Home Colunas Entenda Melhor | Slasher Tardio

Entenda Melhor | Slasher Tardio

por Leonardo Campos
1,4K views

Subdivisão do gênero terror, os slashers são produções de culto, geralmente apreciadas por pessoas interessadas em sua estrutura que varia de um filme para outro, mas mantém-se respeitosamente intacta em prol dos interesses de seu público alvo. Tratados como escapismo juvenil e material para contemplação da perversão de determinados indivíduos, um olhar mais apurado revela que ao longo da história deste subgênero, encontramos camadas de análise sociológica que ultrapassam as tentativas destas produções de se apresentarem como filmes puramente voltados ao entretenimento. Ao menos em alguns, o que encontramos é a presença de alegorias sobre o período histórico de lançamento que nem sempre são sentidas por quem consome e produz, expressões que chamamos de subtexto no campo da crítica sociológica. Filmes como O Massacre da Serra Elétrica e Halloween – A Noite do Terror, ambos da década de 1970, revelaram em suas entranhas, alguns medos e aflições estadunidenses, representações simbólicas que podem se ramificar para entendermos outras sociedades da época.

Os assassinos misteriosos de Contagem de Cadáveres e O Pássaro Sangrento (acima) e os cartazes de dois divertidos e inventivos slashers tardios!

De maneira consciente ou inconsciente, as nossas fobias sociais ressoam nessas narrativas, metaforicamente ou por tratamentos mais explícitos. A compreensão diante do panorama em questão é a chave de entrada para participação ativa da organização social de cada pessoa dentro de seu tempo. Desta forma, refletir a produção e recepção destes filmes também é filosofar sobre os costumes e regras estabelecidas dentro de um feixe dos grupos sociais existentes num tecido social costurado cotidianamente. Do Proto-slasher que expunha os medos e inseguranças de uma sociedade mergulhada em mudanças radicais, o subgênero ganhou novas modelagens nos anos 1970, alcançou seu auge na Safra de 1981, estendeu-se ao longo da década em questão, com o Slasher Tardio, fase marcada pelo interesse mais industrial diante de uma temática rentável, mas que ainda assim, trouxe exemplares que recarregaram as cargas simbólicas de um segmento do terror que apresentava fortes sinais de esgotamento criativo.

Mas, afinal, o que é o Slasher Tardio?

Defino por Slasher Tardio todos os filmes do segmento surgidos após o esgotamento da franquia Sexta-Feira 13, o grande medalhão do subgênero, alcançado em 1985 com a sua quinta parte, tentativa dos realizadores de guiarem Jason por novos e equivocados rumos. Sexta-Feira 13 Parte 5 – Um Novo Começo fez, tal como os idealizadores de Halloween 3 – Dia Das Bruxas, uma curva tão sinuosa na franquia, postura apelativa que foi recuperada com grande fôlego em Sexta-Feira 13 Parte 6 – Jason Vive, talvez o melhor episódio da série. O subgênero em questão, no entanto, encontrava-se em desgaste absurdo. Motivações cada vez mais pueris e trajes para os assassinos com pouca criatividade demonstravam que as narrativas com maníacos mascarados a destroçar corpos juvenis tinha alcançado esgotamento. A Hora do Pesadelo veio, em 1984, para oxigenar o campo e inserir novos elementos, tais como a inteligibilidade de Freddy Krueger e o estabelecimento da ironia e de traços filosóficos na composição dos personagens e da trama, mas logo tudo se transformou numa enorme farofada, afinal, diante do sucesso do filme dirigido por Wes Craven, os produtores quiseram trilhar uma franquia e o maníaco onírico se desgastou já em seu segundo filme, A Hora do Pesadelo 2 – A Vingança de Freddy Krueger. Mesmo que sejam produções tardias e um subgênero em desgaste, isso não significa que tudo que foi produzido até a Renovação Slasher de Pânico, lançado em 1996, seja ruim e abjeto. Há alguns caminhos interessantes, mapeados ao longo do texto, mais adiante.

