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Crítica | Mulher-Gato: Cidade Eterna

por Erik Blaz
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É a história da minha vida. Nunca se trata de quem ganha. É sempre sobre quem perde menos.
Selina Kyle

Para aqueles que conhecem Tim Sale e Jeph Loeb, já sabem que esta é uma daquelas duplas dinâmicas que arrebentam nos quadrinhos, mais precisamente nos do morcegão. Após o sucesso que Batman: Vitória Sombria havia feito, a dupla sentiu a necessidade de criar mais um conto, agora focando na sensual Mulher-Gato.

Todo o enredo se passa basicamente entre O Longo Dia das Bruxas e Vitória Sombria, narrando a misteriosa viagem de Selina Kyle para a Europa, no coração da Itália. Se tratando de quem conhecemos, dá para ter noção de que não será somente uma viagem de diversão e lazer. A vilã e amante de Batman busca, com ajuda de Edward Nigma (O Charada), pistas de sua verdadeira origem e com isso, entrando em confronto com a perigosa Máfia Italiana.

A narração ao longo da história é um dos pontos fortes da obra, feita em primeira pessoa, ela tem toques de humor e uma naturalidade feminina que põe até em duvida sobre quem esta escrevendo os textos. As expressões e personagens ao longo da trama são muito bem caracterizados pelo desenhista, as feições e a passagem de emoção, feitas por Tim Sale assim como seu característico Batman, reaparecem bem nesta história. Mas não se engane caro leitor, se acha que o Homem-Morcego é um dos personagens principais! Sua presença simbólica e marcante na vida da protagonista é o que fica registrado aqui, tal como sua imagem é utilizada por meio do vilão escondido na trama.

Com referências de Batman: Ano Um, mostrando o pouco que sabíamos sobre a felina, somos apresentados a uma imagem mais humana (ainda se possível) da Mulher-Gato, que com o apoio do vilão Charada, deixa a HQ mais divertida. Mas também há romance em cena, com o ótimo personagem criado para esta minissérie, Christopher Castillo, o melhor assassino da Itália.

É certo que aqui, não desvendarei o final da obra desta dupla dinâmica, tão pouco resumir todas as revelações que ocorrem nela, aliás, nem todas são tão surpreendentes quanto se imagina, mas além dos pontos fortes de criação de personagem e o trabalho em cima deles, com certeza, Mark Chiarello, (o Diretor de Arte da DC Comics) ajudou muito com suas dicas em cima da obra.

A colorização de Dave Stewart (ganhador de inúmeros prêmios Eisner por “melhor colorista”) da vida a arte de Sale, e a cultura ítalo-americana, juntamente com o romance e humor na minissérie fazem esta ser mais uma história que vale a pena ser lida pelos fãs de Bat… Digo, da Mulher-Gato!

Mulher-Gato: Cidade Eterna (Catwoman: When in Rome) – EUA, 2004
Minissérie em 6 edições + Epílogo
Lançamento no Brasil: Panini Books (encadernado de luxo)
Roteiro: Jeph Loeb
Arte: Tim Sale
Cores: Dave Stewart
Páginas: 160

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