Home QuadrinhosArco Crítica | Astonishing Tales #12 e 13: O Terror Ataca Nos Pântanos e Homem-Coisa

Crítica | Astonishing Tales #12 e 13: O Terror Ataca Nos Pântanos e Homem-Coisa

por Luiz Santiago
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De certa forma, os acontecimentos dessas duas edições da revista Astonishing Tales são uma continuação da saga do Homem-Coisa mostrada em sua origem, na Savage Tales #1. Tudo parece convergir para a fórmula que Ted estava desenvolvendo, mas agora temos informações de que a SHIELD estava vistoriando o projeto e que a IMA (Ideias Mecânicas Avançadas) estava por trás dos terroristas/sabotadores/espiões infiltrados na organização para colocar as mãos no soro. O problema dessas edições é que há muita repetição da então nova jornada do HoCo (hehehehe — melhor chamar de “HC”, não é mesmo?), remostrando a origem e as primeiras andanças do personagem. Em suma, a trama quase não avança.

A linha principal, porém, nem é do HC. Temos aqui Barbara Morse encarregada de realizar a investigação para encontrar Ted Sellis, e tudo entra por um turbilhão de acontecimentos onde cabe Ka-Zar, seu Dente-de-Sabre Kabu, o traidor Paul Allen e um flashback com a Doutora Wilma Calvin, a única, ao menos até esse momento, que poderia ajudar o Homem-Coisa. Claro que ainda não sabemos o que ela poderia fazer — reverter a situação é que não –, mas o Ted que ainda existe no HC pensa que a Dra.

Calvin é a chave. Todavia, os tormentos do personagem precisam ser mantidos e nada dá certo para ele, como era de se esperar. Aqui, o roteiro de Roy Thomas e Len Wein (que estava preparando a primeira edição solo do Monstro do Pântano na mesma época!!!) mostra a dificuldade de viver sem poder falar quem é e sem entender completamente o alcance de suas habilidades ou “maldições”.

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Sai pra lá, bicho feio!

Como não há entendimento ou estabelecimento de um novo drama para o Homem-Coisa, o leitor é colocado apenas em uma trilha de maquinações envolvendo o governo e nada mais. Novamente temos um roteiro simples, com momentos e conceitos bons escondidos, esperando a oportunidade de desabrochar, mas não é aqui que isto acontece.

Com uma boa arte e boa captura visual daquelas tramas com “teorias da conspiração”, mitos caipiras e criaturas à la Frankenstein, essas duas revistas mostram de maneira interessante o que o Homem Coisa pode fazer — a questão do toque dele ser “ácido” para quem tem medo é muito legal — e o plano muito maior no qual ele está envolvido. Não demoraria muito tempo para a Marvel dar mais destaque ao personagem, embora não em uma revista solo. No final de 1972, ele começaria a aparecer com destaque na revista Adventure Into Fear, a partir da edição #10. Era o começo de uma longa jornada para o Pantanoso da Marvel.

Astonishing Tales #12 – 13 (Terror Stalks the Everglades! / Man-Thing!) — EUA, junho e agosto de 1972
No Brasil: Kazar #2 (Editora Paladino, 1972)
Roteiro: Roy Thomas, Len Wein
Arte: John Buscema, Neal Adams, John Romita, Rich Buckler
Arte-final: Dan Adkins
Letras: Jon Costa, Sam Rosen, John Costanza
Capas: John Buscema, Joe Sinnott, Jon Costa, Rich Buckler, Sam Rosen
Editoria: Stan Lee
45 páginas

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