Home TVEpisódio Crítica | The Walking Dead: Daryl Dixon – 2X04: Le Paradis Pour Toi

Crítica | The Walking Dead: Daryl Dixon – 2X04: Le Paradis Pour Toi

Enfim, o reencontro.

por Kevin Rick
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  • Há spoilers. Leiam, aqui, as críticas de todos os episódios da série e, aqui, de todo nosso material do universo The Walking Dead.

Le Paradis Pour Toi é um episódio que até certo me decepciona pela sua abordagem, ao mesmo tempo que essa mesma abordagem tem seus momentos de destaque. Explico: o final de L’Invisible me passou a impressão de que esse episódio focaria no ataque entre as duas facções de fanáticos religiosos, com destaque especial para os zumbis mutantes que vêm sendo desenvolvidos desde a temporada de estreia. No entanto, o antagonismo dos mortos-vivos é mais uma vez subsidiário dos dramas humanos, com grande atenção dada para o reencontro de Daryl e Carol, em um roteiro cheio de sentimentalismos e pouquíssimo horror.

Do abraço tocante entre os protagonistas, a despedida comovente de Isabelle, até um bloco inteiro de Daryl e Carol tendo uma DR em um local afastado onde alguns velhinhos moram, temos basicamente uma narrativa sobre o relacionamento desses personagens. Alguns desses momentos são melodramáticos e melosos, mas de maneira geral temos um trabalho dramaticamente eficiente, nostálgico e até cômico quando os protagonistas não se bicam, no que é um capítulo de homenagem a esses personagens e aos seus traumas, tanto passados – vários flashbacks de Sophia até aqui na temporada – quanto recentes, com os acontecimentos na França.

A questão é que o lado do horror continua sendo escanteado. O uso dos novos zumbis é simplesmente patético. Eles correm e são mais fortes, mas na prática oferecem pouco perigo no episódio, sendo facilmente mortos e evitáveis – a cena inicial da fuga de Carol é fácil ao ponto do ridículo, por exemplo -, algo que acredito ser culpa tanto da direção quanto da construção do roteiro em torno das perseguições. O shot de Carol e Daryl se reencontrando recebe mais atenção do qualquer composição de urgência em torno das criaturas, algo que acho indesculpável em uma produção de terror. Talvez esteja caindo na armadilha da expectativa, mas sei lá, os roteiristas vêm preparando essa trama dos zumbis mutantes há um bom tempo e não parece que seremos recompensados.

É possível ver algum tipo de esforço da produção, que continua ali no limiar do ruim com o medíocre, como a sequência de Carol dirigindo um quadriciclo com Codron acorrentado ou mais algumas tomadas longas de Daryl simplesmente destruindo tudo na sua frente, mas é tudo mais ação, em sua maioria genérica, apesar de divertidinha, do que terror, pontuado por mais momentos melodramáticos do que o necessário. Ademais, toda a história em volta do Ninho continua completamente descartável, passando por discussões superficiais sobre fanatismo e diferença de classes, até uma morte precoce – apesar de visceral – de Genet, que vinha se tornando uma vilã com uma leve presença de tela. Agora, teremos que aguentar o chato do Losang e seu culto ainda mais chato caçando o apático e desinteressante Laurent, enquanto caminhamos para um possível retorno de Daryl e Carol para os EUA. Se os episódios finais pelo menos focarem nos zumbis mutantes e continuarem o bom desenvolvimento dos arcos dos protagonistas, a temporada ainda pode terminar numa nota levemente positiva.

The Walking Dead: Daryl Dixon – O Livro de Carol – 2X04: Le Paradis Pour Toi (EUA, 21 de outubro de 2024)
Desenvolvimento: David Zabel
Direção: Michael Slovis
Roteiro: Jason Richman, David Zabel
Elenco: Norman Reedus, Clémence Poésy, Louis Puech Scigliuzzi, Laïka Blanc-Francard, Anne Charrier, Romain Levi, Melissa McBride, Joel de la Fuente, Romain Levi
Duração: 61 min.

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