Número de temporadas: 09
Número de episódios: 210
Período de exibição: 13 de setembro de 1996 até 16 de maio de 2005
Há continuação ou reboot?: A série ganhou oitos remakes em outros países, além de ter tido vários crossovers com The King of Queens, indicando que fazem parte do mesmo universo.
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Famílias são uma bagunça divertida, dramática e cheia de maluquices, não é mesmo? É pensando nisso que somos apresentados ao caótico lar dos Barone, com o piloto da série abrindo durante a chegada do patriarca Raymond Barone (Ray Romano) em sua casa, no meio da anarquia doméstica que é criar três filhos pequenos. Sua esposa Debra Barone (Patricia Heaton) está de desdobrando quando o marido chega do trabalho, com ambos fazendo tarefas no automático antes de irem dormir. É um início particularmente ordinário e facilmente identificável para qualquer um que tenha vivido neste tipo de ambiente familiar, no estilo simpático e trivial que a sitcom Everybody Loves Raymond gosta de fazer humor.
Apesar de lidar com uma família ítalo-americana, o primeiro episódio da série não faz muito esforço para trazer qualquer traço de personalidade que fuja do esperado e do óbvio para uma produção de comédia sobre uma típica família estadunidense. De maneira geral, o piloto é extremamente prosaico, lidando com situações cotidianas na vida da família Barone, envolvendo a dificuldade de criar três filhos, algumas discussões matrimoniais (tudo em tom gentil) e a intrusão dos pais de Raymond, que chegam na casa sem avisar, são críticos, enxeridos e comicamente esquisitos.
Brad Garrett é de longe o intérprete que mais foge da caricatura, criando um personagem que mistura deadpan com piadas de insulto muito boas já no piloto. Os pais de Ray são excêntricos na medida certa, trazendo momentos divertidinhos em torno do humor central do episódio sobre a falta de privacidade do casal protagonista. Infelizmente, porém, Ray e Debra são os personagens mais sem graças do episódio de abertura, com o protagonista sendo um pouco sarcástico, mas sem muita personalidade, enquanto a sua esposa passa a impressão do arquétipo da mulher meio neurótica e meio chata que só fica em casa.
No fim, estamos diante de uma sitcom extremamente tradicional e que não foge do óbvio. Existe carisma o bastante para nada ser exatamente ruim, mas não há nada de muito peculiar no piloto para se dar um destaque. É o humor padrão de sitcoms sobre dinâmicas familiares, que ganha pontos por abraçar o lado prosaico e caótico que é ter filhos e parentes. Sem trocadilhos, mas o início de Everybody Loves Raymond é muito familiar. Talvez seja por isso que a série teve sucesso por tanto tempo e tá tudo bem.
Everybody Loves Raymond – 1X01: Pilot (EUA, 13 de setembro de 1996)
Criação: Philip Rosenthal
Direção: Michael Lembeck
Roteiro: Philip Rosenthal
Elenco: Ray Romano, Patricia Heaton, Brad Garrett, Madylin Sweeten, Doris Roberts, Peter Boyle
Duração: 25 min.
