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Crítica | Homem-Formiga: Prelúdio do Filme

por Ritter Fan
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estrelas 2,5

Como já se tornou costumeiro, a Marvel Comics lançou um prelúdio em quadrinhos de seu filme Homem-Formiga, para obviamente capitalizar no hype de seu segundo lançamento de 2015. Trata-se de leitura inofensiva (e desnecessária), completamente sem spoilers e que deixa evidente como o herói se encaixa no Universo Cinematográfico Marvel.

No filme, o foco é em Scott Lang que, nos quadrinhos, é a segunda encarnação do Homem-Formiga. Essa decisão deixou muitos fãs enfurecidos, pois tiraria Hank Pym, clássico personagem Marvel, co-fundador dos Vingadores e criador de Ultron, do foco dos holofotes. No entanto, Pym é parte integrante do novo filme, vivido por Michael Douglas e, portanto, o prelúdio tem como objetivo trabalhá-lo, voltando “alguns anos” no passado, para a Guerra Fria, em algum momento após a construção do Muro de Berlim. Vemos Pym jovem trabalhando como cientista na S.H.I.E.L.D. comandada por Howard Stark e Peggy Carter. Pela caracterização, com Peggy mais velha e Stark na versão John Slattery (de Homem de Ferro 2), diria que a narrativa se passa em algum ano da década de 70.

homem formiga preludio capas

As capas do prelúdio, com imagens do filme.

E a história não poderia ser mais simples: Stark deseja usar as “partículas Pym” (a tecnologia que permite o encolhimento desenvolvida por Hank, claro) para infiltrar uma equipe da S.H.I.E.L.D. em Berlim Oriental para reaver tecnologia da HYDRA que parece estar sendo usada por outro grupo. Pym se recusa a deixar que mais alguém use suas partículas e, sob a proteção de Peggy, ele mesmo se encarrega da missão.

Não há muito que falar sobre a missão em si, pois ela é simples e objetiva, sem maiores percalços. Funciona para mostrar àqueles que pouco ou nada sabem do Homem-Formiga o que ele pode fazer: reduzir seu tamanho, conversar com formigas e usar seu tamanho diminuto, mas força proporcional à de um humano em tamanho normal, para derrotar os agentes inimigos. O único detalhe interessante é que parece que a tecnologia utilizada pela HYDRA é de condicionamento mental muito semelhante à usada para fazer a lavagem cerebral em Bucky Barnes em Capitão América 2: O Soldado Invernal, o que amarra a história mais ainda ao tecido do Universo Cinematográfico Marvel. Além disso, a história permite um gancho para outras aventuras de Pym ao longo dos anos, efetivamente transformando-o no primeiro Homem-Formiga e Scott Lang, claro, no segundo, em quase perfeita sintonia com a mitologia dos quadrinhos.

A arte de Miguel Sepulveda é bonita, mas burocrática, funcionando bem em painéis maiores como demonstração dos poderes do Homem-Formiga. Assim como o roteiro de Will Corona Pilgrim, não há nada especial ali, ainda que agrade aos olhos.

O prelúdio do filme Homem-Formiga é leitura descompromissada para poucos minutos e por quem quiser conhecer um pouco mais sobre a versão original do herói dentro da série de filmes da Marvel. Mas, para quem se interessar de verdade pelo personagem, o melhor mesmo é mergulhar em Ant-Man: Season One ou em Avengers Origins: Ant Man & The Wasp.

Homem-Formiga: Prelúdio (Ant-Man: Prelude, EUA – 2015)
Roteiro: Will Corona Pilgrim
Arte: Miguel Sepulveda
Arte-final: Bit
Cores: Jay David Ramos, David Curiel
Letras: VC’s Clayton Cowles
Editora (nos EUA): Marvel Comics
Editora (no Brasil): não lançado no Brasil na data de publicação da presente crítica
Páginas: 40 (20 cada edição)

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