Nova York, Estados Unidos, 28 de setembro de 2003
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Nascido Elia Kazanjoglous, em uma família grega residente no Império Otomano (hoje Turquia), Kazan teve pouco tempo de convivência com os costumes de sua terra natal. Sua família emigrou para os Estados Unidos quando ele tinha 4 anos e toda a sua educação ocorreu nas escolas públicas da cidade de Nova York, onde sua família se estabeleceu.
Depois de graduar-se na Yale University em 1932, Kazan aderiu por um breve período (1934 – 1936) ao Partido Comunista e, paralelamente, começou a trabalhar com o Grupo Experimental de Teatro em Nova York, onde, de meados para o final dos anos 30, daria os primeiros passos no mundo da produção dramatúrgica, que acabaria lavando-o para o cinema.
Atraído pelo método de atuação criado por Stanislavski — método que teve contato via Harold Clurman e Lee Strasberg, no Group Theatre — Kazan iniciou sua jornada como diretor de teatro, onde desde muito cedo alcançou notoriedade. Em 1947, ao lado de Robert Lewis e Cheryl Crawford, criou o Actors Studio, baseado no “método” e na ideia dos “laboratórios” de preparação, dando início à escola de toda uma geração de atores americanos, muitos dos quais trabalhariam em seus filmes.
Stanislavski nos convinha porque não tornava magnífico o homem heróico, mas o herói em cada homem. Essa idéia russa da alma profunda num ser apagado combina bem com o temperamento americano.
Em 1945, Kazan estreou no cinema com Laços Humanos, dando início a uma jornada cinematográfica fortemente influenciada pelo neorrealismo italiano e por problemas sociais diversos, influências que, de uma forma ou de outra, levaria até o final da carreira.
A vida pessoal e artística do diretor mudaria por completo em 1952, quando depôs ao Comitê de Investigações sobre Atividades Anti-Americanas, em plena caça aos comunistas nos Estados Unidos. Sua delação lhe custou muitos amigos e criou uma série de desafetos ao longo dos anos. Em 1999, quando recebeu o Oscar Honorário por sua carreira, vemos a recepção fria e recusa de alguns atores da academia em aplaudi-lo. Veja o vídeo:
Nosso Especial aborda toda a carreira completa do diretor. Para acessar as críticas, basta clicar nos títulos em destaque ou nas fotografias dos filmes. Boa leitura a todos!
Laços Humanos (1945)
Mar Verde (1947)
O Justiceiro (1947)
A Luz é Para Todos (1947)
O Que a Carne Herda (1949)
Pânico nas Ruas (1950)
Uma Rua Chamada Pecado (1951)
Viva Zapata! (1952)
Os Saltimbancos (1953)
Sindicato de Ladrões (1954)
Vidas Amargas (1955)
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Boneca de Carne (1956)
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Um Rosto na Multidão (1957)
Rio Violento (1960)
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Clamor do Sexo (1961)
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Terra do Sonho Distante (1963)
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