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Crítica | Assassinos do Espaço

Assassinos da Sétima Arte.

por Ritter Fan
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Também batizado por aqui como U.F.O. Invasão Alien, Assassinos do Espaço é um filme que, quando não está servindo como um repositório de maneirismos diretoriais histéricos de Dominic Burns, um fulano cuja carreira é repleta de absolutamente nada que seja minimamente relevante, é um festival de péssimas atuações por um elenco patético, com diálogos constrangedores de tão ruins (cortesia do mesmo Burns), personagens que são agressivamente apáticos, desinteressantes e mal construídos, além de computação gráfica de TK-85. É como assistir a um filme de um aluno particularmente pouco talentoso de primeiro ano de uma faculdade de cinema vagabunda que nunca formou ninguém que realmente ingressou na profissão.

Em outras palavras, é um show de horrores que só pode ser algum tipo de esquema de lavagem de dinheiro ou de aproveitamento de incentivos fiscais, o que, em muitos casos, é a mesma coisa. E, só para ser justo, apesar de o filme ter Jean-Claude Van Damme no elenco, não se trata de um filme do ator belga, mas sim apenas com ele em uma ponta patética, desnecessária e mal aproveitada de 10 minutos quando faltam 25 para esse negócio acabar, com direito a alguns inexplicáveis e verdadeiramente idiotas flashes ao longo da projeção que provavelmente tinham como objetivo lembrar o espectador, desde cedo, que o Muscles from Brussels tecnicamente fazia parte do elenco (eu até chego a desconfiar que ele sequer contracenou com os demais atores e teve suas cenas costuradas no longa posteriormente). Portanto, a não ser que você seja um fã doente de Van Damme, ignorem a existência desse filme, ainda que ele seja um veículo para o estrelato (HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA) de sua filha, originalmente Bianca Brigitte Van Damme, mas que assina como Bianca Bree.

A história? Bem, é uma invasão alienígena, obviamente, mas pelo ponto de vista de cinco amigos (ou melhor, quatro amigos e uma mulher que um deles conhece na noite anterior) que formam dois casais e uma “vela” que, claro, deseja a noiva de um deles, noiva essa que foi a personagem escolhida para ser a mulher-objeto que o diretor usa para atrair adolescentes babões para o longa, já que ela ou está transando, ou falando em transa ou tem seu enorme decote sempre em destaque, com direito, claro à uma minissaia. Afinal, Dominic Burns, além de péssimo diretor e roteirista, pelo visto é também um daqueles machos frágeis que acham que precisam recorrer a essas imbecilidades em seus filmes…

Mas chega de falar sobre Asssassinos do Espaço. Não tenho mais nada a dizer sobre essa atrocidade cinematográfica que nunca deveria ter existido. Assistir esse filme foi um processo torturante e, escrever sobre ele, o que necessariamente me faz reviver o lixo todo, só piora a coisa toda. Portanto, fica aí não exatamente minha crítica, pois sequer consigo concatenar meu raciocínio para construir uma minimamente decente, mas sim um aviso tipo os que o Ministério da Saúde coloca em cigarros. Ou seja, se você quiser ir em frente, minhas mãos estão devidamente lavadas. Boa sorte. Não, boa sorte não, pois, se depois de ler isso aqui você ainda insistir em ver o filme, o que você precisa é de um quarto acolchoado, camisa de força e alguns remedinhos de tarja preta…

Assassinos do Espaço ou U.F.O. Invasão Alien (U.F.O. ou Alien Uprising – Reino Unido, 2012)
Completamente sem direção: Dominic Burns
Roteiro, que roteiro?: Dominic Burns
Elenco de indigentes que deveriam ter vergonha do que fizeram: Bianca Bree (Bianca Brigitte Van Damme), Sean Brosnan, Jean-Claude van Damme, Simon Phillips, Maya Grant, Jazz Lintott, Andrew Shim, Peter Barrett, Julian Glover, Sean Pertwee, Joey Ansah, Dominic Burns, Andy Fenn, Jason Bee
Duração da tortura: 101 min.

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