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Crítica | Titanfall

por Guilherme Coral
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estrelas 4,5

Corre, rapidamente observa o local, pula, dá um segundo pulo e alcança uma janela: aparentemente nenhum inimigo, apesar dos constantes tiros e explosões. Corre até a outra janela e se depara com alguns soldados embaixo. Aproveitando a surpresa elimina cada um deles e pula novamente. Corre pela rua aberta, claramente desprotegido e olha para cima: um meteoro vindo em sua direção, não, um robô que acaba caindo em cima do coitado. Um outro soldado  velozmente entra na máquina gigantesca e começa a provocar o caos à sua volta – até ser destruído e ser forçado a combater novamente correndo e pulando até que seu titã seja novamente disponibilizado. Isso é apenas uma das centes de situações que o jogador pode passar em Titanfall – um game que simplesmente não para em nenhum momento.

O jogo funciona como um first person shooter (fps) normal: precisamos provocar o maior número de mortes na equipe inimiga antes que eles façam o mesmo com a nossa. É claro que existem outros modos, como uma variação de capture a bandeira, porém com diversas áreas a serem controladas, a campanha e outras variações. O que realmente diferencia Titanfall e o destaca perante os dominadores do mercado como Call of Duty ou Battlefield é nada mais e nada menos que a presença de robôs gigantes. O game opera com uma mecânica incrivelmente fluida e dinâmica não só em sua movimentação que permite andar pelas paredes e dar pulos duplos como na própria obtenção dos pontos. Assim como em Battlefield 4, qualquer contribuição para o nosso time nos garante pontos – seja matando um inimigo ou capturando uma base. Quanto mais pontos conseguimos mais rápido nosso titã cai dos céus.

Realmente quer enfrentar um desses?

Realmente quer enfrentar um desses?

E como funciona a jogabilidade dentro do robô? Indo contra os concorrentes que aparentemente detestam que jogadores usem veículos (já tentou pilotar um helicóptero em Battlefield?), Titanfall traz para suas máquinas de destruição os mesmos controles de quando somos meros soldados a pé. Em outras palavras  não há diferença nenhuma em controlar o piloto ou o titã, salvo pelo fato que uma máquina daquele tamanho não consegue pular e andar pelas paredes, mas isso já era óbvio. Não há nada mais prazeroso que, após ser bem sucedido em catapultas seu time em direção a vitória, ver sua contrapartida robótica caindo dos céus da maneira mais épica possível – a sensação de “eu consegui” é inevitável.

Mas não ache que só porque você agora pilota um jaeger (não é esse o nome, mas não há como deixar de se sentir em Pacific Rim) você é imortal. Convenhamos que um gigante de dez metros chama uma certa atenção e, logo, se torna um alvo ainda mais fácil. Os pilotos, reduzidos à sua insignificância de no máximo dois metros, sacam suas armas anti-titãs e passam a descarrega-las em você – nada, porém, que a prática não consiga contornar,a final você também está bem equipado. A situação complica ainda mais, é claro, quando outra máquina aparece é, muitas vezes, o melhor a se fazer é deixar no piloto automático, enquanto você, ali debaixo, descarrega seus mísseis no inimigo.

Assim, aos solavancos, conseguimos identificar o incrível balanceamento de Titanfall. Em nenhum momento nos sentimos favorecidos ou desfavorecidos – a luta é um equilíbrio constante, que somente é ganha através da habilidade de cada jogador. E o crescente talento para tamanha destruição ainda é recompensado. Como em outros fps, após cada partida, ganhamos pontos que fazem-nos avançar em níveis. Através destes liberamos novas armas, equipamentos e até novos titãs – garantindo uma grande customizacao, sensação de progresso e até uma certa didática, ao ponto que vamos descobrindo pouco a pouco do game.

Isso é estar dentro de um titã

Isso é estar dentro de um titã

Além de todos esses elementos, o game ainda conta com um criativo design de cenários que possibilitam diversas incursões e ainda mais variadas estratégias. Favorecendo tal variedade ainda estão os gráficos impressionantes que trazem uma textura realista não só para os robôs como para todos os outros elementos, desde paredes até os pilotos. No fim acabamos nos sentindo em uma zona de guerra.

Um titã perante, cooperado do trocadilho, perante os outros games do gênero, Titanfall é o jogo de tiro em primeira pessoa ideal tanto para fãs quanto para não fãs de tiro em primeira pessoa. É frenético, inovador, recompensador e incrivelmente divertido, definitivamente fazendo jus à expectativa que gerou. Titanfall não para e você também não vai querer parar de jogá-lo, a única pena é ele não vir junto da trilha sonora de Círculo de Fogo.

Titanfall
Desenvolvedora:
 Respawn Entertainment
Lançamento: 11 de março de 2014
Gênero: Tiro em primeira pessoa
Disponível para: PC, Xbox 360, Xbox One

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