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Crítica | X-Men: Pryde of the X-Men – 1X01: Pilot

O primeiro Wolverine australiano!

por Kevin Rick
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Bem-vindos ao Plano Piloto, coluna dedicada a abordar exclusivamente os pilotos de séries de TV.

Número de temporadas: 01
Número de episódios: 01
Período de exibição: 16 de setembro de 1989
Há continuação ou reboot?: A franquia dos X-Men tem diversas séries e filmes, mas Pryde of the X-Men em si não teve continuação audiovisual, só que serviu de base para um jogo de fliperama da Konami.

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X-Men: Pryde of the X-Men é uma daquelas aberrações escondidas que fazem do extenso catálogo do audiovisual uma caixinha de surpresas. Mais uma obra que, assim como a série Sr. & Sra. Smith de 1996, apenas soube da existência por causa de meu colega Ritter Fan, que sempre encontra pérolas no fundo do baú da sua velhice experiência como apreciador das artes. Curiosamente, Pryde of the X-Men é uma produção que acabou sendo “precursora” ao abrir o caminho para a famosa animação dos mutantes nos anos 90, além de ter catapultado a febre de jogos de fliperama da franquia.

O piloto em si, porém, é terrível, ao ponto de sequer ganhar uma encomenda de episódios após o lançamento do estranhíssimo capítulo de abertura, em que acompanhamos uma versão bizarra da equipe de super-heróis da Marvel. Em linhas gerais, o episódio escrito por Larry Parr quer apresentar os personagens, fazendo com que muitos momentos do piloto pareçam divulgações comerciais, com cada mutante ganhando sua própria introdução na sala do perigo, bem como anúncios ridículos dos vilões e suas intenções.

Em diálogos expositivos e artificiais, todos os personagens se expressam da maneira mais exagerada possível, incluindo discursos de ódio de Magneto e muitos comentários preconceituosos de alguns humanos, na forma incrivelmente estúpida e barata que o texto tenta expor os temas sociais que seguem as histórias dos mutantes. Muitos personagens inclusive parecem caricaturas ou então paródias do material original, como o Noturno, que tem seu estilo galanteador retratado quase como um assediador sexual que chega a ser ofensivo, ou então Wolverine que tem um fortíssimo sotaque australiano tão ridículo que chega a ser hilário. Quem diria que Hugh Jackman não seria o primeiro carcaju da Austrália, não é mesmo?

Ademais, os eventos no piloto são caóticos demais, indo de uma fuga de Magneto, para uma invasão na casa dos X-men e um confronto final envolvendo um meteoro e naves espaciais. Vamos de um bloco ao outro sem transições narrativas que façam sentido e tudo só vai acontecendo como uma confusão anárquica boba, que fica ainda pior com o tom não intencionalmente paródico que existe nas lutas e conversações.

Por fim, como o título da produção indica, existe um foco em Kitty Pryde, que é introduzida no universo dos X-men após visitar a mansão dos mutantes após uma carta perturbadora e invasiva de Xavier, em que a personagem é jogada nesse turbilhão de perigo cinco minutos após chegar no lugar, com os X-men culpando a personagem em diversos momentos do episódio! Ela chega a pedir desculpas depois de ser colocada risco sem nenhuma treinamento, terminando o episódio entrando para a equipe sem razões que façam sentido. Mas ei, os X-men salvam o dia e o Wolverine australiano aceita a Pryde no bando de loucos!

X-Men: Pryde of the X-Men – 1X01: Pilot (EUA, 16 de setembro de 1989)
Criação:
Larry Parr
Direção: Ray Lee
Roteiro: Larry Parr
Elenco: Michael Bell, Earl Boen, Andi Chapman, Pat Fraley, Ron Gans, Dan Gilvezan, Alan Oppenheimer, Patrick Pinney, Neil Ross, Susan Silo, Kath Soucie, John Stephenson, Alexandra Stoddart, Frank Welker
Duração: 25 min.

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