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Lista | Supergirl – 6ª Temporada: Os Episódios Ranqueados

Supergirl que não progrediu sua Supergirl.

por Davi Lima
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Supergirl
Nota da temporada (Não é uma Média)

Nota da série como um todo (Não é uma Média)

  • Há SPOILERS! Leia aqui todo nosso material sobre a série. 

Supergirl, a salvadora de Clark Kent, o Superman, se tornou uma super-heroína totalmente independente e sem identidade secreta. Ela não poderia ser mais pós-moderna que isso, além de ter ido a protestos na quarta temporada e lutar pelos direitos sociais da minoria na série. Bem antes de Jon Kent nos quadrinhos atuais, Kara Zor-El já tinha como plano ser uma voz inspirativa, política e transformadora. A esperança da última temporada de definir melhor a heroína como grande porta-discursiva as temáticas contemporâneas sociais – em vista que seria um ano sem crossover dos super-heróis CW, ótimo para focar no diferencial político da série – infelizmente foi por água abaixo. Não que a série tenha perdido seu engajamento, pelo contrário, a marca Supergirl se tornou ainda mais representativa, mas a protagonista título não conseguiu reaparecer desde da quarta temporada, e especificamente desde a ruim quinta temporada.

A gravidez da atriz Melissa Benoist em 2020 contribuiu para que a diferença de agenda nas gravações com elenco fizesse um planejamento inicial da temporada que focasse mais em Kara. A participação de Zor-El, que alguns fãs especularam que ia ser um vilão – o que não aconteceu – e a entrada da duende Nyxly na série parecia promissor, seja pelo papel familiar que o pai de Kara remontava os dramas da ótima primeira temporada, seja por Nyxly ter um trauma paterno de abuso que conectava tematicamente os anseios da série e da atriz contra a violência contra a mulher. Além disso, o desenvolvimento de Kelly Olsen como heroína negra e a alguns panoramas sci-fi voltando animaram esse final de série, até a famigerada saga dos totens. Muito mais servindo como distrações do que favorecimentos aos dramas dos personagens de maneira mais organizada, os lapsos de esperança de um final ascendente foi desceu pelo ralo.

O final da série acaba sendo marcado por uma estabilidade pouco desenvolvida dos seus personagens, e especialmente uma ausência de crescimento da protagonista, soando uma finalização redundante no saldo geral. Conforme a tradição do Plano Crítico evidencio esse saldo ranqueando os episódios da sexta temporada do pior ao melhor, além de trazer de bônus pelo fim da série, minha avaliação pessoal classificada de todas as seis temporadas. Comentem o ranking de vocês! Qual sua temporada favorita da série? Digam o balanço geral sobre a experiência de acompanhá-la! Espero que gostem.

 

Ranking e Avaliações Individuais das Temporadas

Ranking
Temporada
Ano
6° Lugar
5ª Temporada
2019-2020
5° Lugar
4ª Temporada
2018-2019
4° Lugar
6ª Temporada
2021
3° Lugar
2ª Temporada
2016-2017
2° Lugar
3ª Temporada
2017-2018
1° Lugar
1ª Temporada
2015-2016

.

20º Lugar: Kara
06X20

O episódio ressoa como uma grande fuga de si mesmo, tentando se sustentar com um casamento bonito como panos quentes e com a volta da famosa Cat Grant e seus discursos que convencem qualquer pessoa que acompanha a série. No entanto, esses dois últimos fatores entregam ao episódio o grande problema envolta do desenvolvimento de Supergirl, seja pelo casamento evidenciar como Alex foi uma personagem melhor desenvolvida com Kelly, seja por Cat discursar como mais uma gambiarra dramática que não conseguiram imprimir em ação durante toda a última temporada.

kara.

19º Lugar: Mxy in the Middle
06X11

Glen Winter não ajuda para que essa trama toda seja móvel, só se harmonizando nas cenas de ação heroicas, como Brainic-5 correndo em cima de um carro e a pose de ataque a Nyxly. Ainda assim, a “dramédia” de Myx também é tão infantil quanto a insegurança de Nia, que apesar do ator Thomas Lennon ser carismático, ele fica perdido literalmente, não apenas para o efeito cômico e dramático. Isso é consequência de um story usando-o como deus ex-machina para Supergirl e Nyxly, mas que se torna inútil por não poder usar os poderes para não ser achado na Torre de Vigilância; porém, esse é só o MEIO do problema do episódio.

myx.

