Apesar de não ser um recurso propriamente cinematográfico, tampouco oriundo da contemporaneidade, as reviravoltas nos roteiros hollywoodianos dos anos 1990 reacenderam de alguma maneira, os interesses por tal estratégia no bojo das narrativas, como uma forma de fugir dos padrões mais industrializados e propor desfechos que possibilitassem aos espectadores uma imersão psicológica mais profunda e menos comum em suas interações com os filmes. Como não se arrepiar com as revelações feitas pelos empregados para a personagem de Nicole Kidman em Os Outros, de Alejandro Amenábar? É possível um espectador cinéfilo ficar indiferente com as descobertas do personagem de Bruce Willis em O Sexto Sentido, de M. Night Shyamalan? Em Os Suspeitos, de Brian Singer, Kevin Spacey interpreta um homem maquiavélico que faz a plateia vibrar diante dos arremates finais da narrativa. David Fincher, em Clube da Luta, orquestra um dos finais mais sensacionais da época, tal como Christopher Nolan com a angustiante história desenvolvida em Amnésia.
Mestre dos desfechos trágicos, Nelson Rodrigues teve Gêmeas, um de seus contos da coletânea A Vida Como Ela É, adaptados para o cinema através da mescla de estética noir com os elementos mais bem sucedidos dos filmes de Alfred Hitchcock, com direito a uma reviravolta no final que hoje pode parecer comum, mas que já foi bastante surpreendente em outro momento histórico. Por falar no mestre do suspense, temos também a famosa reviravolta narrativa na primeira metade de um famoso suspense que se passa num hotel na beira da estrada, trama que nos surpreende ao expor a morte da provável protagonista em pleno banho, numa das cenas mais emuladas/copiadas/homenageadas da história do cinema. Em Psicose, Marion Crane desmonta os padrões narrativos tradicionais ao morrer e deixar o público à deriva, sem saber como a história continuaria, além de ter um desfecho que também traz uma reviravolta impactante, algo que é importante ressaltar, foi traduzido da literatura, pois já constava no romance homônimo de Robert Bloch.
Diante do exposto, nos meandros dos estudos dramatúrgicos e nas discussões empreendidas pelo campo da crítica de cinema, denominou-se intitular tal recurso narrativo como plot twist, isto é, uma mudança radical nos rumos esperados pelo que a trama havia proposto em seus primeiros momentos. Recurso presente em peças teatrais, séries de TV e obras literárias, o plot twist também encontrou ressonâncias no cinema. Utilizado para minar as expectativas do público, o recurso geralmente é pensado para o desfecho de filmes, mas há muitas produções que quebram estas regras e o ajustam às vezes no meio do processo, mudando o formato de acordo com a necessidade do roteiro. Identidade, de James Mangold, foi o filme selecionado para uma análise mais detalhada neste artigo sobre as peculiaridades desse recurso narrativo. Apesar de depender de muitas coincidências para funcionar, o grande potencial dessa trama é a revelação de seu desfecho. Enquanto assistimos, pensamos que mesmo diante da suspensão da descrença, há muitos absurdos em cena. Mas, quando descobrimos que o mote está todo montado dentro da “ilimitada” mente, a montagem do quebra-cabeça faz todo sentido.
De acordo com os manuais de roteiro, a função do roteirista é criar uma ligação do público com o filme através de uma construção emocional eficaz, com personagens cativantes e situações que promovam conflitos no tecido narrativo afim de que a trama se desenvolva. A cena, espaço em potencial para a ação dos personagens, vai guiando o público e gerando as expectativas. Quando o roteiro tem em seu conteúdo uma brecha entre o que se espera e os resultados oferecidos, o espectador depara-se com a tal situação surpresa. Cineastas como o já mencionado M. Night Shyamalan construíram as suas carreiras com base neste procedimento narrativo: jogar o espectador num poço de surpresas, aumentar gradativamente a curiosidade, mudar a visão da história e guiar a trama para uma direção inesperada.
