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Crítica | Agents of S.H.I.E.L.D. 2X03: Making Friends and Influencing People

por Ritter Fan
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estrelas 3,5

Aviso: Há SPOILERS na crítica.

Quando escrevi sobre o episódio anterior, Heavy is the Head, mencionei que as questões envolvendo a perda de memória de Fitz já estavam ficando velhas. Como não poderia deixar de ser, a Marvel leu meus comentários e mexeu no terceiro episódio, já caminhando para uma solução satisfatória (convencido, eu?).

Mas, brincadeiras a parte, Fitz começa a realmente se tornar mais útil dentro da estrutura, sem que, porém, o roteiro traia o final da 1ª temporada, com uma solução “mágica” para o problema que lhe acometeu depois de seu sacrifício para salvar Simmons. Ao contrário, aliás, pois Fitz finalmente enfrenta seu demônio, o ex-agente Ward, em uma sequência particularmente angustiante e muito interessante, que mostra que o rapaz não está para brincadeiras e se ressente tremendamente de ser menos gênio que ele sempre foi.

E, do outro lado, mostrando que esse episódio é mesmo sobre a relação  Fitz-Simmons, descobrimos finalmente por onde anda Simmons e a notícia não é boa: ela trabalha como cientista da Hydra! Mas claro que a simpática inglesa está lá como agente duplo, infiltrada por Coulson. E ela não dá uma de bobinha. Apesar de sua insegurança, ela é colocada a teste por Mr. Bakshi, o braço direito do Dr. Whitehall, que também aparece de vez na série, provavelmente como o grande vilão da temporada. Whitehall está nada mais nada menos do que convertendo a Agente 33 (ainda sem nome na série, mas, nos quadrinhos, seria Kara Lynn Palamas) para o lado da Hydra, utilizando-se da técnica de lavagem cerebral que ele chama de Método Faustus em mais uma referência ao legado dos quadrinhos (vide abaixo na lista). 

E o teste de Simmons a coloca em campo, tanto contra seus colegas da S.H.I.E.L.D. como às voltas com o jovem Donnie Gill que, na 1ª temporada, no episódio Seeds, adquiriu o poder de congelar tudo que toca (o Nevasca dos quadrinhos). Ela não só ganha a confiança total de Mr. Bakshi, infiltrando-se mais ainda nos escalões da Hydra, como a ação no navio Maribel del Mar mostra também o quanto Skye cresceu sob a batuta de Ming-Na Wen.

O episódio todo tem um roteiro bem circular, que presa mais as relações intrincadas entre as facções do que necessariamente na ação, ainda que também nesse último quesito, na já mencionada sequência do navio, ela seja suficientemente eficiente. Os efeitos especiais do poder congelante de Gill também ganharam corpo e, do seu jeito “possível”, considerando-se que a série é de uma televisão aberta e voltada para jovens e crianças, tem um bom grau de violência, especialmente quando vemos Gill pela primeira vez em Marrocos.

Agents of S.H.I.E.L.D. continua com uma pegada mais sombria e, sobretudo, mais bem concatenada e conduzida pelos showrunners, sem episódios – até agora, claro – desperdiçados. Parece que, dessa vez, há um plano por trás de toda a ação e a estrutura de “vilão da semana” não está presente. Não quer dizer que essa estrutura não será utilizada, pois ainda estou temeroso com o mero fato da série ter o número de episódios que tem, mas, pelo menos até aqui – e sei bem que estamos apenas no começo – a temporada caminha a passos largos no caminho certo.

A partir daqui, listo as referências ao Universo Marvel em quadrinhos desse episódio:

1. Lance Hunter – Diretor da S.T.R.I.K.E., agência correspondente à S.H.I.E.L.D. na Inglaterra. Na série, é um ex-SAS e ex-mercenário que se junta ao time de Coulson.
2. Dr. Whitehall – Nos quadrinhos, Daniel Whitehall é um lendário agente da Hydra conhecido pelo codinome Kraken. Finalmente aparece na série de forma mais completa.
3. Pai de Skye – Aparentemente Kyle McLachlan. Mencionado pelo ex-agente Ward. Ainda envolto em mistério.
4. Agente 33 – Nos quadrinhos, a Agente 33 é Kara Lynn Palamas, agente da S.H.I.E.L.D. com grande participação na publicação Hércules da década de 90. Na série, sua identidade ainda não está clara ainda que ela seja uma agente da S.H.I.E.L.D.
5. Método Faustus – Mencionado brevemente pelo Dr. Whitehall como sendo o método que ele utiliza para fazer lavagem cerebral. Clara referência a Johann Fennhoff, austríaco criado para os quadrinhos do Capitão América em 1968 e que adotou o codinome Doutor Faustus (por sua vez, referência à peça de Christopher Marlowe). É um psicólogo que usa hipnotismo e controle da mente para dominar seus inimigos. Será que a versão original dele aparecerá em Agent Carter?
6. Nevasca – Donnie Gill tem o poder de congelar tudo que toca (criado em 1963 como Jack Frost, adotando o nome Nevasca – Blizzard – em 1976, na revista do Homem de Ferro). Já havia aparecido no episódio Seeds da 1ª temporada de Agents of  S.H.I.E.L.D. O nome Nevasca/Blizzard, porém, é o nome do projeto da Hydra que envolve Gill, não exatamente sua persona vilanesca.
7. “PUNY” – Por várias vezes, a palavra “puny” ou “fracote” é mencionada, em referência à famosa frase de Hulk nos quadrinhos, também usada pelo Gigante Esmeralda no filme Os Vingadores.

Agents of S.H.I.E.L.D. – 2X03: Making Friends and Influencing People (EUA, 2014)
Showrunner: Joss Whedon, Jed Whedon
Direção: Bobby Roth
Roteiro: Monica Owusu-Breen
Elenco: Clark Gregg, Chloe Bennet, Ming-Na Wein, J. August Richards, Iain De Caestecker, Elizabeth Henstridge, Brett Dalton, B.J. Britt, Nick Blood, Adrian Pasdar, Hayley Atwell, Kenneth Choi, Neal McDonough, Henry Simmons, Brian Patrick Wade, Henry Simmons, Dylan Minnette
Duração: 42 min.

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