Home TVEpisódio Crítica | O Fantástico Natal de Sonic (1996)

Crítica | O Fantástico Natal de Sonic (1996)

As aventuras de Sonic após Robotink iniciar o seu plano maléfico de estragar a magia natalina.

por Leonardo Campos
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Assim como aconteceu em outras versões animadas de personagens clássicos, os festejos natalinos não poderiam ficar de fora das Aventuras de Sonic, uma série que fez bastante sucesso nos anos 1990, auge do ouriço azul antropomórfico conhecido por suas habilidades velozes, bem como compaixão pelos indefesos, luta pela justiça e liberdade, criatura extrovertida e aventureira interessada em batalhar contra as forças malignas do Dr. Egmann, conhecido amplamente por Robotinik. Ao longo dos 21 minutos do especial O Natal Fantástico de Sonic, lançado três anos após o cancelamento da série, unidade criada para fechamento do arco e caminhada do personagem para outros segmentos lucrativos, nós acompanhamos a empreitada do protagonista diante da tristeza estabelecida no planeta Morbius após o antagonista atacar mais uma vez.

É véspera de Natal e os habitantes da região se unem para ver o que Papai Noel trará de novidades para as comemorações. O período natalino, como sabemos, é uma época conhecida por reuniões, pausas, reencontros, renovação de ciclos, dentre outras coisas. O temível, aqui, é que segundo as informações do novo substituto, Papai Noel se aposentou. E, para piorar, deixou o seu representante robótico para dominar a cena no Natal. O problema é que Robotinik estabelece o contrário na jogada. Em vez de distribuir os presentes para o público que aguarda ansiosamente pelo momento, ele quer ser presenteado por todos.

E, azar daquele que resolva enfrenta-lo. Uma criança faz isso ao saber da novidade, enquanto trocava ideias com o novo Papai Noel em público e é imediatamente levada para um castigo tenebroso: ser um dos escravos dos empreendimentos do vilão. Apreensivos, os habitantes do local observam com medo e indignação as novas regras para uma época que deveria ser de bondade, empatia, resignação, dentre outros sentimentos elevados. Quem chegará para mudar as coisas é Sonic. Após sair para a cidade, tendo em vista comprar um presente para a Princesa Sally, o herói percebe que as lojas estão vazias, além da atmosfera de tristeza pairando fortemente pelos quatro cantos do lugar.

Ao questionar sobre o que estaria acontecendo, é informado secretamente por um dos habitantes sobre a iniciativa de Robotinik. Diante da situação, precisa reagir. E ai, caro leitor, é aquele esperado embate entre os dois personagens, até que as forças do bem vençam o processo e consigam retomar os ideais natalinos previamente aguardados para a sua normalidade. Sonic, além de desafiado a lutar contra o seu arqui-inimigo, também precisa recuperar os presentes para a redistribuição na cidade que até então, acreditava ser impossível o resgate do Natal diante de tanto sofrimento. Mais focado para o público infantil consumidor de animações, O Natal Fantástico de Sonic também funciona para outras idades, mais especificamente, para os interessados no universo dos games traduzido para outros suportes narrativos na dinâmica da convergência midiática. Há, sim, alguns diálogos e situações pueris, mas o resultado final é divertido e passa uma mensagem edificante não apenas sobre o Natal, mas sobre relacionamentos interpessoais em um mundo egoísta.

O Fantástico Natal de Sonic (Sonic: Christmas Blast) — EUA, 1996
Direção: Blair Peters
Roteiro: Reed Shelly, Bruce Shelly
Elenco: Jaleel White, Long John Baldry, Jay Brazeau, Philip Maurice Hayes
Duração: 22 min.

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