Home TVEpisódio Crítica | Star Wars: The Bad Batch – 3X13: Na Abertura

Crítica | Star Wars: The Bad Batch – 3X13: Na Abertura

As iniciativas de quem não segue ordens, mas dá ordens.

por Davi Lima
741 views
Abertura

  • Há spoilers. Leiam, aqui, as críticas dos demais episódios da série. 

Quem começa a dar ordens pode ter seu momento de apenas segui-las. Rampart, personagem usado pelo Império como bode expiatório do genocídio dos clones em Kamino, na primeira temporada de The Bad Batch, vai se tornando bem mais relevante do que uma volta por conveniência. Em Rolo Compressor sua aparição podia indicar um ponto de partida para Tantiss, mas tem se tornado um ponto de partida para a qualidade da temporada. Na Abertura, os Esquadrão 99 cada vez mais vacinado com o Império, e por consequência mais endurecido quanto a drama e comédia, tem a oportunidade de reunir com Echo e juntos planejarem a invasão de um centro imperial. Como é de praxe em Star Wars, os heróis se disfarçam de imperiais para se infiltrarem, mas no final se revelam mais sobre eles para nós que assistimos.

Em Uma Nova Esperança, quando Han Solo e Luke se vestem de Stormtroopers para invadir uma invasão espacial, nós entendemos melhor como eles iriam interagir, até mesmo com a Princesa Leia. Nesses momentos narrativos há um conflito e uma tensão maior que as decisões a ordens entre os personagens revelam quem são. Isso normalmente acontece quando é necessário mudar os planos no decorrer da história. E é exatamente isso que torna esse episódio especial, tanto no lado de Hunter e companhia, quando do lado de Omega em Tantiss.

Enquanto ela tenta fugir, eles tentam chegar lá. Omega, no caso, conhece mais das crianças, algo mais direto e explícito no roteiro de Brad Rau, showrunner da série. No caso do arco dos 99, a presença de Rampart, sempre colocando em dúvida os planos dos clones e sendo comandado por eles, diz muito da beleza narrativa que nossos protagonistas se desenvolvem no episódio e se desenvolveram na série. Entre os planos de fotografia da animação que coloca tensão com imagens isométricas (visão de cima) e uma presente trilha sonora, o texto do roteiro eleva o implícito e indireto tema sobre o momento dos personagens no ambiente imperial: não seguimos as ordens deles, nós mudamos os planos.

Rampart ajuda a expor mais um traço não dito da humanização dos clones. Mesmo que seja verbalizado constantemente pelo o grupo Bad Batch “não seguimos ordens”, ou “os planos mudam”, as missões dramatizam bem mais do que falado. Com um bom ritmo, senso de urgência e gancho, Na Abertura é o exemplar de episódio de transição, assim como entrega o cerne de Star Wars em The Bad Batch. Não só nas rimas visuais do que já vimos em filmes e séries live action, mas em como o “more intense” do George Lucas as vezes é o determinante para dizer tudo que é essa série.

Faltando dois episódios, chegar a Tantiss nunca foi tão empolgante, tão Star Wars e tão The Bad Batch. Ver todos juntos em Na Abertura, exceto Tech, dizendo o que ser feito para um ex-imperial – ao ponto de rebaixá-lo do cargo -, são os clones brucutus em forma, prontos para operações especiais, mesmo que mais pesarosos com todo o contexto. Wrecker não tem tempo para fazer alguma brincadeira, Hunter nem parece pensar na Omega, apenas na missão de chegar em Tantiss, e Crosshair volta ao sem sentimento. Esse é o pesaroso de um final de temporada, de clones procurando missões, sem casa e apenas uma criança para humanizá-los de fato.

Star Wars: The Bad Batch – 3X13: Na Abertura (Star Wars: The Bad Batch – 3X13: Into the Breach – EUA, 17 de abril de 2024)
Criação: Dave Filoni
Direção: Saul Ruiz
Roteiro: Brad Rau
Elenco: Dee Bradley Baker, Michelle Ang, Keisha Castle-Hughes, Noshir Dalal, Ben Diskin, Helen Sadler, Ivan Sinitsin, Olwyn M. Whelan, Shelby Young
Duração: 26 min.

Você Também pode curtir

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumimos que esteja de acordo com a prática, mas você poderá eleger não permitir esse uso. Aceito Leia Mais