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Crítica | The Flash – 9X08: Partners in Time

Sci-fi como maneira de atrasar o futuro.

por Davi Lima
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Partners

  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

So the first thing, why do you call this room the Speed Lab? – Inspetor Howard

 

Partners in Time é tipo de episódio que os roteiristas se animam em fazer suas referências a Star Trek e Doctor Who, mas a aplicação dramática é barata demais para o status visual que se quer criar. A brincadeira do magnetismo temporal é bem escrita como um bom sci-fi que quer traduzir conflitos em ciência e Lady Chronos é tão interessante quanto o visual de Darth Maul em Ameaça Fantasma. Porém, o foco é na gravidez de Íris, e como o casal Allen enfrenta junto, já sabendo o futuro algo tão esperado. Essa contradição tão poderosa vira uma comédia dramática numa narrativa de looping espacialmente temporal do Star Labs, resultando em mais um capítulo potencialmente divertido, mas se tornando uma pergunta quase insignificante como a do inspetor Howard: por que a sala se chama Laboratório de Velocidade?

Na primeira pergunta do inspetor sobre isso, Íris desconversa, como um episódio de The Flash que faz perguntas para criar adiamentos de um grande drama da temporada. Isso fica claro na segunda resposta, quando de fato o nome do laboratório tem a ver com o Flash, e Barry, que já se revelou como Flash para mais um punhado de pessoas, só fala o óbvio. Essa dinâmica de perguntas sobre o Speed Lab diz muito sobre como Partners in Time se formula como narrativa. Um roubo de um material do museu do Flash no futuro desenvolve um problema para o presente para que a ladra volte para o futuro e resolva o problema. Da mesma forma que a pergunta cria um empurrão para Íris e Barry resolverem responder, esse roubo é uma desculpa para fazer o casal trabalhar em equipe e conversarem sobre estarem grávidos.

Soa repetitivo tanto falar sobre esse modelo que The Flash usa para seus episódios – especialmente na última temporada – quanto assistir desperdício de ideias de ficção científica para fazer uma diversão que se não se admite como uma história fechada, e sim uma mera ponte para dramas também repetitivos da série. Tudo bem que a história de Allegra e Chester é nova, envolvendo o “eu te amo” e o trauma da personagem em perder as pessoas que ama, ou a amavam. Ainda assim, surge como algo novo num contexto anticlimático que é justificado por flashbacks, da mesma forma que o drama da gravidez de Íris é sem clímax, mesmo sendo o centro do capítulo. E mesmo que o argumento seja para trabalhar o ordinário dos personagens para se evidencias seus dramas mais profundos sem melodrama, porque isso não é utilizado nos grandes eventos da temporada?

A verdade é que não importa quanto os roteiristas de The Flash inventem de sci-fi, na última temporada é mais possível do que nunca identificar maneiras fáceis de estimular os perseverantes na série para algo novo na verdade ser o de sempre. Se Lady Chronos parece visualmente bonita, assim como as roupas dos inspetores, e a farda “trekker” de Barry, tudo não passa de um cosplay de uma festa que acaba meia-noite. Ao mesmo Allegra se abre com Chester, o drama secundário, mas ao menos mais honesto para chegar no ponto, sem firulas científicas que são voltam para o mesmo lugar. A diversão passageira que se diverte em tentar não ser passageira…se torna uma besteira, mesmo que divertida.

The Flash – 9X08: Partners in Time — EUA,  05 de abril de 2023
Direção: Ed Fraiman
Roteiro: Sarah Tarkoff, Joshua V. Gilbert
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jon Cor, Diana Bang, Peter Kelamis, Natalie Moon, Harrison MacDonald, Chris Wood
Duração: 43 min.

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