18º Lugar: Prom Again!
06X06

A ideia de partir para algo com-rom, algo que combina muito com a CW e o contexto escolar em questão nesses episódios, em princípio é algo acertado, averiguando o romance juvenil como sobreposição de resolução do sci-fi (Mr. Blue Sky, música do Electric Light Orchestra que Cat Grant referencia os aliens) e do jornalismo (Paparazzi da Lady Gaga, que no final de 2009 fez baita sucesso), pensando em Kara com Kenny Li e Nia Nal com Brainiac-5, romances em conflito em busca de amadurecimento em meio as atrapalhadas da viagem no tempo. Porém, o que se apresenta com o com-rom de maneira enfática é facilidade conveniente de resolver conflitos presente tipicamente no subgênero, não a comédia de fragilidade entre o casal, ou o romance gostosinho.

prom.

17º Lugar: Magical Thinking
06X14

O ponto é que Magical Thinking parece um colírio para os olhos, de um dublê tendo a chance de ser diretor e se empolgando com cenas de ação e tendo na montagem mais cenas de efeitos visuais que aumentam o escopo da história do roteiro; ao mesmo tempo essa empolgação parece uma armadilha para o espectador para a série comentar sobre si própria como passatempo, sobre sua temática dos heróis, para se assumir “tosca” com seus personagens com poderes conversando numa torre sem questionamento da população sobre seus atos. Os roteiristas Karen Maser e Derek Simon voltaram a ler HQs apenas para lembrar que escrevem sobre uma série de supers e isso ser comentado pelo jornalista William Dey (Staz Nair).

magical.

16º Lugar: Truth of Consequences
06X18

…em Truth of Consequences nada foge de um melodrama conectado. A felicidade dos roteiristas para definir o capítulo como grande clímax é tornar as carências dos personagens a deles em tratar com a série, como grandes desabafos que se tornam conflitos, causando consequências automaticamente quando se tenta resolvê-los. O problema de medir consequências se resolve, e em relação ao protagonismo de Kara, questionado, se torna um drama aliviado posteriormente pela irmã e por Caçador de Marte, e se junta a consequência mais “grandiosa” que é a morte de William Dey.

truth.

15º Lugar: Hope for Tomorrow
06X15

Mesmo que Hope for Tomorrow porte-se politicamente com coragem, até colocando um quadro da famosa juíza Ruth Bader Ginsburg (chamada RBG) no cenário da CATCO – talvez uma referência a entrevista que Cat Grant tenha feito com a jurista pelos direitos das mulheres na primeira temporada de Supergirl – ainda parece que os showrunners mais se perdem em promover densidade narrativa com esses Totens conceituais – Coragem, Humanidade e Esperança – do que sabem progredir no ainda amadurecimento de Kara como heroína nessa última temporada. Pretende-se muito, de maneira séria, uma carga de relevância política, quando a protagonista e seus amigos são forjados em algo bem mais lúdico e inocente do que podem entregar de comentário racional.

hope.

14º Lugar: Fear Knot
06X07

A chegada da Sonhadora e Brainiac-5 posta como urgência, além da denominação temporal que a viagem no tempo dos dois personagens durou 3 dias, vai empurrando os personagens para um conflito já avisado por Kara, em seu vislumbre de fracasso dos seus amigos na Zona Fantasma ao resgatarem-na. Então, cria-se o impasse central do episódio, que anima o espectador na intensidade de finalmente unirem os super-amigos a Supergirl, criando uma dimensão imediata de pessimismo para a conquista esperançosa ao final do episódio, ao mesmo tempo o episódio expõe que há uma falta ritmo da série em trazer Kara de volta, como se houvesse uma forçada de barra para que isso acontecesse diante da programação televisiva entrar em hiato.

fear knot.

13º Lugar: A Few Good Women
06X02

Dessa forma, por mais que o episódio não tenha a boa objetividade bem posta pelo diretor Jesse Warn no primeiro episódio dessa última temporada, ao menos ele traz seus dotes de organização de cenário dramático, dividindo os personagens como encaminhamento básico de narrativa, com as conveniências ilógicas com abertura de serem chamadas de burras. Enquanto Supergirl quer sair da caverna que a protege dos fantasmas da Zona Fantasma, os super amigos Sentinela (Alex), Caçador de Marte, M’gann, Brianic-5 e Sonhadora relaxam e permitem que um desses fantasmas sirvam como um parada dramática no imediatismo de salvar Supergirl. Nisso que é montado aquele luto antecipado da CW que dá uma freiada e coloca o público entre as cercas para esperar o próximo capítulo, criando dramas novos encaixotados entre os extremos que já conhecemos: a vilanesca família Luthor e a heroica Casa de El.