Da Literatura ao Cinema: Os Monstros Slashers de Clive Baker

Candyman, tudo bem! Mas Pinhead? Um representante slasher? Demorei para aceitar a classificação, proposta pelo documentário Chiller 13 – Grandes Slashers Americanos. Se observarmos atentamente, a estrutura de Hellraiser – Renascido do Inferno, obedece aos mandamentos do subgênero slasher ao mesclar sexo, assassinatos em sequência e trajes exóticos por parte dos assassinos ou de seus mentores, neste caso, os cenobitas, criaturas que servem como mensageiras do inferno, indivíduos que compartilham a dor como um sentimento eterno, algo a ser sentido “na pele” pelas pessoas com quem travam contato. Escrito e dirigido por Clive Baker com base em seu próprio universo literário, os monstros deste clássico de 1987 seguem uma ordem metafísica do além. É através de um cubo mágico que as suas forças são invocadas e quando um homem precisa voltar para a sua forma humana através de sangue, será preciso a ajuda de uma ponte, isto é, a sua amante, cunhada, isso mesmo, a esposa de seu irmão, para que homens sejam atraídos sexualmente para um porão e ceifados em prol do sangue a ser jorrado e transformado em fonte de vida para uma criatura condenada.

Doug Bradley interpretou o principal monstro deste filme que se tornou uma franquia, Pinhead, o famoso antagonista slasher com a cabeça rodeada de pregos. Marco do cinema da época, Hellraiser – Renascido do Inferno é um exemplar revigorado do slasher, mais sobrenatural e menos “acampamento e jovens incautos” que a maioria dos lançamentos deste segmento. Clive Baker é responsável por outro monstro também transformado em narrativa com assassinatos em sequência. O Mistério de Candyman, dirigido por Bernard Rose, é um slasher tardio de 1992, protagonizado por Tony Todd, ator que imortalizou a imagem do maníaco das abelhas para a cultura audiovisual neste clássico moderno também conhecido pela luxuosa trilha sonora de Philip Glass, obviamente deslocada do tom do filme, inicialmente tratado como algo mais cheio de classe e pompa, mas logo transformado numa narrativa mais sanguinária para que os produtores faturassem em torno de um segmento que mesmo fragilizado pelo esgotamento criativo, ainda rendia algumas cifras para os investidores. Interessante, no entanto, é que mesmo diante de sua industrialização, o teor filosófico continua presente e a história da lenda urbana do homem com um gancho no lugar de uma das mãos não é apenas uma série de matanças banais.

Franquias Valiosas em Desgaste Criativo

Coitado do Jason. Depois de retornar com vigor no excepcional e tardio sexto capítulo, o antagonista mascarado esteve de volta ao acampamento para ceifar a vida de jovens incautos em Sexta-Feira 13 Parte 7 – A Matança Continua. Lá, ele encontrou uma versão poderosa de Carrie, A Estranha, representada pela figura da paranormal Tina. O filme é classificado muito mal pela crítica, mas confesso que amo, pois é o meu marco zero da cinefilia, isto é, a primeira produção cinematográfica que lembro, conscientemente, de ter assistido na experiência cineclube, para comentar na escola, debater, rever gravado em fita VHS e outras práticas cinéfilas. Desgastado, o monstro de Crystal Lake fez uma parada num navio com estudantes em formatura, desembarcando em Nova Iorque no pavoroso, mas deliciosamente divertido, Sexta-Feira 13 Parte 8, última pá de terra na cova de Jason, até o absurdamente ruim Jason Vai Para O Inferno – A Última Sexta-Feira, de 1993, um exemplar cabal do esgotamento slasher em sua fase tardia. Há uma legião de fãs que idolatram A Hora do Pesadelo 3 – Guerreiro dos Sonhos, mas confesso a minha ojeriza aos filmes da franquia, com exceção do primeiro e do sétimo capítulo. Um show de metalinguagem se estabelece no filme dentro do filme em O Novo Pesadelo, mas os episódios três, quatro, cinco e seis da franquia são pura perda de tempo e exaltação aos excessos de Freddy Krueger cada vez sarcástico, mas também distante de seu brilhantismo em 1984.