Se for ao final, encerra a narrativa e abre espaço para o que Roberto Lyrio Duarte Guimarães, embasado nas considerações da Poética, de Aristóteles, chama de “cena obrigatória”, isto é, trecho emblemático que deixa as interpretações em aberto, o que nos ajuda na promoção de debates sobre o filme, mantendo a narrativa “viva” posterior ao momento de exibição. Se for próximo ao meio, serve para desencadear um feixe de novos conflitos que apontam diretrizes múltiplas para a trama a ser contada. Um bom exemplo é Ilha do Medo, de Martin Scorsese. Na trama, Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) acha que é um agente que investiga os mistérios da clínica Shutter Island Ashecliffe, local para internação de pessoas com instabilidade mental. Ele descobre, entretanto, que tudo não passa de imaginação, pois na verdade é um paciente da instituição, algo semelhante ao que ocorre em Os Outros. No desfecho, Grace (Nicole Kidman) descobre que já está morta. Num surto psicológico, ela matou os filhos e se se suicidou, pois seu marido havia ido para o combate e morrido em plena Segunda Guerra Mundial.
Fala-se muito do recurso na contemporaneidade, mas no expressionista O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wine, lançado em 1920, todo o conflito narrativo estava apenas na “cabeça” do protagonista Francis (Friedrich Feher), paciente de um manicômio. Os filmes da estética noir, predominantes entre os anos 1940 e 1950, utilizaram bastante a reviravolta para o desfecho de suas tramas, sendo Alfred Hitchcock, posteriormente, um dos cineastas responsáveis pela popularização do recurso. Em Os Suspeitos, de Bryan Singer, uma terrível explosão num cais envolve testemunhas que passam a depor e levantar dúvidas por parte dos espectadores. Descobrimos, mais adiante, que o paraplégico da narrativa na verdade não possui problema algum e que ele na verdade não é quem diz ser. Em Clube da Luta, o “Narrador” (Edward Norton) é um homem com uma vida levada na mediocridade. Com crises constantes de insônia, ele encontra o “seu lugar” em um grupo de autoajuda, pois ao testemunhar a miséria alheia, vê a possibilidade de se sentir melhor. Conhece Maria Singer (Helena Boham Carter) e em paralelo, estabelece amizade com Tyler Dunder (Brad Pitt). Quando tudo aparentemente está melhorando, ele descobre que o novo amigo na verdade é outra faceta de sua personalidade.
Em Amnésia, de Christopher Nolan, o protagonista Leonard Selby (Guy Pearce) é deixado à beira da morte numa loja destroçada por um assalto. A sua esposa não tem a mesma sorte, pois morre, o que o deixa traumatizado. Cada vez que ele adormece, a sua memória recente se apaga, o que dificulta o processo de compreensão das coisas à sua volta. Contada de trás para frente, a narrativa nos tira do conforto ao revelar que foi o próprio personagem que matou a esposa ao aplicar uma dose inadequada de insulina, parte do tratamento para diabetes. O mesmo cineasta assinou outra grande reviravolta anos depois, em O Grande Truque, trama sobre a competição entre dois amigos que atuam como mágicos e tornam-se rivais ao passo que alcançam o sucesso. Robert (Hugh Jackman) e Alfred (Christian Bale) enfrentam-se num roteiro que mescla irmãos gêmeos e planos mirabolantes. No contexto da trama, uma máquina de produzir clones é o epicentro para o desenvolvimento das reviravoltas: para se livrar do rival, Alfred aparentemente mata Robert. Quando todos achavam que o rival estava morto, descobrimos que na verdade, quem havia partido era apenas a sua “cópia”, pois ele teve acesso á máquina e providenciado o seu clone. Julgado, Alfred aparentemente morre executado após a sentença, mas na verdade ele tinha um irmão gêmeo, morto em seu lugar. No roteiro, Nolan desenvolve uma série de reviravoltas ao passo que o final se aproxima, minando mais de uma vez o esperado pelo público.