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12º Lugar: The Gauntlet
06X13

Depois de 4 episódios reestruturando a base progressiva para a temporada terminar, a medida do tempo não parece diminuir para o encerramento da série, em que The Gauntlet parece ser a lapidada final de temática e posicionamento de personagens para o front narrativo de encerramentos dramáticos. As utilidades, as mitologias e os desafios parecem prontos. Lena Luthor vai juntar magia e ciência, assim como nas HQs o irmão Lex já mexeu com os dois pilares; Nyxly ilustrou seu drama com o totem da coragem e aprendeu mais sobre a mitologia da Quinta Dimensão para se sobrepor a Supergirl; a protagonista se conecta, à la Harry Potter e Voldemort, com a vilã enquanto busca se encontrar com mais uma camada do seu heroísmo em criar novas alternativas de vencer Nyxly, que tem uma trágica história familiar e reforço vingativo contra Supergirl.

gauntlet.

11º Lugar: Rebirth
06X01

…entre o alívio e a progressão de história, esse início do fim soa realmente como um renascimento de uma série que começou sabendo dosar a objetividade episódica com sequenciamento até encontrar um desenvolvimento pós-moderno, em temática, e integrado de arcos simultâneos, em narrativa. Esse é o ano em que não há crossovers do Arrowverse, nem mesmo com Flash (talvez), e essa é a chance da série ter caminho aberto para fechar com uma temporada esperançosa para tempos de pandemia sem interferências no seu discurso.

rebirth.

10º Lugar: Nightmare in National City
06X16

Para não haver injustiça com o episódio em relação ao equilíbrio de dimensões da história e do visual, a trama da Sonhadora, vulgo Nia Nal, visualmente comporta uma aventura legal pelo mundo dos sonhos e o além dos sonhos na busca do Totem, dando uma animada na proporção que o roteiro precisava. O drama da heroína com a irmã segue a mesma simplicidade narrativa apresentada no de Kara. Depois de muito tempo que Maave (Hannah James) não aparecia na série, o acúmulo temporal da rivalidade entre as irmãs cria boa intriga para saber como elas vão se relacionar numa missão juntas. O peso dramático disso que dá gás também ao episódio. Há um desenvolvimento da irmandade primeiramente complacente com os erros de Maave com Nia, mas se compreende depois que só um pedido de desculpas não resolve a metafórica LGBTfobia que ela comete desde a quarta temporada.

national.

9º Lugar: Still I Rise
06X10

Olha o tanto de problema para resolver, fora as conexões entre essas histórias que precisam preservar uma unidade temporal, já que tudo se passa quase ao mesmo tempo. Ou seja, Jesse Warn é o diretor perfeito para isso e parece que gosta de pegar bucha, especialmente o começo da sexta temporada cheia de poluição que foi podada. Felizmente as proporções de tempo para cada trama é o suficiente para Supergirl resolver, de uma maneira geral, dando voz ainda o episódio Welcome Back, Kara, pois ela consegue aumentar a estima de Kelly, faz o conselho votar contra a compra de Ormfell e consegue conversar com a população.

still.

8º Lugar: Dream Weaver
06X09

Pode soar um argumento semi-repetitivo, porém, o protagonismo de Kara sendo mais intenso junto com um pesar menor em como a série está usando os efeitos visuais para colocá-la como Supergirl em tela,  além de aparar o melodrama CW sobre identidade secreta, ou qualquer tipo de romance masculino, contribui bastante para que os vetores da personagem título tenha organização temática para um drama bem justificado. Assim como Nia Nal, em constante aprendizado como heroína, tem seus arcos familiares associadas aos seus poderes, um término digno para as heroínas parece encaminhado.

Supergirl .

7º Lugar:  Phantom Menaces
06X03

Toda a trama da Zona Fantasma entra nesse balaio de qualidade, com uma mistura de realismo de atuação, muito bem entregue por Melissa Benoist e com uma ambientação bem desenhada em design em CGI. Zona Fantasma não é só um drama de Kara rever seu pai e sair de lá transformada, e sim um material audiovisual que valoriza a atriz protagonista nessa última temporada, em que ela parece mais dramática, com um arco imponente. A Zona Fantasma durante esses primeiros episódios serve como um descanso necessário para série que tanto subjugou a protagonista a revezes coadjuvantes, e a aparição de uma nova amiga da quinta dimensão chamada Myxlgsptinz, da mesma raça do antigo Sr. Mxyzptlk, parece simbolizar esse toque de mágica da temporada para a protagonista, que ajuda a duende emocionalmente e a duende ajuda Kara fisicamente.

Supergirl .