O mesmo aconteceu com Michael Myers, o antagonista mascarado que pode ser considerado o fundador do slasher nos Estados Unidos, inspirado pelo giallo e por outras produções que conceituamos como Proto-Slasher. Depois do razoável reencontro com Laurie Strode em Halloween 2 – O Pesadelo Continua, o assassino de Haddonfield descansou em paz por alguns anos. Foi esquecido no “esquecível” terceiro episódio da franquia e retornou apenas no divertido e dinâmico Halloween 4 – O Retorno de Michael Myers, de 1988, narrativa que se estrutura com todos os elementos do slasher: sexo, drogas, bebidas e mortes sanguinolentas. Um elo com a sobrinha de Myers é estabelecido e o terror ganha dimensões até mesmo paranormais com uma espécie de ligação entre o assassino e a jovem garota, filha de Laurie Strode. Interpretada por Danielle Harris, a personagem esteve também em Halloween 5 – A Vingança de Michael Myers, de 1989, uma narrativa com péssima direção de fotografia e conversão para o mercado de vídeo. Ainda mais aleatória, a produção apresentou assassinatos a esmo, um maníaco perdido em sua cidade e personagens menos interessantes que o filme antecessor, sem nenhum momento para uma boa catarse. O fundo do poço veio com Halloween 6 – A Última Vingança, produção que é um dos grandes pesadelos da franquia, lançada em duas versões com finais completamente diferentes, ambos ruins e focados em estabelecer uma origem absurda para Michael Myers. Leatherface e o seu clã também estiveram nesta fase, nos insignificantes O Massacre da Serra Elétrica 3 e O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno, de 1990 e 1995, respectivamente.

Visão Panorâmica: Quando a Indústria Deseja o Slasher

Em 1987, o cineasta John Hough assumiu a direção de Os Anfitriões, produção que tinha como ponto de partida, a pintura American Gothic, de Grant Wood. Encontramos no filme, o tema da família disfuncional, as mortes em nome da moral e dos bons costumes, a conceituação de família posterior ao clássico Psicose, bem como o fanatismo religioso, incesto e outras disfunções psicológicas que tangenciam a abordagem contextual do slasher enquanto subgênero aniquilador de tudo aquilo que a sociedade tradicional rejeita. A maioria dos filmes dessa fase tardia tentaram reformular o segmento, ao trazer elementos de outros subgêneros do terror para ampliar as possibilidades narrativas de um esquema de produção que se detinha basicamente em um assassino mascarado, jovens incautos, mortes criativas e em sequência e o desfecho com revelação e motivação do antagonista diante da trilha de corpos ceifados. Na trama, seis amigos viajam de avião para um final de semana que promete ser pura diversão, mas ao sofrerem uma pane, precisam procurar ajuda e são atendidos por Pa, Ma e seus filhos, uma família aparentemente bacana, mas que se revelará como donos de um lar que se tornará o pior dos pesadelos para todos os envolvidos, personagens que começam a desaparecer misteriosamente. No mesmo ano, Lee Harry assumiu a continuação Natal Sangrento 2 – O Retorno Maldito, terror que foca em Rick Cardwell, o irmão de Billy, assassino do primeiro filme. Confinado em um sanatório, ele reconta a produção de 1984, retomada de imagens que ocupa os primeiros 45 minutos da narrativa. O seu desejo é matar a madre superiora que tanto o infernizou e a seu irmão, além de deixar uma trilha de corpos ensanguentados pelo caminho. Bizarro? Sim, bastante, mas não menos divertido, com mortes exageradas e conflitos dramáticos banais.

