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Crítica | Codename: Sailor V

por Melissa Andrade
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Muitos fãs que acompanharam Sailor Moon desconheciam da existência deste mangá que serve como uma espécie de prólogo da série. Até então a Sailor Vênus era a única sailor responsável por proteger a Terra de invasores que pretendiam escravizar os humanos para que assim conseguissem dominar o Japão.

SPOILERS à frente!! Siga por sua conta e risco!!

Minako Aino é uma típica adolescente que sonha em ser famosa e encontrar logo um namorado. Na verdade, tudo o que Mina pensa é em arranjar um namorado. Sua vida escolar é bem tranquila até que ela cruza com um gato branco no meio do seu treino de vôlei. O gato, Ártemis, a segue até em casa e vai logo dizendo (para o espanto da Mina) que ela é uma guerreira e precisa proteger a Terra de ameaças. Ela não dá a mínima, mas ele continua seguindo-a até a escola tentando convencê-la de tudo o que diz. Acontece que Mina só tem olhos, cabeça e atenção para um sempai que estuda em sua escola. Munida de uma carta de amor e pronta para entregá-la, ela o encontra no pátio da escola onde percebe que seu número habitual de seguidores cresceu consideravelmente. Ártemis, que está sempre por perto pressente uma vibração estranha e vai até o encontro de Mina, dizendo que o inimigo está perto e que ela precisa agir. Não querendo aceitar, ele lhe entrega uma caneta onde ela recebe instruções de uma pessoa que se autodenomina Chefe. Ele diz que não há tempo para explicações e que ela precisa se transformar usando as palavras “Moon Power: Transform”. É então que Mina torna-se a Guerreira da Justiça Sailor V, lidando de frente com o inimigo, Ártemis a instrui a usar um golpe e o ser que antes se fazia passar pelo seu sempai é desintegrado. Bastante assustada, Mina tem dificuldades em aceitar sua nova missão, mas Ártemis lhe consola dizendo que ela vai se acostumar.

Sailor V após a transformação

Aos poucos somos introduzidos a esse novo universo que é bem similar a Sailor Moon e talvez até incomode algumas pessoas, mas, não podemos esquecer que ele é anterior a trama principal.

Mina é bastante divertida, engraçada e muito desatenta. Os invasores, a Dark Agency cria os vilões mais bizarros e engraçados possíveis, mas que acabam tendo algo a ver com o mundo teen japonês, como os idols que são representações de modelos, cantores, atrizes, tudo o que deixa Minako fascinada. Quando os idols se esgotam é a vez dos membros de gangue, guias turísticos, karaokê e até gatos, ajudando a elevar a comédia. No segundo volume do mangá (a edição antiga eram três) Mina é confrontada por inimigos mais poderosos e também por um misterioso aliado, o Phantom Ace. Óbvio que ela se apaixona por ele, mas as atitudes de Ace acabam deixando-a bastante intrigada. Quando finalmente derrota o principal vilão, ela então desperta para sua verdadeira identidade, Sailor Vênus e descobre que o verdadeiro inimigo, o Dark Kingdom (lar da Rainha Beryl e todos os demais vilões que irão aparecer em SM) está se aproximando e ela precisa encontrar suas companheiras, mesmo que já tenha cruzado com elas na rua algumas vezes.

Quando Minako finalmente desperta e recobra a memória

Mesmo que muitas situações nesse mangá, tais como poderes, golpes, transformações e até alguns personagens sejam bem parecidos com a saga principal, não dá para ignorar a imensa importância que a personagem possui e em como é um excelente mangá. É uma pena que essa história tenha passada despercebida por muitos, mas é algo que ao mesmo tempo faz sentido, pois o último capítulo, as últimas páginas, são dotadas de uma emoção ímpar, que talvez somente aqueles que leram o mangá de Sailor Moon ou mesmo que viram o anime conseguirão sentir.

Por hora é torcer para que esse título também chegue nas mãos dos fãs brasileiros que já estão desfrutando do mangá de Sailor Moon. Para quem não quiser esperar, existe a versão americana lançada pela Kodansha.

Codename: Sailor V (02 Volumes)
Roteiro: 
Naoko Takeuchi
Arte: Naoko Takeuchi
Lançamento Oficial: Japão 1993/1997 (em três volumes)
Lançamento nos EUA: 2011
Editora: Kodansha
Capítulos: 1-16

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