6º Lugar: I Believe in a Thing Called Love
06X17

Desde a primeira cena, o primeiro plano aberto gravado pela fotografia dentro da sala de treinamento da Torre dos Super-Amigos, já mostra um diferencial em como Jesse Warn corta caminhos para um roteiro empancado. Quando ele usa esse plano aberto evita-se a prolixa montagem televisiva de gravar cada rosto de personagens e suas falas com os outros, além de tirar a atenção da precariedade dos diálogos do roteiro do episódio. Um exemplo ainda mais enfático da qualidade direção é a cena em que o Caçador de Marte e Supergirl conversam na famosa sacada da Torre, tendo um zoom no rosto do ator David Harewood capaz de fortificar o drama da atuação e dispensar a simplicidade do desabafo do marciano.

Supergirl .

5º Lugar: Prom Night!
06X05

Desse jeito, envolta da ênfase do sci-fi nesse episódio de Supergirl, com trilha sonora para a nave da Legião dos Super-Heróis, o cenário de dentro da nave e as piadas com tecnologia 3D pouco popular em 2009, e até mesmo o conflito secundário para dificultar a trama, com aliens azuis caçadores de kryptonianos; o subtexto de tratar a juventude sem desmerecer ou exagerar no drama, utilizando como linguagem harmoniosa para um episódio divertido de viagem no tempo, se eleva como pertencente ao canal CW, utilizando as versões jovens das irmãs Danvers e desenvolvendo os personagens mais relacionados a jovialidade, sem parecer viciado na maneira de abordar a juventude nos modos extrapolados do canal.

Supergirl .

4º Lugar: Blind Spots
06X12

Em geral, Blind Spots ascende bastante o anseio por senso de justiça, resultando num sentimento de culpa forte na heroína protagonista e na sua irmã Alex Danvers (Chyler Leigh) ao não agirem em prol de Kelly imediatamente. Dentro de um processo de afunilação bem executado, no desenvolver da temática racial e nos diálogos recheados do roteiro, em sequência o sentimento dialogado entre os personagens se torna ação, após um momento de investigação em Ormfell. A narrativa parece engessada e novelesca quando se descreve que há uma tríade de conversas sucessivas – Diggle com Kelly, Kara com Kelly e Alex com J’onn J’onnz (David Harewood) – mas a direção de Ramsey, ou pelo menos a montadora Katie Ruzicka, faz um trabalho exemplar em organizar os espaços e transição de cenas, usando até mesmo CGI para incluir um passeio pelo bairro de Washington Heights, para dinamizar o episódio.

Supergirl .

3º Lugar: Welcome Back, Kara
06X08

Por essa forma de narrativa, os impactos de Welcome Back, Kara acontecem com uma base simples numa história procedural do vilão da semana, que surge pela tentativa de Zor-El ser um herói ambiental, mas extremamente pontuada pelas proporções que dá à protagonista, ao gancho do episódio anterior e as novas propostas para o resto da temporada. A dificuldade de voltar após uma parada de produção de série CW é acertar os focos que não desvirtuem da linha formada da sequência dos episódios anteriores. Embora isso pareça óbvio, tanto para essa sexta temporada quanto para séries de TV aberta, os contratos de roteiros e o controle dos showrunners por vezes são bem mais incertos do que se imagina, e o alvo temático maior em Kara nesse último ano acabam por tornar essa recepção dela ao círculo dos amigos mais certeira do que se imaginava.

Supergirl .

2º Lugar: The Last Gauntlet
06X19

Esse é o ponto melancólico que conceitualmente a direção mais criativa com o roteiro deram um xeque-mate de compreensão sobre qual é o drama da Kara além de choros e conversas com William Dey. Antes da Season Finale real no próximo episódio, o gancho de Supergirl voando para as nuvens pensar dá uma dimensão grande, finalmente, de quando uma super-heroína tão forte pode sofrer com sua identidade, por mais que seu protagonismo na série tenha falhado em desenvolvimento. Em The Last Gauntlet tudo isso se resolveu por uma brecha tão perto do final.

Supergirl .

1º Lugar: Lost Souls
06X04

Esse é o conceito básico que une os super amigos e provoca conflito em Lena Luthor sobre o que realmente significa heroísmo. Não é apenas mais um drama em que o personagem se machucou e todos os outros personagens choram de maneira imediata. Já são quatro episódios que Supergirl está presa na Zona Fantasma. Mesmo que a justificativa da trama soe bem mais um ajuste de agenda de gravações com a licença maternidade da atriz Melissa Benoist, que faz Supergirl, parece inegável que um episódio como Lost Souls, fechado em pelos menos três resoluções dramáticas e com um gancho de viagem no tempo para resolver o resgate da protagonista, fosse impossível sem o rearranjo escrito e planejado de uma sala de roteiristas “mais tranquila” do que quer nesse final de série.

Supergirl

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