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Crítica | The Flash – 3X09: The Present

por Luiz Santiago
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estrelas 2,5

spoilers. Leiam as críticas dos demais episódios de The Flash, aqui.

Se não me quis assim…

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Não me procure quando eu estiver assim…

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Dirigido por Rachel Talalay, a mulher que deve ter perdão eterno por qualquer coisa ruim que realizar até o fim da carreira, por motivos expiatórios vindos das obras-primas Heaven Sent / Hell BentThe Present marca a mid season finale da 3ª Temporada de The Flash e traz Barry descobrindo quem é Julian — e se revelando para ele –; Almost Kid Chatus recebendo o uniforme para se tornar Kid Chatus; um lampejo trágico do futuro; e o cameo mais legal da temporada, embora não tenha tido absolutamente nada a ver com o episódio em questão: Luke Skywalker Mark Hamill voltando a interpretar o Trickster nessa versão de The Flash (lembrando que ele também viveu o personagem na série de 1990 – 1991 — vejam na foto acima –, onde John Wesley Shipp, que é o atual Jay Garrick, vivia Barry Allen / Pollux).

São muitas coisas para digerir em 44 minutos, e essa megalomania incompreensível dos roteiros em The Flash (mais estranho ainda porque se trata de uma série com absurdos 23 episódios por temporada!!!) só atrapalha a criação de arcos inteligentes ou diálogos válidos, como foram os únicos genuinamente bons episódios desta temporada até o momento, Monster e Shade.

O enredo aqui destaca Julian, a partir do qual os perigos para a turma dos heróis devem aparecer. No início, temos um desnecessário flashback para mostrar o encontro da caixa de energia que libera Savitar (ou algo próximo a isso) e uma visita rápida de Barry à Terra 3 para buscar Jay, algo que também é desnecessário mas acaba passando pela aprovação do espectador, pelo significado maior que possui — e também porque é uma cena que não se leva a sério, ao contrário de todo o resto. Sem contar que foi muito bom ver um pouco mais da Terra 3.

O que começa a me preocupar a partir daqui é o claro desenho de um padrão. Um pelo qual já passamos. Exceto em alguns poucos elementos artísticos, fotográficos e de efeitos, eu não consigo ver um avanço na série nesta temporada, e notem vocês que estamos diante de um reboot conceitual! O que temos para preencher o espaço de uma trama que um dia foi boa (1ª Temporada)? Bem, o retorno do ciclo familiar ameaçado, ligado à perda de entes queridos como impulso para irritar e motivar o protagonista. É estranho, porque durante muito tempo a série veio tentando fazer uma ligação familiar ou fraterna, às vezes em detrimento de tramas maiores. Agora, há quase um afastamento compassado no seio dessa família e desses amigos, vide a intragável recusa de Joe e Iris em permitir que Wally treinasse corretamente e exercesse seu papel como velocista também. O a birra de Cisco em relação a Barry que foi porcamente resolvida em LoT: Invasão.

Rachel Talalay não consegue realizar um bom trabalho na direção, até porque não existe uma única ajuda do roteiro para isso, mas vale destacar duas sequências que, isoladamente, mostram o que a diretora poderia conseguir caso o cenário narrativo fosse outro. A primeira é o encontro de Jay e Barry com Savitar e quando eles se separam, um para cuidar do deus da velocidade e outro de Alquimia. A tela verde consegue ser contornada pela edição e pela boa disposição de câmera da direção. Mesmo com toda a minha chatice com a produção do show, eu não consigo desgostar dos movimentos de Savitar. A forma como ele manipula o tempo, a animação para a Força de Aceleração durante sua passagem e a maneira como ele luta fisicamente são boas. Claro que o visual… bem, é uma outra forma do Leviatã de LoT, para usar uma referência do Arrowvese. Mas ou tentamos nos acostumar com isso, ou enlouquecemos.

A segunda sequência é a da Noite de Natal. Como eu gosto muito da data, normalmente tenho um carinho grande por cenas que a representam, especialmente com a delicadeza com que é mostrada aqui, mas só na primeira parte. Na segunda vez há uma repetição das posições dos atores e uma má movimentação da câmera pelo cenário, fazendo planos de lugares estranhos, algo espantoso vindo de Rachel Talalay; mas vamos atribuir isso ao “efeito CW” no trabalho dela.

Para o retorno da série, em janeiro de 2017, temos algumas linhas prontas para o dramalhão que será o restante da temporada.

1 – Kid Flash vira o sidekick de Barry — pensem nas 1001 maneiras de ser chato antes de morrer. Wally cumprirá todas elas.

2 – As profecias de Savitar e a morte e Iris — passo importante (?) para série e talvez a possibilidade de fazer com que Tom Cavanagh possa interpretar um personagem legal novamente, já que esse HR, depois de dois episódios primorosos, assim que chegou, já está insuportável. Suponho que ele esteja ligado à “traição” que o vilão cita. Também haverá o que “vai cair”. E o “destino pior que a morte”. Muita tragédia ainda está por vir.

3 – Julian — agora ele está oficialmente ligado à equipe do STAR Labs e sabe da identidade do Barry. Sua postura continuará chata, negando o mundo à sua volta ou não? Já basta a péssima “resolução” para o seu arco dramático nesse episódio.

4 – Alquimia — fica clara a necessidade da pergunta: por que foram colocar esse “vilão” nessa temporada? Já vimos que ele é um peão de luxo e que já perdeu toda a graça possível.

Meus votos são para que nunca mais façam um cientista/inventor como Cisco agir como um noob descerebrado abrindo uma caixa que sabia ser perigosa apenas porque viu o “fantasma” de um irmão com quem ele nem se dava tão bem assim. Penso que essa exploração dramática para o luto já chegou ao máximo limite na série, pelo menos como foco regular dos roteiros até aqui. Claro que eventualmente alguém vai morrer e pessoas vão ficar tristes. Mas isso aqui não é Grey’s Anatomy da Velocidade. É tempo de focar em outras coisas, não acham?

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Agora vai uma foto que representa toda a minha tristeza em ficar um mês sem escrever críticas de The Flash. A propósito, a série volta no dia 24 de janeiro de 2017. 

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The Flash – 3X09: The Present (Estados Unidos, 6 de dezembro de 2016)
Direção: Rachel Talalay
Roteiro: Lauren Certo, Aaron Helbing, Todd Helbing
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Carlos Valdes, Keiynan Lonsdale, Tom Cavanagh, Jesse L. Martin, Tom Felton, Mark Hamill, Nicholas Gonzalez, John Wesley Shipp, Danielle Nicolet, Andre Tricoteux, Sonia Beeksma, Chantal Bui Viet
Duração: 44 min.

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