Home TVEpisódio Crítica | The Flash – 9X13: A New World, Part Four

Crítica | The Flash – 9X13: A New World, Part Four

Um final rápido demais para o Homem Mais Rápido do Mundo.

por Davi Lima
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The Four

  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios.

Then you need to believe in the impossible because it’s the only way to create a better world. – Khione

The Flash sempre foi uma novela romântica, de um jovem CSI, apaixonado pela garota comprometida, amiga de infância, órfão juridicamente, recebe os poderes que o tornam especial, com a possibilidade de ser herói de sua própria história. Mas como um super-herói clássico, que se sacrifica e aprende com erros do orgulho, Barry Allen se tornou um exemplo apaixonante, ajudando uma narrativa do bem contra o mal de forças das acelerações se equilibrarem. Ao final de A New World, Part Four é dada essa sensação de resumo, e cíclico…e…efêmero.

É certo que nesse romance, a alegria do homem mais rápido do mundo é ter uma filha, ver seu sogro noivar e propor um novo mundo esperançoso. Mas tudo isso ainda parece vago, e até menos dramático do que vemos durante esse arco com Eddie Tawne. Insisto em dizer que na terceira temporada os dramas de Barry com Savitar foram ao auge, ao ponto de se tornarem um melodrama dentro da novela que já era. Foram 9 anos em que houve repetições e picos de romances fortes que traziam o heroísmo clássico em meio a breguices que queriam se explicar. Barry só esperava esse final de série…

Por isso, ver a jornada do Cobalto como vilão era animadora, pois parecia trazer algo novo dentro do que sabemos de The Flash. Um personagem que um raio o atingiu e queria ter uma filha e casar com Íris. Não era como o Flash Reverso de tomar a vida de Flash, era agora a aceleração negativa dando uma oportunidade de vida igual a de um herói. Ao mesmo tempo que há essa novidade na história do bem e do mal (maniqueísmo), Eddie é convencido de se render ao lembrar que é um herói por se matar. O aspecto cíclico e simétrico perde o drama quando o cessar do conflito é a repetição.

O grande final, uma luta de CGI de má qualidade (sim, já houve lutas melhores rederizadas nos efeitos visuais), não atinge nem grau de nostalgia ou peso perigoso. É apenas uma recapitulação rápida, sem desenvolver o drama de Eddie de fato. Um episódio dividido em encerrar rápido um drama novo com o de sempre…e uma conclusão pouco inspirada; seja pelo padrão de finais de séries da TV americana, seja pelo efeito “frasal” sobre o que de fato é esse Novo Mundo que dá nome ao arco.

A ideia do novo mundo para Nora segue a quebra do maniqueísmo que Khione introduz. O balanço das forças da aceleração é não ter um avatar único, e sim dividir os poderes – como Barry introduz outros “Flashs” de outras realidades. Avery Ho, Max Mercury e Jessica Chambers aparecem no episódio para representar esse ato heroico de humildade de Barry e dividir os poderes. Porém, há mais um exercício de informação desse “equilíbrio da força”, nada mais. Tanto o episódio acelera seus conflitos a serem resolvidos, como a ideia dramática do novo mundo é uma narração e aparição de novos atores.

Supergirl conseguiu finalizar com algo bem mais simbólico, numa comparação. O óculos, um casamento, havia algo deixado, impactante. Ver Barry com a filha é impactante, ver sua corrida final dá um gracejo. Entretanto, isso não garante sentimento de consequência. É apenas a realidade esperada e mostrada sem deleite. Triste ver um arco tão bom de Eddie Thawne se tornar apenas um adendo bem dramatizado para o fim de um arco para o fim da série.

***comentarei apanhados mais gerais no texto do Ranking de Episódios

The Flash – 9X13: A New World, Part Four — EUA, 24 de maio de 2023
Direção: Vanessa Parise
Roteiro: Sam Chalsen, Eric Wallace
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jon Cor, Jesse L. Martin, Tom Cavanagh, Rick Cosnett, Jessica Parker Kennedy, Michelle Harrison, Patrick Sabongui, Teddy Sears, Carmen Moore, Karan Oberoi, John Wesley Shipp, Stephanie Izsak, Tobin Bell, Tony Todd, Rachel Drance
Duração: 43 min.

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