- Há SPOILERS! Leia aqui as críticas dos outros episódios.
Quando eu vi o título desse episódio, imaginei que depois de todo esse tempo veríamos Jonah Hex mais uma vez na série. Pois é, eu estava enganado, o que é uma pena, porque a relação das Lendas com o personagem era muito boa e tê-lo em cena em um episódio, durante as primeiras três temporadas, foi igualmente muito bom. Mesmo ele tendo sido citado ou aparecido em pôster nas temporadas anteriores, infelizmente não o vimos mais em pessoa, e nesta perfeita oportunidade… a decepção bateu. Mas isso não impediu de termos aqui um baita episódio divertido diante de nós, com um tratamento bem pensado para os problemas que o grupo está passando nesse momento, deixando algumas coisas claras ao mesmo tempo que abre a oportunidade para ir atrás de respostas.
Eu fiquei imensamente feliz que os roteiristas colocaram Sara contando para Ava sobre sua “atual condição” logo nos primeiros minutos. E isso é bom em duas esferas distintas. A primeira, em termos de andamento narrativo, porque seria algo estranho demais para seguir carregando, um tipo de informação que quanto mais se segurava para todo mundo, mais problemas poderia causar. E depois de Ava, abriu-se a porta para contar para o restante da equipe o que está acontecendo, embora isso ainda fique um mistério, pois eles só sabem que ela pode se regenerar. Aí sim é interessante, porque os textos dos episódios seguintes podem trabalhar com essa meia-informação e ir adicionando novas revelações, deixando todo mundo espantado. Mas o mais importante já foi feito: Ava sabe. E isso basta. A segunda esfera em que isso é bom está ligada à relação entre as personagens. Elas acabaram de noivar. Não dava pra Sara manter essa situação em segredo, não é mesmo?
A presente parada no Velho Oeste também serviu para, indiretamente, avançar com o drama de Constantine e encaminhar parte da equipe para diferentes estágios de seu desenvolvimento. No caso do mago, não temos nenhuma surpresa, certo? Aleister Crowley já tinha falado sobre essa relação de algo alien ligado à magia e não espanta nada que ele volte à tona agora, com Constantine em busca da tal fonte para recuperar seus poderes. Mick parece que está de volta ao seu elemento, e nesse ponto, com uma pontada de culpa (ao menos foi assim que eu interpretei) por ter deixado uma ‘parceira’ naquele planeta. Será que rola um novo resgate? Mas o pior encaminhamento aqui foi o de Nate, que com os dois totens, poderá se encontrar com Zari. Eu não consigo entender isso de jeito nenhum. A mulher estava lá, de boas. Já tinha tido um final ruim para uma personagem tão legal. Daí a trazem de volta e ainda permitem essas visitas de Nate? Mas gente! Se eles não estão preparando algo para a saída de Zari de lá — o que também é algo problemático, mas falaremos disso em oportunidades futuras — então é só uma bobagem desnecessária que está estragando pedaços dos episódios em que aparece.
Stressed Western é um daqueles inteligentes capítulos de Legends of Tomorrow que conseguem uma boa história, mesmo sendo isolada e essencialmente simples, como ponte de ajuste para arcos narrativos em aberto. Agora, a pergunta que não quer calar aqui é: o que John Diggle (David Ramsey, que, aliás, é o diretor do episódio) está fazendo aqui? Alguém entendeu o que ele quis dizer para a Sara, quando foi reconhecido? Vai rolar uma integração dela com LoT, a partir de agora? Ou é só uma “coincidência” facial mesmo, e nada mais?
Legends of Tomorrow – 6X08: Stressed Western (EUA, 27 de junho de 2021)
Direção: David Ramsey
Roteiro: Matthew Maala
Elenco: Caity Lotz, Tala Ashe, Jes Macallan, Olivia Swann, Adam Tsekhman, Shayan Sobhian, Lisseth Chavez, Amy Louise Pemberton, Nick Zano, Dominic Purcell, Matt Ryan, David Ramsey, Nic Bishop, Duane Keogh, AnnaLynne McCord, Toby Hargrave, Tee Seefkow, Mike Wasko, Joel Wirkkunen
Duração: 42 min.