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Crítica | LEGO Vingadores Marvel: Código Vermelho

Vermelhidão sob ataque!

por Ritter Fan
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O império audiovisual LEGO é um fenômeno muito interessante e, na maioria das vezes, muito divertido, que consegue aliar uma abordagem infantil  na superfície com diversas piscadelas para o público adulto e normalmente nostálgico. Código Vermelho é a mais recente incursão da empresa dinamarquesa de tijolos montáveis de plástico no universo Marvel, mais especificamente dos Vingadores, e o resultado é uma descompromissada e rápida aventura que coloca o mais importante grupo de heróis da editora diante do misterioso desaparecimento de heróis e vilões que tem “vermelho” no nome, começando pelo ameaçador Caveira Vermelha (voz de Liam O’Brien) que, ao atacar Nova York, é pego por tentáculos metálicos que surgem do nada.

A premissa “absurda” faz todo sentido quando, não muito tempo depois, o grande vilão do curta é revelado como sendo o Colecionador (Haley Joel Osment) que é abordado de maneira interessantemente crítica à mania do colecionismo de tudo que existe hoje em dia, especialmente a ala mais radical que sequer abre os produtos que colecionam e os expõe dentro das caixas, algo que eu nunca entenderei mesmo considerando-me um colecionador. E esse comentário mais adulto não é o único, pois, entremeando toda a narrativa, há a relação da Viúva Negra (Laura Bailey) com seu pai, o Guardião Vermelho (Trevor Devall), que se recusa a aceitar que sua filhinha cresceu enquanto Natasha revira os olhos para toda a interferência dele em sua vida, o que estabelece uma dinâmica “fofa” que destaca a super-heroína espiã dos demais. Claro que, como o nome indica, ele acaba sendo vítima do Colecionador, com os Vingadores, então, correndo atrás da Mulher Hulk Vermelha (Laura Post), a última personagem com vermelho no nome que restou.

Em termos de ação, o curta é frenético e variado o suficiente para manter o espectador engajado, com ações em Nova York, no meio do deserto e, claro, no quartel-general altamente tecnológico do Colecionador, com uma infinidade de referências à Marvel Comics, incluindo e especialmente uma reencenação da primeira aparição de Wolverine (Steve Blum) nos quadrinhos em uma luta entre ele, Hulk (o veteraníssimo e sempre sensacional Fred Tatasciore) e Wendigo. Por outro lado, a computação gráfica 3D da animação está mais para a versão “econômica”, ou seja, é perceptível um trabalho mais humilde nesse lado que é compensado, de certa forma, pelo design de produção, com personagens variados que bebem tanto de suas versões do Universo Cinematográfico Marvel e dos quadrinhos, além de cenários competentes que contribuem para as sequências de ação pela interatividade que eles proporcionam.

LEGO Vingadores Marvel: Código Vermelho (para que o Marvel no título; alguém vai achar que são Os Vingadores daquela famosa série sessentista britânica?) é uma bobagemzinha simpática que não mudará a vida de ninguém, mas que oferece alguns poucos minutos de diversão muito colorida e muito dinâmica para quem quiser ver seus heróis favoritos em formato LEGO mais uma vez. Sim, é uma gigantesca peça publicitária dos brinquedos e sim, o curta é muito eficiente nesse seu objetivo primário, mas que filme e animação de super-herói mainstream não é exatamente a mesma coisa, não é mesmo?

LEGO Vingadores Marvel: Código Vermelho (LEGO Marvel Avengers: Code Red – EUA, 27 de outubro de 2023)
Direção: Ken Cunningham
Roteiro: Eugene Son (baseado em história de Eugene Son e Harrison Wilcox)
Elenco: Laura Bailey, Haley Joel Osment Haley, Will Friedle, James Mathis III, Liam O’Brien, Laura Post, Steve Blum, Trevor Devall , Bumper Robinson, Roger Craig Smith, Fred Tatasciore, Travis Willingham, Mick Wingert
Duração: 46 min.

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