Em Os Infiltrados, Martin Scorsese não opera uma “virada” neste estilo, mas cria um feixe de expectativas que desmoronam quando todos os personagens principais morrem. George Lucas também já teve o seu momento em Star Wars V – O Império Contra Ataca: no desenvolvimento da aventura, o antagonista Darth Vader revela ser o pai de Luke Skywalker (Mark Hamell), algo que desconstrói tudo que havia sido erguido enquanto “verdade narrativa” até o dado momento. Uma reviravolta marcante também encontra o seu lugar em O Planeta dos Macacos, de 1968. No desfecho, descobrimos que o planeta alienígena habitado por macacos na realidade é o planeta terra no futuro. O protagonista havia hibernado por séculos, por isso não havia se dado conta das mudanças. Em linhas gerais, as reviravoltas nos tiram de nosso conforto, potencializando, em muitas ocasiões, a nossa relação com todo drama apresentado em cena.
Mudanças ou revelações radicais também fazem parte de Cidadão Kane, de Orson Welles; Old Boy, de Park Chan-Wook; do suspense de tribunal As Duas Faces de Um Crime, de George Hoblit; do denso drama empreendido em Traídos Pelo Desejo, de Neil Jordan; do horror policialesco em Jogos Mortais, de James Wan, bem como de uma numerosa lista de filmes que não cabem na proposta deste panorama. Marca registrada de M. Night Shyamalan, o plot twist em O Sexto Sentido revela-se quando um psicanalista (Bruce Willis) descobre que na verdade já está morto. O formato, considerado por alguns como uma maldição na vida profissional do cineasta, haja vista a “camisa de força” do desfecho surpreendente em todos os seus filmes, tornou-se sinônimo de “autoria”, uma espécie de estilo do realizador, algo que os seus espectadores sempre esperam de seus filmes. O modelo se repete em outros filmes assinados pelo cineasta, geralmente com pessoas comuns a viver situações excepcionais, tais como Corpo Fechado, A Vila, A Visita, Fragmentado, etc.
Identidade: Um Herdeiro de Agatha Christie?
Identidade é um filme de suspense com toques sobrenaturais, dirigido por James Mangold e lançado em 2003. Com base no roteiro de Michael Cooney, a produção não apresenta nenhuma novidade em termos narrativos, mas utiliza muito bem os recursos que culminam na reviravolta alocada próxima ao final, além de revelar detalhes sem obviedade, colocando o espectador numa postura crítica e analítica, sempre a montar os pedaços do quebra-cabeça narrativo, ao passo que o filme se desenvolve. Com tanta oferta de filmes sobre assassinos em série disponibilizados anualmente pela indústria cultural, tornou-se difícil realizar algo que seja inteiramente novo. Graças ao bom trabalho de direção e aos personagens contemplados por um elenco afinado, Identidade consegue sobressair-se, ofertando ao público uma atmosfera sombria para uma narrativa criativa e inteligente. Para quem acha que é suspensão da descrença? É preciso chegar ao final para melhor compreender.
A suspensão da descrença é um conceito fundamental na dramaturgia cinematográfica, algo que busca envolver o espectador em uma experiência ficcional diferenciada, levando-o a aceitar temporariamente as situações implausíveis ou incoerências presentes na narrativa. É algo que permite ao público mergulhar no mundo criado pelo roteiro, deixando de lado sua racionalidade e ceticismo em prol da imersão na história. Em Identidade, antes de compreendermos as ideias mirabolantes de seu desfecho, é preciso muita suspensão da descrença para “engolir” o absurdo da situação vivenciada pelos personagens. A capacidade da audiência em suspender sua descrença é essencial para que o público trafegue pela narrativa e consiga chegar ao seu final sem desconsiderar o valor dramático de tudo que é apresentado. Neste processo, temos a possibilidade de nos conectar de forma emocional e intelectual com os personagens, pois quando nos entregamos ao poder da suspensão da descrença, nos tornamos parte integrante da narrativa, numa curiosa experimentação de emoções e dilemas.