O clássico abaixo da média A Morte Convida Para Dançar também se tornou uma franquia, conhecida por aqui pelo título alternativo Baile de Formatura 2: Vestida Para Vingança, slasher lançado em 1987, dirigido por Bruce Pittman. No filme, a rainha da formatura de um baile em 1957 é morta após um incidente com fogo e a sua alma retorna rancorosa, três décadas depois, para cobrar o alto preço de sua morte prematura. O seu retorno é por meio da possessão do vestido da namorada do filho do responsável pelo crime incendiário. Esse é um exemplar slasher com elementos sobrenaturais, uma característica muito comum ao subgênero após A Hora do Pesadelo. Interessante observar a retomada punitivos da cartilha destes filmes com jovens e mortes para quem tem o sexo na agenda. Há uma passagem onde a personagem confessa para um padre os seus atos pecaminosos face aos mandamentos da igreja. Não há outra: fogo. Outro lançamento tardio do segmento foi Psicose Para Matar, comandado por John Quinn, slasher sobre um maníaco focado em matar adolescentes numa competição entre líderes de torcida. Música alta, sexo, piadas e os estereótipos das narrativas juvenis dos anos 1980, tais como a mulher sexualmente explícita e o gordinho depravado. É uma mescla das comédias da época com o sangue essencialmente slasher, jorrado diante das mortes mirabolantes.

Suspeitos em excesso, reviravoltas mirabolantes e um assassino cruel, motivado por banalidades: este é o foco do espanhol A Beira do Machado, sucesso na era do VHS e da fase de ouro das videolocadoras. Dirigido por Jose Ramon Larraz, o filme nos apresenta um mascarado (ou mascarada) que aterroriza uma pequena cidade sempre munido de um machado. Outro ponto europeu do slasher é o divertido, dinâmico, violento e intenso Contagem de Cadáveres, produção estadunidense com envolvimento de italianos. O cineasta Ruggero Deodato emula Sexta-Feira 13 para nos apresentar uma história sobre jovens numa região afastada do Colorado, perseguidos por uma figura que representa uma maldição com aproximação aos mitos indígenas. O jovem Ben retorna do serviço militar com seus amigos e ao chegar, os crimes começam a acontecer, um a um, violentamente, num clássico trash que segue fielmente a cartilha slasher, isto é, um crime no passado, uma vingança movida por ressentimentos, etc. São também dessa fase, as divertidas, excessivas e violentas partes 2 e 3 de Acampamento Sinistro, continuidade da trilha de corpos promovida por Angela Baker, a assassina transexual que trouxe debates de gênero interessantes no primeiro filme da franquia, mediano e arrastado, mas com debate fora dos padrões para a época, banalizados depois que os realizadores perceberam que a saga da assassina renderia um feixe de assassinatos, envoltos numa redoma de sexo e hormônios juvenis em ebulição.

Tardio, mas interessante, Maniac Cop – O Exterminador trouxe algum frescor para o campo em questão em 1988. Com participação especial de Sam Raimi e protagonismo de Bruce Campbell, a produção retrata o caos social em Nova Iorque após um criminoso iniciar uma onda gigantesca de mortes sangrentas, trajado com o uniforme de policial. A sua motivação é a vingança, uma das bases do “conflito slasher”, e a sua representação com fardamento causa o interesse de linchamento dos policiais pela população revoltada. É um filme com momentos intensos de suspense, mortes criativas e uma breve “pegada” sociológica. Sem mistério em torno da identidade do assassino, as cartas são colocadas na mesa desde o preâmbulo, sem a costumeira estratégia de mistério em torno da figura aniquiladora, geralmente revelada no desfecho. Com força sobre-humana, o monstro deste filme é uma boa reciclagem do subgênero. O policial assassino retornou depois nos tardios Maniac Cop 2 – O Vingador e Maniac Cop 3 – Distintivo do Silêncio, de 1990 e 1993, respectivamente. Ambas as partes foram dirigidas por William Lustig, sendo a segunda uma abordagem sobre o retorno do macabro policial para as ruas e a terceira uma narrativa sobre o ataque de uma policial a um criminoso que acaba gerando polêmica na mídia depois que o vídeo é compartilhado por um cinegrafista sensacionalista. O policial resolve vingar a “colega” e um novo rastro de sangue se estabelece. A polícia como representação homicida também esteve nos divertidos Psychcop – Ninguém Está em Segurança e Psychocp 2 – Retorno Maldito.

