Home TVEpisódio Crítica | Penny Dreadful – 1X08: Grand Guignol

Crítica | Penny Dreadful – 1X08: Grand Guignol

por Filipe Monteiro
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Nota do Episódio

Nota da Temporada

  • Acompanhe por aqui, as críticas dos demais episódios da série.

Algumas previsões sobre Penny Dreadful poderiam ser feitas desde o seu lançamento. Ao fim do primeiro episódio, a série já exibia sinais de que teria uma produção de alta qualidade. Uma vez assinada por John Logan, produzida por Sam Mendes e estrelada por Eva Green, não poderiamos esperar menos do que uma temporada intrigante e bem conduzida.

Traçar seu caminho a passos curtos dentro de um terreno bastante arriscado, foi o que Penny Dreadful veio fazendo até agora. Por mais preocupante e desafiadora que tenha sido a tarefa de tentar seguir a lógica proposta dentro da sequência, tudo fica mais claro desafiador após assistir ao último episódio da primeira temporada.

No roteiro de Grand Guignol notamos bastante cuidado para dar a seus personagens uma passagem justa à temporada seguinte. Dessa maneira, todos os núcleos ganham uma síntese, sem que isso anule a presença dos cliffhangers, que são muitos, por sinal.

Não é segredo que a Brona Croft não restava muitas opções para curar sua doença. Como já haviamos previsto, o destino da jovem é entregue às mãos de Dr. Frankenstein, o que significa que o desejo de Caliban em ganhar uma companheira será concretizado na temporada seguinte. Quando é expulso do teatro, a criatura não tem saída senão estreitar as relações com o seu criador.

É no teatro também que Sir Murray finalmente Mina. Na sua última expedição, que também contou com Victor Frankenstein desta vez, Malcom percebe a única maneira de salvar sua filha e toma a decisão final de sacrificá-la. Neste momento, ele deixa claro a relação paternal que propõe a Vanessa, que funciona como uma redenção por todos os momentos em que extraiu, dela, o lado sobrenatural como ponte para acessar o paradeiro de Mina.

Se há um eixo que poderia ser melhor desenvolvido é o de Dorian Gray. Ao longo de toda a primeira temporada, Reeve Cartney em nada impressionou, tampouco apresentou evoluções ao seu papel. Não é diferente no último episódio. O rapaz leva seu primeiro pé na bunda e pronto. Fim de história. O problema é a pergunta insiste em aparecer após o destaque dado a Dorian durante os oito episódios da temporada: será mesmo que a série precisava de um Dorian Gray?

Como é sempre melhor guardar o ouro para o final, vamos aos mais importantes cliffhangers do episódio, aqueles que vão levar o público a dar início à contagem regressiva para a segunda temporada. As pistas que acessamos em Demimonde enfim se confirmam. Ethan Chandler é de fato responsável por todas as mortes que vinham estampando os folhetins londrinos. Em noites de lua cheia, o americano perde o controle e assume a forma bestial de lobisomem.

Se a curiosidade aguça quando a identidade obscura de Chandler é revelada, imagine, então, quando chegamos ao fim do episódio e assistimos ao diálogo entre Vanessa Ives e um padre. Na busca por ajuda à sua causa, Vanessa se vê diante de um dilema ainda maior instaurado pelo padre. Se livrar da possessão demoníaca e levar uma vida normal, ou aprender a lidar com o problema e fugir da ordinariedade?

O desfecho à sucessão de acontecimentos que a série trouxe, mostra que Penny Dreadful conseguiu adquirir estabilidade durante esses três meses em que esteve no ar. Se a primeira temporada já foi bem sucedida, a quantidade de elementos a serem abordados posteriormente dá ao público a segurança de uma trama ainda melhor no ano que vem.

Penny Dreadful 1X08: Grand Guignol (EUA, 2014)
Showrunner: John Logan.
Direção: James Hawes
Roteiro: John Logan.
Elenco: Eva Green, Josh Hartnett, Timothy Dalton, Harry Treadway, Billie Piper, Reeve Cartney.
Duração: 60 min.

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