21. Figurino de Magro
As referências inseridas em Sem Fronteiras são minuciosas. Repararam no figurino de McCoy ao final do filme? Camisa aberta com um pingente redondo? É o perfeito espelhamento do mesmo tipo de figurino usado por um barbado McCoy em Jornada nas Estrelas: O Filme.
22. Ponta da tripulação original
Dentre as lembranças deixadas por Spock-Nimoy para Spock-Quinto, há uma foto da tripulação clássica da Enterprise. A imagem – que é esta acima – é, na verdade, uma foto promocional do péssimo Jornada nas Estrelas V: A Fronteira Final.
23. USS Franklin
A USS Franklin, nave que serve de moradia a Jaylah em Altamid e que fora comandada pelo Capitão Balthazar Edison (Idris Elba) é, assim como Yorktown, um poço de referências. Mas, para entendê-las, é primeiro preciso relembrar algumas coisas:
- O filme se passa em uma linha temporal nova, iniciada pela incursão de Nero e sua nave mineradora do ano 2387 ao passado da cronologia da série pelo buraco negro criado por Spock-Nimoy;
- Nessa incursão, Nero volta ao ano de 2233 e, no processo, mata George Kirk e em tese acelera o nascimento de James T. Kirk, criando uma linha temporal diferente a partir daquele ano;
- Jornada nas Estrelas: Enterprise foi a última série televisiva da franquia e se passava por volta de 2155, ou seja, antes da incursão temporal de Nero em 2233.
- Em outras palavras, a chamada Linha Temporal Kelvin, criada a partir de Star Trek de J.J. Abrams, pelo menos em tese não altera em nada os acontecimentos até o ano de 2233, o que significa que o que acontece antes, notadamente durante Jornada nas Estrelas: Enterprise, continua valendo simultaneamente para as linhas temporais de Kirk-Shatner e de Kirk-Pine.
- Uma explicação bem didática disso tudo é feita por Doc Brown em De Volta para o Futuro II, quando ele explica por que o 1985 em que ele e Marty estão é diferente do 1985 que eles deixaram no começo do filme.
Ufa!
Dito isto, a USS Franklin (ou NX-326), então, é uma nave que desapareceu em 2164, ou seja, substancialmente durante os eventos de Jornada nas Estrelas: Enterprise. Por isso, há uma boa quantidade de call backs para a referida série de TV. Senão vejamos:
- A designação da nave – NX-326 é parecida com a designação da Enterprise da série (NX-01);
- Os designs internos e externos das duas naves são semelhantes;
- Krall diz que fez parte da M.A.C.O. (Military Assault Command Operations), organização militar que apareceu pela primeira vez na série;
- Krall também diz que lutou contra os Xindi, que são novamente mencionados como os vilões na mesma série e como tendo sido combatidos pela M.A.C.O.;
- Krall também diz, na luta final, que combateu os romulanos, raça que também é mencionada com vilã em Enterprise;
- O uniforme que Spock pega na USS Franklin é muito parecido com o “macacão” usado na série;
Ah, e como bônus, porque USS Franklin? Bem, se separarmos Frank de Lin – Frank Lin – temos o nome do pai de Justin Lin, o diretor. Estou exagerando? Então vejam a imagem do item 45 – a placa designativa da USS Franklin tirada do filme – e reparem que há um espaço maior entre a letra K e a L. Prova irrefutável!
24. Comodoro Paris
Como não acredito em coincidências, a Comodoro Paris (vivida por Shohreh Aghdashloo) muito provavelmente uma ascendente do almirante Owen Paris, personagem que aparecem em Jornada nas Estrelas: Voyager, a quinta série televisiva da franquia. Pela questão temporal, ela pode(rá) ser mãe ou avó de Owen que, aliás, tem um filho, Tom Paris (na foto), que é/será neto ou bisneto dela.
25. Kelvin pods
As naves de fuga da Enterprise têm o nome de Kelvin. Isso faz perfeito sentido orgânico dentro do reboot, já que a nave que George Kirk, pai de James T. Kirk, comandou por 12 minutos era USS Kelvin. E lá, como aqui, o uso de Kelvin não foi aleatório, já que J.J. Abrams sempre dá um jeito de inserir o nome em filmes em que está envolvido, já que Harry Kelvin foi seu adorado avô que ele procura homenagear. E, claro, a chamada Linha Temporal Kelvin, que oficiosamente designa os filmes do reboot, vem da mesma origem.
26. Jennifer Lawrence no filme?
A personagem de Sofia Boutella foi inspirada em Ree, de Inverno da Alma, vivida por Jennifer Lawrence. A inspiração acabou contaminando também o nome da alienígena, já que: Jennifer Lawrence ==> J-Law ==> Jaylah.
27. Krall é um vampiro
É inegável que o design de Krall teve como pelo menos uma fonte de inspiração o Conde Orlok, do clássico Nosferatu, de F.W. Murnau. Se você já viu o filme, com certeza fez a conexão. Se não fez, a imagem acima é prova irrefutável.
28. Syl é uma facehugger
Falando em inspirações em clássico, é completamente impossível ver o momento em que Syl revela a localização do artefato que Krall tanto procura sem lembrar do asqueroso facehugger de Alien, O 8º Passageiro.
29. Space, the final frontier
Em Star Trek, Spock-Nimoy falou as famosas frases que começam com Space, the final frontier. Em Além da Escuridão, as honras ficaram com Kirk e, agora, em Sem Fronteiras, toda a tripulação principal é responsável pela frase, em uma excelente evolução que demonstra a firmeza do grupo junto, temática que permeia todo o filme.
30. Sulu, um ás espacial
Lembram quando Kirk pergunta a Sulu se ele consegue fazer a USS Franklin voar e ele responde “você está brincando, capitão?”. Esse cara seguro de si não era bem assim no filme de 2009 quando, sob comando do capitão Pike, não consegue ir ao hiperespaço, pois esqueceu de “soltar o freio de mão”. Isso acabou salvando a nave inteira, claro, mas mesmo assim… O que três anos de viagem pelo espaço não fazem, não é mesmo?