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Crítica | The Hilarious House of Frightenstein – 1X01: Pilot

Monstros, paródias e esquetes.

por Kevin Rick
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Bem-vindos ao Plano Piloto, coluna dedicada a abordar exclusivamente os pilotos de séries de TV.

Número de temporadas: 01
Número de episódios: 130
Período de exibição: 11 de setembro de 1971 até 24 de fevereiro de 1974
Há continuação ou reboot?: Não.

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Lançado nos anos 70, The Hilarious House of Frightenstein é uma produção infantil canadense que ninguém no Brasil deve conhecer, mas que teve um pequeno sucesso no Canadá e nos EUA, não tão diferente das diversas gerações brasileiras que cresceram assistindo Sítio do Picapau Amarelo, por exemplo. A série acompanha principalmente o Conde Frightenstein (Billy Van, que interpreta quase todos os personagens), o 13º filho do Drácula, que foi exilado quando falhou em ressuscitar Brucie, uma versão dessa obra do famoso Frankenstein. O personagem só vai poder retornar para a Transilvânia quando completar essa tarefa.

A premissa é efetivamente uma desculpa para termos um castelo cheio de monstros, já que o piloto não estabelece qualquer narrativa em torno dessa situação e pouco vemos Brucie no episódio de estreia. A abordagem da produção é de uma comédia de esquetes, passando por blocos com o personagem principal, mas também com diversas figuras coadjuvantes estranhas e “assustadoras”. Inclusive, a maioria das esquetes parecem não ter relação com a história principal, apesar de serem tematicamente similares: pequenas skits de diversas criaturas esquisitas, com um humor focado principalmente em paródias.

Confesso que o estilo de comédia aqui não me agrada, seja por ser algo extremamente pastelão, seja porque a maioria das piadas são mais estranhas do que engraçadas, mas dá para notar um senso de criatividade. Logo de cara, vejo um esforço em termos de efeitos práticos, em especial nos cenários que mesclam áreas modernas com locações típicas de filmes de terror. Além disso, no campo da paródia, temos algumas boas ideias, como um Lobisomem DJ que apresenta um programa de rádio sobre músicas de rock ou então uma bruxa que apresenta um programa de culinária com receitas nojentas, ambos parodiando diferentes celebridades da época. Particularmente, gostei mais dessas esquetes desgarradas do que necessariamente a linha principal com o Conde Frightenstein, que é de longe a pior parte do piloto.

Temos também paródias de talk-shows, séries de ciência e programas sobre animais. Novamente, o lado humorístico não tem nenhum destaque, até porque eu não sou o público-alvo, mas consigo imaginar os pequeninos se divertindo com os monstrinhos apresentando esses programas com as suas próprias peculiaridades, bordões e piadas sarcásticas. A título de exemplo, é como se tivéssemos a Cuca imitando a Ana Maria Braga. No mais, muitos desses núcleos têm um tom educacional, principalmente os que falam sobre ciência e animais, tornando The Hilarious House of Frightenstein em uma interessante série infantil. É o tipo de obra que eu nunca veria se não fosse pelo site e seus especiais, mas é possível traçar paralelos para as diversas produções infantis nacionais que tantos de nós crescemos rindo e aprendendo.

The Hilarious House of Frightenstein – 1X01: Pilot – EUA, 11 de setembro de 1971
Criação:
Ted Barris, Ross Perigoe
Direção: Riff Markowitz
Roteiro: Ted Barris, Ross Perigoe, Riff Markowitz
Elenco: Billy Van, Fishka Rais, Guy Big, Mitch Markowitz, Vincent Price, Julius Sumner Miller
Duração: 47 min.

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