Ano passado, durante a San Diego Comic-Con, a Warner/DC soltou um instigante sizzle reel de Liga da Justiça, a aposta máxima do Universo Estendido DC. Depois, em março de 2017, foi a vez do primeiro trailer propriamente dito. E, agora, na mais recente edição da Comic-Con, o público e toda a internet é brindada não com um ou dois minutos de trailer, mas sim quatro minutos de pancadaria em CGI do começo ao fim que coloca a Mulher-Maravilha no centro das atenções muito provavelmente em razão do sucesso de seu filme.
Como sempre (vide aqui), preparamos uma análise de mais esse trailer, mas, antes, que tal conferi-lo novamente?
Vamos então para os nossos comentários?
Não temos dúvida alguma que esse início do trailer foi colocado aí para capitalizar em cima do sucesso de Mulher-Maravilha, o primeiro filme do Universo Estendido DC realmente universalmente adorado. Nada de errado nisso e é bacana o destaque dado à heroína, ainda que a repetição exata da invasão dela no vilarejo tomado por soldados alemães, com direito a entrada quebrando tudo, desvio de balas, coronhada e rasteiras, tenha sido desnecessária. Custava mostrar algo realmente diferente considerando que o trailer tem nada menos do que quatro minutos?
Mas há dois aspectos interessantes a serem notados aqui. O primeiro deles é que a câmera faz das tripas coração para manter a identidade do vilão principal dessa sequência escondida de nós, espectadores. Será alguém conhecido, tirado diretamente do Universo DC em quadrinhos? E o ator, qual é? O segundo aspecto se encaixa com o que vem em seguida. A Mulher-Maravilha parece estar preenchendo um vácuo super-heroístico deixado pela “morte” do Superman e pela aparente reclusão do Batman.
Aqui, vemos Diana de volta a seu museu, que presumimos só pode ser o Louvre, restaurando uma estátua grega que, se duvidar, é de Ártemis, a deusa da caça que, na mitologia romana, transformou-se em Diana. Pode não ser easter-egg nem nada, mas seu figurino branco remete à época em que a Mulher-Maravilha perdeu seus poderes nos quadrinhos e mudou seu uniforme para essa cor.
E assim, com essa sequência, o trailer rapidamente estabelece o que mencionei acima: o mundo está de luto pela “morte” do Superman e todo mundo se indaga sobre o aparente desaparecimento de Batman. Será que o Morcego ficou afetado pela morte do kriptoniano ou será que a ausência de Bruce Wayne tem uma explicação mais direta, como, por exemplo, ele estar peregrinando pelo mundo para achar os demais heróis para formar a Liga da Justiça. Afinal, no primeiro trailer, nós vemos Wayne lá pelo fim do mundo tentando recrutar Arthur Curry, o Aquaman, não é mesmo?
Nós já vimos isso antes, mas é muito bacana para deixar passar. Diana diz a Bruce que “eles disseram que a Era dos Heróis não iria voltar mais” e Bruce responde afirmando que ela “tem que voltar”. Essa Era dos Heróis tem correlação, provavelmente, com a era em que os deuses e semideuses gregos andavam pela Terra, antes de serem mortos por Ares, como aprendemos no filme da Amazona. Ou ela faz referência à outra era de heróis fantasiados – era de ouro dos quadrinhos – que ainda não vimos no Cinema e que pode ter existido.
E, com isso, a coisa começa a ficar séria. Voltamos à Temiscira, muito provavelmente hoje em dia e certamente depois dos eventos do filme da Mulher-Maravilha, com a Caixa Materna de lá sendo ativada e um Boom Tube sendo criado. Para quem não sabe, o Boom Tube é um buraco de minhoca que permite a viagem normalmente entre Apokolips ou Nova Gênese para a Terra, segundo as criações de Jack Kirby. Como quem chega por esse Boom Tube é ninguém menos do que o Lobo da Estepe (pousando de joelhos, como de praxe), fica evidente que ele vem de Apokolips, planeta dominado por seu sobrinho Darkseid (ou Uxas, para os íntimos).
Vivido pela captura de performance e voz de Ciarán Hinds, o personagem será o grande inimigo da Liga da Justiça neste primeiro filme, comandando uma horda de parademônios. Nossa aposta é que o final boss Darkseid será reservado para o segundo filme.
Lobo da Estepe: “Não há protetores aqui.”
Com essa “narração” tendo Aquaman ao fundo, o vilão deixa claro que a Terra está indefesa, pronta para ser dominada por Darkseid.
Lobo da Estepe: “Sem Lanternas.”
E, com a breve aparição de Ciborgue, a primeira menção oficial à Tropa dos Lanternas Verdes é mencionada no Universo Estendido DC. Isso não quer dizer necessariamente que haverá um Lanterna Verde no filme, mas sim que eles existem e que a Terra não tem um. Agora a pergunta que precisa de resposta é: porque a Terra não tem um protetor? Será que o próprio Lobo da Estepe acabou com o Lanterna desse quadrante, o que pode abrir as portas para que um Lanterna terráqueo surja, talvez em uma cena pós-créditos? Ou será que há alguma outra razão?
