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Crítica | The Flash – 8X12: Death Rises

A ressurreição da parceria romântica.

por Davi Lima
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death rises

  • Há SPOILERS deste episódio e da série. Leia aqui as críticas dos outros episódios. death rises

“Flash before my eyes
Now it’s time to die”
(Ride the Lightning – Metallica)

A 8ª temporada de The Flash está numa instabilidade ensurdecedora, ascendendo e decaindo numa alternância de semanas. Parece um sistema bipolar, ao ponto que Ressurection deixou um mar de enganação para recebermos Deathstorm como grande vilão, mas Death Rises ascendeu bem o fantasma flamejante azul com seus planos românticos para sua vilania. Como sua base de vida cósmica é a morte de Ronnie, o personagem querer tornar Caitlin em sua noiva é finalmente algo corajoso para a série, mesmo que seja estranho e bizarro. Mas é exatamente nisso que a série acerta nessa semana: saber ser inocente e ultrarromântica.

O ultrarromantismo é uma palavra usada para categorizar a segunda geração romântica da literatura no século XIX, que incluía a volta do gótico, alguns romances estranhos com a morte e o pessimismo. Entendendo que The Flash utiliza do romance como justificativa de vários conflitos, dramas e exageros – como argumentei em Armageddon, Part 4 -, podemos captar algumas ideias ultrarromânticas em Death Rises.

Primeiro, é claro, é o romance quase necrófilo que Deathstorm pretende com Caitlin; segundo, é a referência ao Metallica para empolgar a cena de ação com Flash, em que a música tematicamente fala sobre a morte; e terceiro é o clima “terrorzinho” pessimista quanto ao perigo do vilão na cidade Central City. Isso tudo funciona porque o espírito inocente e quadrinesco – como pontuei a mudança de status quo em Lockdown – possibilita que esses três fatores citados se tornem um estranho divertido.

Allegra conversando em espanhol por alguns segundos com sua falecida prima Esperanza é tão vivo em empolgação, assim como Cecile interpretando Deathstorm, exemplos de momentos bizarros que ao mesmo tempo implementam bem a atmosfera que o vilão traz ao episódio. A história detalha até mesmo os policiais no Departamento de Polícia com caretas diante a caracterização que os cidadãos dão ao caveira flamejante azul, falhando em buscar um peso dramático, mas ajudando a dar uma cara mais urgente e romântica para o novo desafio para a cidade do Flash. Parece uma contradição algo ser urgente e romântico, no entanto Death Rises entende o que é isso, como é mostrado na transição de cena com rock do Metallica para musiquinha de parque de diversão utilizando a imagem de um esqueleto.

A direção de Philip Chipera compreende que a unidade temática do episódio é um certo medo da morte, que abrange até mesmo a trama deslocada de Iris no roteiro de Dand Fisk e Arielle McAlpin. Parece que cada roteirista, por sinal, escreveu duas partes diferentes que se conectam por um fio fino.  A parceria romântica, o tal fio fino, envolve tanto Deathtorm e seu ultrarromantismo, quanto esse tema familiar do casamento de Iris e Barry que The Flash sempre trata. A reviravolta com a aparição de Eddie Thawne no final do episódio complementa a ressurreição da parceria romântica de Death Rises, e pode ser uma ligação didática com as consequências de Impulsive Excessive Disorder. Apesar do problemático plot de Iris, o roteiro ao menos direciona um momento novelesco/romântico da personagem refletindo como sua vida com seu esposo é muito frágil com o tempo.

Enfim, o episódio dessa semana parece bizarro e aleatório, mas consta uma certa harmonia ultrarromântica e inocente para segurar o roteiro repartido em tramas. Deathstorm se torna mais intrigante que um monstro de CGI de videogame – especialmente depois da explicação de Barry sobre a singularidade e o dimensões cósmicas – e o plano de combate ao vilão se torna ainda mais animador envolvendo Killer Frost, no básico combate gelo contra fogo. Agora é esperar o que vai acontecer depois da aparição de Eddie Thawne, e que Caitlin ajude Iris a entender como é tratar com namorados mortos…

The Flash – 8X12: Death Rises — EUA, 27 de abril de 2022
Direção: Philip Chipera
Roteiro: Dan Fisk, Arielle McAlpin
Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker, Danielle Nicolet, Kayla Compton, Brandon McKnight, Jesse L. Martin, Robbie Amell, Natalie Dreyfuss, Carmen Moore, Christian Magby, Rick Cosnett, Stephanie Izsak
Duração: 43 min.

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