Para quem gosta de escreve histórias, ou então, admira as particularidades do processo de criação ficcional, é importante levar em consideração que a suspensão da descrença não é um processo passivo por parte do público, mas sim uma colaboração ativa entre o filme e seus espectadores. Para que essa suspensão ocorra de forma eficaz, é necessário que a narrativa seja coerente em seu próprio universo, respeitando suas próprias regras e estabelecendo uma lógica interna que faça sentido dentro do contexto da história. Em Identidade, isso acontece apenas no último ato, o que nos faz ficar ainda mais intrigado com cada situação ao longo dos primeiros momentos da história. Em linhas gerais, a suspensão da descrença, caro leitor, representa um convite ao espectador para explorar novos mundos, viver aventuras extraordinárias e experimentar emoções intensas. É através desse ato de “fé temporária” na ficção que somos capazes de nos conectar com a essência do cinema enquanto forma artística e nos permitir ser transportados para além dos limites da realidade, como acontece nesse filme.
Logo no começo, sabemos que Malcolm Rivers (Priutt Taylor Vince), um assassino em série, está prestes a ser condenado à morte por conta de uma onda de crimes cometidos num passado recente. A defesa e os promotores conversam sobre a situação psicológica numa reunião emergencial em plena madrugada, tendo em vista chegar a uma decisão sobre o destino adequado para o réu. Em paralelo, somos apresentados ao encontro de pessoas aparentemente desconexas, num hotel à beira de uma estrada deserta: Larry (John Haukes), o gerente do estabelecimento, homem nervoso e agitado; George York (John C. McGingley), patriarca desesperado que chega ao hotel em busca de ajuda; Alice (Leila Kinzie), a esposa atropelada, motivo do desespero de Sr. York; Timmy (Bret Loerh), filho do casal, criança que não dá uma palavra durante o filme inteiro; Ed (John Cusack), motorista de Suzanne (Rebecca De Mornay) uma atriz falida; Paris (Amanda Peet), uma garota de programa; o jovem casal Lou (William Lee Scott) e Ginny (Clea Duvall), unidos oficialmente pelo matrimônio algumas horas antes do encontro no hotel; e Rhodes (Ray Liotta), policial responsável por comandar o trajeto do prisioneiro Robert Maine (Jake Busey).
Situados num clima claustrofóbico, construído à base do isolamento e do encontro com o desconhecido, os envolvidos na situação inusitada precisam arranjar uma maneira de sobreviver, pois aos poucos, parece que alguém está matando um a um com base em algumas regras bem específicas: a numeração dos quartos, etc. Com os segredos revelados através de camadas, o roteiro de Michael Cooney mergulha o espectador numa atmosfera de horror, aparentemente inspirada no famoso E Não Sobrou Nenhum, de Agatha Christie, romance sobre dez pessoas que são convidadas a passar um idílico final de semana numa casa em uma ilha deserta, mas que precisam enfrentar os conflitos que se estabelecem ao passo que as pessoas começam a morrer misteriosamente, tudo parte de um plano didaticamente elaborado pelo “eliminador”, algo que inclusive aproxima o filme de uma trama ao estilo slasher.
Mesmo não sendo creditada, há algumas coisas da relação dos humanos presentes em Identidade, oriundo do legado e do impacto cultural de Agatha Christie, uma incontestável uma figura influente na história da literatura de mistério e suspense. Com escrita afiada e histórias de ritmo fluente, o legado da escritora perdura até os dias atuais, ao transcender fronteiras culturais e temporais, num contínuo processo de encantamento ao intrigar leitores de todo o mundo. Desde a sua estreia literária com O Misterioso Caso de Styles, em 1920, Agatha Christie sempre impressionou os seus leitores com tramas intricadas, reviravoltas inesperadas e personagens memoráveis, atualmente retomadas em diversas traduções cinematográficas e seriadas do conjunto de sua obra. A sua habilidade em criar enredos enganosos e solucionar crimes de forma magistral elevou-a ao patamar de “Rainha do Crime”, numa carreira prolífica, onde escreveu mais de 80 livros, entre peças teatrais e contos, se tornando também um fenômeno mercadológico no âmbito da literatura, superada em vendas apenas pela Bíblia e por William Shakespeare.