Com Greg Nicotero, Robert Kurtman e Howard Berger na maquiagem, Violência de Terror, dirigido por Scott Spiegel e lançado em 1989 trouxe mais uma vez Bruce Campbell, Sam Raimi e Ted Raimi em participações especiais neste slasher sobre um grupo de funcionários de um supermercado que passam a noite trancafiados no estabelecimento para a realização de um balanço e remarcação e acabam perseguidos por uma figura misteriosa. Assassinatos criativos, sangue em profusão e uma série de pistas falsas marcam a narrativa que tenta nos surpreender no desfecho, mas que ao longo de sua primeira metade arrastada, quase nos faz desistir de acompanhar o resto do conteúdo. É o que também acontece com Prefácio da Morte, do mesmo ano, dirigido por Tibor Takács, um slasher tardio com história envolvente, mas arrastada demais, trabalhada de maneira mediana pelos realizadores. No filme, um personagem misterioso adquire vida ao passo que uma jovem lê a sua narrativa literária. Metalinguística a produção nos apresenta um interessante jogo de linguagens desse assassino que aniquila várias pessoas para roubar partes de suas faces e recompor uma nova imagem para a pessoa amada. É um argumento interessante, mas trabalhado de maneira muito aleatória, e por isso, com resultado que beira ao nonsense. Ademais, a estrutura narrativa lembra bastante o conto La Continuidad de Los Parques, de Julio Cortázar. Ah, e o corpo feminino, como sempre, alvo da fúria violenta do antagonista que parece aderir ao contexto misógino de ódio patriarcal diante das mulheres.

A metalinguagem que fez de Pânico um sucesso absoluto de crítica e bilheteria esteve presente em outras duas produções do slasher tardio, uma de 1987 e a outra de 1991, O Pássaro Sangrento e Popcorn – O Pesadelo Está de Volta, respectivamente, ambos sobre processos de bastidores e crimes sangrentos sequenciados com muita criatividade e violência. O primeiro, comandado por Michael Soavi, apresenta um diretor teatral que planeja montar um musical sobre a vida de Irving Wallace, um homicida impiedoso que possui uma trajetória potencial para um espetáculo sensacionalista. O grupo de jovens se reúne num local fechado e distante para os ensaios e sequer imaginam que o próprio assassino fugiu do hospício e adentrou no local com uma assustadora fantasia de pássaro. Ele transcende o ambiente ficcional e torna-se uma ameaça real. É a história dentro da história. Igualmente arrastado, tal como Violência e Terror e Prefácio da Morte. No segundo caso, a narrativa metalinguística comandada por Mark Herrier traz um grupo de estudantes de cinema que reabrem uma sala de exibição abandonada e encontram a cópia de um filme chamado O Possessor, narrativa com imagens que a final girl associa com os pesadelos que tem ocorrido de forma recorrente em suas noites de sono. Durante a reabertura, acompanhada de um festival, um misterioso assassino ataca com máscaras que reproduzem os rostos das pessoas que fazem parte da equipe de organização. Por isso, quem morre acha que foi assassinado por um dos colegas. No desfecho, a motivação é revelada e os planos mirabolantes soam exagerados, mas o desenvolvimento da narrativa é dinâmico e por isso os excessos não incomodam tanto, pois ao menos há uma diversificação da estrutura slasher.

O subgênero, como mencionado, ganharia maior projeção na cultura pop em meados dos anos 1990, com o surgimento de Ghostface, o assassino mascarado de Pânico, a fase de renovação slasher que não demorou muito tempo, entrou mais uma vez em decadência, haja vista a quantidade de novos filmes excessivos e pouco criativos sobre antagonistas mascarados motivados por vinganças muitas vezes banais. Mais adiante, o campo em questão adentrou na era das refilmagens de clássicos dos anos 1980 e atualmente, algumas franquias tem ganhado retorno de luxo. Começou com Halloween, em 2018, passando por Pânico, Candyman, a releitura feminista de Natal Sangrento, dentre outros. O slasher parece ter ainda muito fôlego para se reinventar e precisamos aguardar as cenas de suas próximas produções.

Você Também pode curtir

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumimos que esteja de acordo com a prática, mas você poderá eleger não permitir esse uso. Aceito Leia Mais