- Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.
Masquerade resolve os problemas perturbadores de Cecile e dá corpo a mais uma pequena intriga a ser desenvolvida na reta final dessa temporada, indicando que Kristen Kramer não é “apenas alguém que busca vingança cega contra os mutantes“, mas uma policial corrupta, uma infiltrada a serviço de um vilão que ainda não sabemos quem. Considerando que Bart Allen vem aí, e pensando que talvez queiram fazer alguma coisa relacionada aos quadrinhos, faz a gente pensar que tipo de personagem pode ser esse “misterioso nas sombras“, não é mesmo? De todo modo, ainda é cedo para falar disso e, pelo visto, o arco da família só vai REALMENTE acontecer na próxima temporada, porque Bart deve aparecer no penúltimo episódio dessa 7ª Temporada.
É impressionante como dramas de caráter psicológico bem trabalhados nesse mundo dos super-heróis são poderosos não é mesmo? Lembram do Bashir? Do Pirata Psíquico? Toda vez que uma trama assim aparece na série, os diretores e os roteiristas procuram aplicar uma narrativa de terror para dar cabo dessa condição e, na maioria das vezes, a coisa funciona bem. O que acontece com Cecile aqui é um bom exemplo disso, e ainda tem o bônus de apresentar uma história traumática da personagem, dando maior contorno para ela e permitindo que a atriz mostre mais do seu trabalho.
Embora o enredo não tenha “surgido do nada” — ele é consequência de algo visto lá no arco das Forças –, e parece meio encaixado aqui. Aliás, esse fim de temporada, com pequenas pontes até o esperado arco da família aparecer, tem tido essa cara. A saída de Cisco (que aparentemente deve voltar nos próximos episódios, como participação especial), a adaptação de Chester como líder do Star Labs e essa cara de maior maturidade em torno de Barry e Iris tem dado um outro sabor ao programa, e tenho ficado bastante curioso para ver como os roteiristas guiarão as coisas no próximo ano. Grant Gustin tem me parecido que está de saco cheio do personagem e tem andado com a maior cara de peixe morto uma boa parte do tempo. Algo deve acontecer para mudar isso.
A prova de fogo aqui, porém, vai para Chester, que tenta assumir uma posta de quem sabia de tudo, mas acaba colocando a vida de Barry e de Cecile em risco, o que serve de lição comportamental para ele. É uma boa forma de deixar um personagem mais maduro e fazer com que ele tenha um histórico de ações que possam ser lembradas no futuro. Além do fato de gerar o drama do episódio, claro. No primeiro ato, essa abordagem funcionou bem. Depois, foi mais protocolar, nada muito grandioso. Sinto que a produção está procurando deixar o terreno mais suave e livre de dramas paralelos para a introdução de novos personagens. Só não tenho muita certeza se esse negócio com a Kramer se revolve em dois capítulos ou se vai ser algo utilizado como gancho para trazer o novo vilão. Seria uma boa!
The Flash – 7X13: Masquerade — EUA, 15 de junho de 2021
Direção: Rachel Talalay
Roteiro: Sam Chalsen, Christina M. Walker
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Natalie Dreyfuss, Marcus Aurelio
Duração: 43 min.