Equipe: 1º Doutor, Susan, Ian, Barbara
Espaço: Nave Espacial
Tempo: Futuro
O Doutor, Ian e Barbara se materializam em uma nave espacial cheia de portas fechadas e aparentemente sem tripulação. Uma busca inicial, após o reconhecimento do espaço, revela um corpo morto e Ian, sempre desconfiado, propõe maior cautela ou recuo para a TARDIS. O Doutor e seus companheiros seguem explorando e encontram uma equipe que os faz prisioneiros. Assim começa este absurdamente gigantesco arco, abrindo a 3ª Temporada das Early Adventures.
Considerando apenas a primeira impressão, é impossível crer que uma dinâmica tão interessante entre os “clones” da nave e os viajantes no tempo se tornaria uma história longa à beira da insanidade, sem motivo algum para isso. Notem que 130 minutos não é o recorde de um arco da Big Finish, mas nas vezes em que tivemos histórias maiores, havia um justificativa narrativa para isso. Aqui, tudo se resolveria tranquilamente em no máximo 90 minutos. O que ocorre depois disso — após um início e primeira parte de desenvolvimento muito bons –, é uma enrolação interminável entre a revolta dos “clones” e aqueles que os escravizavam.
Algo curioso aqui é o fato de o Doutor ficar muito esgotado após ter sua energia drenada do corpo, o que talvez tenha dado um início sem volta para uma mesma drenagem, que aconteceria de forma bem mais intensa, em The Tenth Planet. Ainda é possível gostar da mensagem de relatividade moral quando se trata de guerra (difícil confiar em um dos lados) e os dilemas morais sobre os tipos de vida que valem ou não valem a pena. No entanto, tudo acaba caindo sob o mesmo julgamento: poderia muito bem ser trabalhado em menos tempo, de modo que pelo menos 40 minutos da aventura é filler puro. Não dá pra perdoar uma coisa assim.
The Age of Endurance (Reino Unido, setembro de 2016)
Direção: Ken Bentley
Roteiro: Nick Wallace
Elenco: Carole Ann Ford, William Russell, Jemma Powell, Rachel Atkins, John Voce, Gethin Anthony, Andy Secombe, Tom Bell
Duração: 130 min.