E, com Bruce Wayne vendo um holograma que parece ser do Superman, o Lobo da Estepe termina com “sem kriptoniano”. O interessante da imagem é a especulação que ela causa. A conclusão mais óbvia é que estamos vendo um holograma do Superman, mas é impossível não coçar a cabeça com o que brevemente aparece embaixo da capa. Será um pouco de pele? Se for, será que essa aí não é a Supergirl? E, se isso se confirmar, como é que ela se encaixaria nesse quebra-cabeças?
Mas, de toda forma, a aposta mais acertada (talvez) seja que é mesmo uma imagem saudosa do Superman.
Essa imagem é bem bacana. Será que Barry Allen está tentando aprender a vibrar seu corpo a ponto de passar por objetos sólidos?
Aqui, vemos o Lobo da Estepe em ação, depois de concluir que “esse mundo cairá, como todos os outros”. Uma bela machadada no chão, sem dúvida.
Nota 10 para o Alfred de Jeremy Irons! Só ele mesmo para mandar essa: “já se foram os dias em que sua maiores preocupações eram pinguins de corda explosivos”. Quem disse que a DC não pode – e deve – fazer piadinhas? E o mais divertido é imaginar o Batman de Ben Affleck lutando contra um vilão tão esdrúxulo quanto o Pinguim, tendo que usar o batarangue para acertar pinguins de cordas… O problema é que, agora, simplesmente QUEREMOS ver uma sequência dessas!
Apokolips ou uma nava espacial? Achamos que é Apokolips, pois, se você tem um Boom Tube diretamente para a Terra, para que raios você precisaria de uma nave interestelar? O design orgânico do lugar é muito interessante e lembra a tecnologia usada em Kripton, no prólogo estendido de O Homem de Aço. Muitos parademônios e, claro, o Lobo da Estepe lá no meio, provavelmente preparando o ataque.
Essa sequência parece reunir a Liga pela primeira vez em algum tipo de ataque, com a Mulher-Maravilha aparentemente liderando e deixando claro que ninguém deve fazer nada sozinho, que eles são uma equipe. Obviamente, alguém – tipo o Batman, mas pode ser qualquer um – fará alguma coisa errada solo, levará um belo esporro e aí sim o grupo aprenderá a funcionar em conjunto.
Eu ainda tenho sérios problemas com essa armadura do Flash. Sei lá, acho feia mesmo… Mas pode ser só eu…
Aqui, é interessante notar que Ciborgue parece conhecer Alfred (nem que seja de nome), mas Alfred não parece conhecê-lo. Mas é ótimo ver o personagem tomando as rédeas no Nightcrawler de Batman e saindo para a pancadaria. Mas, assim como no caso de Flash, tenho problemas com o uniforme dele aqui. Não é por achar feio como o do Flash, mas sim por ser muito CGI demais para o meu gosto. Mas deve ser minha idade mesmo por preferir algo espetacular como em RoboCop (o original, claro) e não algo desenhado em computador…
Em meio a uma montagem explosiva, ouvimos Bruce Wayne falando sobre o Superman como se ele conhecesse há anos e não tivesse tentado matá-lo no filme anterior… Mas é bonito ver essa pegada que, lógico, abre caminho para o retorno do kriptoniano de alguma forma ainda misteriosa e que espero não tenha nenhuma ligação com a forma que ele ressuscita nos quadrinhos…
E, aqui, uma breve tomada das Amazonas entrando na pancadaria! Aí fica até covardia e começamos a ficar com pena dos coitados do parademônios…
Não entendemos muito bem o que acontece aqui, mas é fato que é um ponto alto do trailer…
Mas nem de longe tão alto quanto Aquaman surfando um parademônio, demolindo metade de um prédio na queda e saindo como se absolutamente nada tivesse acontecido. Só falta agora aparecer o cavalo marinho cor-de-rosa do herói… He, he, he…
Piadinha final simpática, mas sem graça.
E, então, o logotipo do filme, somente para que…
sejamos levados para uma cena de Jurassic Park…
em que Alfred se encontra com uma figura misteriosa enquanto conserta um dos carros da frota de Wayne. Ele diz: “Ele disse que você viria. Agora, vamos ter… esperança… que não seja muito tarde.” Repare que destaquei a palavra “esperança” da mesma forma que Alfred diz pausadamente hope na frase, pois há especulações mil que a figura misteriosa é o Lanterna Verde ou a Supergirl ou algum outro personagem não anunciado. Mas gente, hope falado assim e a cor vermelha que vemos no figurino do personagem misterioso só pode significar o Superman. Trazer outro herói ainda pode tornar o filme confuso e tumultuado demais e, como sabemos que Superman fatalmente aparecerá, uma boa parte da história terá que ser dedicado à sua ressurreição. Portanto, apostamos que é mesmo Superman. Mas porque raios o contato dele é o Alfred, não sabemos. Mas talvez os demais estejam lutando em algum ponto remoto da Terra (ou de Apokolips) e Alfred tenha ficado para trás para justamente guiar o Superman para o ataque de último minuto em que ele dizimará o Lobo da Estepe com seu peteleco atômico.
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É isso aí, galera! Viram algo mais? Erramos algo? Mandem seus comentários e vamos conversar!