- Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.
phantoms Which means whatever you felt or thought you saw it was a lie – Allegra
Blake Neely e Nathaniel Blume, os compositores da trilha sonora de The Flash, em geral são pouco reconhecidos por quem assiste a série, porque realmente o trabalho sonoro nas produções televisivas da TV aberta são sutis. Mas uma cena em especial, quando Chester grita para um “fantasma” que ele não é seu pai, é um dos momentos do episódio que a música da dupla compositora aparece. Para alguns isso é irrelevante, porque é um momento exagerado, enquanto para outros, principalmente para os que gostam muito do personagem, foi uma baita cena de um ator competente ao som de uma trilha bem dramática. Entre experiências e experiências com The Flash, até mesmo quando existem cenas legais para curtir assistir mais um episódio da série, ao mesmo tempo parece sempre uma mentira para esperar um gancho para o próximo episódio.
Ao menos em Phantoms, desde a primeira cena Deon participa do episódio para nos ajudar a entender qual o problema que a Iris está tendo com tempo e memória. No entanto, isso é só uma isca conhecida como “vai num vai”. Primeiro ele diz que não há problema com Iris na sua análise da Still Force, depois ele diz que existe um problema. Seu retorno no final do episódio ao invés de ser cíclico é mais um gancho, sem concluir investigação nenhuma nas energias temporais, apenas sendo um aviso… Por essa ideia do roteiro é que a frase de Allegra sobre o medo de Chester, quanto ao fogo negro ser o fantasma do seu pai, serve para os bons momentos da série nessa temporada.
Pensando na história e menos na preparação da temporada, podemos ter bons vislumbres. Iris ajudando uma meta-humana na Coast City, Chester tendo desenvolvimento em reconhecer o time Flash como sua família e os poderes de Barry parecem mais legais de se assistir, mesmo sendo cada vez mais simples em tela. Porém, isso é muito pouco. Mesmo o personagem Chester ganhando praticamente um episódio para si, num conflito com uma espécie de “simbionte de fogo” que procura vítimas de pessoas enlutadas, é tudo uma grande mentira para nos lembrar do problema de Iris – que ela não vai contar para Barry…porque sim.
Nesses momentos que os reclamões de novelas CW ganham razão, embora é preciso esperar qual efeito emocionante que essa preparação dessa doença da Iris vai causar, ou até mesmo como esse fogo negro pode criar problemas ainda maiores, justificando os últimos minutos do episódio que Barry e Iris conversam por videochamada, distantes um do outro. Ainda assim, essa postergação sequencial parece flutuar sem chão. Se no início era um mistério agora está virando mesmice de ganchos em poucos episódios. Não basta criar instalações de espera na série se não sabemos para quê. Desde da escova da cabelo desaparecendo em Impulsive Excessive Disorder os ganchos nesses 3 últimos episódios parecem intrusos. As preparações temáticas com a memória poderia ser um indício de alguma preparação, mas não está muito complexa para uma série que preza pelo didático?
Em tempos que se valoriza tanto a experiência do outro, é interessante como em Phantoms Allegra diz que a experiência de Chester é uma mentira, dá tudo certo e no final eles estão cada vez mais próximos romanticamente. São como os ganchos dessa temporada pós Armageddon, sempre criando uma contradição em como podemos ter boas experiências com a série enquanto fingem nos levar objetivamente para uma grande trama. Soa bastante imaturo para uma série de 8 temporadas.
Ps: podemos ter uma nova heroína? Phantom Girl provavelmente seja a meta-humana de Coast City, baseado no nome da personagem: Tinya Wazzo.
The Flash – 8X09: Phantoms — EUA, 30 de março de 2022
Direção: Stefan Pleszczynski
Roteiro: Jeff Hershw
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Natalie Dreyfuss, Christian Magby, Milton Barnes, Mika Abdalla, Carla Mah
Duração: 43 min.