Espaço: D’Qar, Megalox Beta.
Tempo: Antes dos eventos ocorridos no Episódio VII, O Despertar da Força.
Poe Dameron foi um dos personagem que mais prometeu, e menos apareceu em O Despertar da Força, entretanto sua breve jornada no Episódio VII já foi o suficiente para vários fãs da saga se apaixonarem pelo piloto, algo comum se tratando de Star Wars, vide Boba Fett, Wedge Antilles, Biggs e muitos outros que são meros coadjuvantes em seus filmes, mas que ganham uma enorme importância para os alucinados pela galáxia muito, muito distante.
Foi devido à essa popularidade que a Marvel decidiu, junto com a Disney, criar o quadrinho Star Wars: Poe Dameron, cujo protagonista é ninguém menos que o melhor piloto da Resistência. O primeiro arco, contido nas edições 1, 2 e 3, ditou tudo aquilo que o título iria ser, apresentando uma aventura divertida, que só escorrega no último ato, Poe, seu esquadrão e seu antagonista, Agente Terex. Chegou então a hora de analisarmos o segundo arco da série.
Com o mesmo time criativo, liderado por Charles Soule no roteiro e Phil Noto na arte, a edição 4 começa com o Black Squadron indo para um missão inusitada: obter informações vitais para achar Lor San Tekka, de um Hutt, que está preso. Antes disso, somos agraciados com poucas páginas que mostram o grupo de pilotos se relacionando, algo que é vital para o peso da trama, já que isso humaniza os personagens e faz com que o público sinta sua dor, amor e qualquer outro sentimento.
A prisão que abriga o Hutt é a prova de o quanto Star Wars pode ser inventivo, ela está em um planeta que não é capaz habitar vida, devido a inúmeros fatores. Então como há uma prisão ali? Uma nave que está na órbita do planeta gera um campo de força e é dentro desse campo que Megalox Beta abriga todos os prisioneiros. Essa invenção cria uma cadeia perfeita, mesmo que os detentos tentem fugir, não há vida fora daquela bolha.
Grakkus, o Hutt que tem as informações, dá uma condição para Dameron, ele só entregará o que sabe se o esquadrão conseguir libertá-lo. As coisas ficam ainda mais complicadas quando Agente Terex chega para colocar mais pressão em toda a trama, já que, assim como Poe, o vilão também tem como objetivo encontrar Tekka. Não irei entrar em detalhes sobre a trama, se você ficou curioso a respeito dela, pare essa crítica e leia a HQ.
O que posso entrar em detalhes aqui é o trabalho de Charles e Phil, o roteiro de Soule continua muito aventuresco, no melhor estilo Han Solo e Indiana Jones. Ele consegue mostrar o potencial narrativo que o personagem tem. Poe possui um carisma natural e o roteirista explora um personagem que vai muito além do canastrão que vimos em O Despertar da Força.
A arte de Phil Noto também mantem o padrão do primeiro arco. Com traços fortes, que denotam bem as expressões de cada personagem, cores em tons pastéis, que rimam com o estilo do planeta desabitado e posições de personagens em cena muito corretas. A narrativa gráfica do artista cumpre seu papel, narrando de forma certeira aquilo que esta sendo apresentado pelo roteiro.
Lockdown consegue continuar e melhorar aquilo que já tinha tido um bom desempenho no primeiro arco de Poe Dameron. Dando ainda mais razão para todos os fãs que se apaixonaram pelo personagem, mesmo sabendo tão pouco a respeito dele. Que o terceiro arco só faça Poe Dameron crescer ainda mais e que Charles Soule e Phil Noto possam nos apresentar muitas outras aventuras com o Black Squadron.
Star Wars: Poe Dameron #4 a 6: Lockdown — EUA, 2016
Roteiro: Charles Soule
Arte: Phill Noto
Cores: Phill Noto
Letras: Joe Caramagna
Editora original: Marvel Comics
Datas originais de publicação: 2016
Editora no Brasil: Não lançado no Brasil até a data da publicação da crítica.
Páginas: 96