Ao longo dos 95 minutos de Identidade, peculiaridades da escrita de Christie permeiam o desenvolvimento do roteiro, num inteligente jogo de quebra-cabeça narrativo, culminando em um ousado e diferenciado plot twist, escolha narrativa que na linha de Seven: Os Sete Pecados Capitais, Os Outros e O Sexto Sentido, narrativas destacadas aqui por apresentarem personagens, enredo e desenvolvimento coesos, não dependendo exclusivamente de suas reviravoltas para impactar o público. Quem escreve ficção, por sinal, precisa ter esse cuidado: pensar que não é o plot twist um elemento para solidificar uma narrativa incoerente e frágil, como alguns filmes de M. Night Shyamalan após a já mencionada história impressionante/emocionante/excepcional do garoto “que vê gente morta, o tempo todo”. Para quem acompanha a trajetória do cineasta, sabe que o uso deste recurso de tornou uma camisa de força constante, funcionando bem quando a história é boa e potencializando a falta de qualidade dramática quando a trama é questionável.
Aqui, percebemos o quanto a equipe realizadora se escorou no legado da escritora para fazer a plateia se surpreender com o que é contado. Próximo ao final, descobrimos que na verdade os acontecimentos no hotel não passam de uma construção da mente do psicopata em julgamento. Ele sofre de um transtorno de personalidades múltiplas, similar ao que M. Night Shyamalan fez recentemente em Fragmentado. Os personagens com nomes de estados, as chaves dos quartos do hotel, as pessoas que desaparecem misteriosamente, o clima sobrenatural em meio ao realismo, bem como a ordenação dos acontecimentos matematicamente calculados são elementos de uma construção narrativa que não fazem parte da história paralela, a considerada “real”, situada nas discussões que definirão se o personagem criminoso será ou não condenado à morte. Diante do exposto, Identidade revela-se como um filme bem sucedido na seara das narrativas com plot twist, algo raro na contemporaneidade, época de saturação narrativa, período em que nos encontramos mergulhados nos dilemas da criatividade, afinal, como oferecer algo novo no bojo de uma tradição narrativa milenar? Com filmes tão versáteis em sua carreira, tais como o drama Garota Interrompida e o romance de viagem no tempo Kate & Leopold, James Mangold uniu-se a uma equipe competente para traduzir em imagens o texto de Michael Cooney, roteirista criativo que ao capitalizar em torno de ideias já conhecidas pelo público, elabora algo relativamente inovador e com “identidade” própria.
Antes de encerrar essa reflexão sobre o plot twist em Identidade, ressalto a importância do trabalho da “mesa de edição” na concepção de uma narrativa desse tipo. David Brenner, responsável pela finalização da trama para o público, é um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento atraente desse suspense. O trabalho de criar situações surpreendentes é do roteirista, lido pelo diretor, o gerenciador da composição das imagens, no entanto, com sua habilidade de ajustar o quebra-cabeça, o editor cria um ritmo que nas mãos de um profissional menos habilitado resultaria num fracasso absoluto. Aqui, é o cinema se apresentado como nós sabemos acerca dos mecanismos que engendram o seu funcionamento: uma arte de equipe, onde cada um, com a sua contribuição, permite que a narrativa ganhe forma e seja contemplada pelo público. Destaque também para Phedon Papamichael, Mark Friedberg e Alan Silvestri, diretor de fotografia, design de produção e compositor da textura percussiva, respectivamente, colaboradores na construção da atmosfera visual de Identidade, uma trama dramaticamente assertiva, com um plot twist que se justifica, tirando o espectador da obviedade.