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Premiações | Oscar 2021 – Os Vencedores

por Iann Jeliel
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Oscar 2021

Hoje, 25/04, a Academia de Ciências e Artes Cinematográficas realiza a entrega do Oscar 2021 em sua 93° cerimônia. Fizemos aqui no Plano Crítico a atualização ao vivo dos vencedores, com breves comentários opinativos do colunista que vos fala sobre cada vitória no momento derradeiro. Abaixo, para cada indicado, haverá um link direto para a crítica do site, além de links para todo o material criticado de cada ator, atriz e diretor(a) indicado(a) nas categorias de atuação e direção.

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Melhor Documentário em Longa-Metragem

Comentário: como dito, o normal é que nas categorias de curtas ou documentários o favorito é aquele que consegue ser mais assistido. Professor Polvo chegou a ser fenômeno na Netflix, e apesar de não ter levado tantos prêmios na temporada, tornou-se o favorito por esse fator. Se é justo? Bem, é contestável. Essa foi uma das categorias que acabei não vendo muitos filmes, e dos que vi, incluindo esse, não gostei tanto. Meu colega Leonardo Campos, por outro lado, deve estar muito feliz com essa vitória.
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Melhor Documentário em Curta-Metragem

Comentário: olha só, por essa ninguém esperava. É o famoso estraga bolão. Imaginava novamente a Netflix como favorita pela acessibilidade do seu curta Uma Canção Para Latasha, mas Collete acabou o superando. E foi justo, é um curta bem bonito. Qualquer um que ficasse seria justo, na verdade. Foram ótimas seleções este ano.
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Melhor Curta-Metragem em Live-Action

Comentário: há quem torça o nariz para Dois Estranhos pelo ativismo à frente do aprofundamento temático. Contudo, acho bem criativo como ele encaixa o ativismo numa estrutura narrativa popular que naturalmente conversa com o tema. Vejo um mérito em sua vitória por isso, mais do que o natural favoritismo, dada a sua visibilidade de estar na Netflix e por se relacionar em um trágico evento tão recente. Era meu segundo favorito da categoria, atrás somente de O Presente, mas gostei bastante de sua vitória.
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Melhor Animação em Curta-Metragem

Comentário: é, nem todo Oscar é perfeito. Mesmo sendo favorito da categoria, sabendo que iria ganhar, apostando nele em bolões, queria que fosse para o genial Opera. Animação tematicamente simplória e emocionalmente manipulativa ganhou de uma recriação intensamente complexa da história da humanidade em uma pirâmide. Pelo menos, o discurso dos vencedores foi bom, curto, objetivo e muito bem-intencionado.
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Melhor Animação em Longa-Metragem

Comentário: quem acompanha o Plano Crítico sabe que prefiro MUITO mais Dois Irmãos a Soul, pelos motivos que vocês podem ler na crítica de cada um. Contudo, não tinha nem como esperar algo diferente de sua vitória, então não tem muito o que reclamar, Soul é mais universal e ganhou com isso.
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Melhor Filme Internacional

Comentário: não tinha como ser outro, né? Disparado o melhor entre os indicados. Oscar merecidíssimo!
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Melhor Maquiagem e Cabelo

Comentário: justo. A maquiagem da personagem de Viola Davis é fundamental para dar a imponência da caracterização. Oscar merecido!
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Melhor Figurino

Comentário: mais uma vez, o prêmio foi justo e para o favorito da noite na categoria.
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Melhor Direção de Arte | Design de Produção

Comentário: para mim, foi o pior filme deste Oscar – Ritter, desculpe por essa – e não merecia nem esse prêmio, por mais que seja competente nas partes mais técnicas, esta inclusa. Quem deveria vencer? A Voz Suprema do Blues, fechando três digníssimos Oscars.
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Melhores Efeitos Especiais

Tenet

Comentário: o VISIONÁRIO Christopher Nolan ganha de novo em categoria de efeitos visuais, provavelmente por não ter tido um concorrente blockbuster à altura? Talvez. Eu, particularmente, preferia Amor e Monstros, mas ele não tinha chances no que vem sendo a tradição de efeitos práticos dominarem a Academia na categoria.
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Melhor Canção Original

Comentário: a melhor surpresa da noite! Não que a canção de Judas e o Messias Negro não tivesse chance alguma, mas não mais favorita que Speak Now, ambas músicas excelentes! Enfim, merecidíssimo. Pena que não houve uma apresentação presencial para coroar esta ótima vitória!
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Melhor Trilha Sonora

Comentário: contesto um pouco ele ter levado em Melhor Animação, mas nesse caso, não tem o que contestar. Se duvidar, a trilha é a melhor coisa do filme. Portanto, segundo Oscar da Pixar na noite, supermerecido.
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Melhor Som

Comentário: não tinha como ser outro também. O filme é basicamente dependente do trabalho sonoro para a sua proposta. Nada mais justo do que premiá-lo na categoria.
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Melhor Edição | Montagem

Comentário: acabou que a separação de Edição de Som e Mixagem de Som foi fundamental para a vitória de O Som do Silêncio à frente de Os 7 de Chicago em Edição – que perdeu sua categoria mais forte e agora deve sair de mãos vazias –, já que o critério de seleção passou a englobar a primeira dentro do critério principal. Sobre a vitória em si? Injusta certamente não foi.
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Melhor Fotografia

Comentário: de dez categorias, levou duas (dificilmente levará outro), e ficou caro. Se já não daria o prêmio para ele em Design de Produção, para Fotografia, com Nomadland concorrendo (era o favorito), muito menos. Ganhou pelo apelo em preto & branco provavelmente, custando a justiça para a verdadeira melhor fotografia do ano.
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Melhor Roteiro Adaptado

Meu Pai

Comentário: tirando do grande favorito, Nomadland, Meu Pai possivelmente saiu com o único prêmio que podia na noite. Quem acompanha o site, sabe que não gostei tanto do filme, justamente por uma fragilidade na adaptação do texto de origem teatral para a linguagem cinematográfica. Na minha opinião, deveria ter sido Nomadland mesmo o vencedor. Uma vez que nem parece ter texto preparado de tão natural o caráter atingido pelos diálogos. Mas faz parte, pelo menos o favorito de muita gente não saiu de mãos vazias.
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Melhor Roteiro Original

Comentário: a favorita acabou levando. Sem surpresas. Prêmio justo, e de fato, goste você ou não do filme, é o roteiro mais original entre os indicados.
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Melhor Direção

Comentário: a fofa da Chloé Zhao se consagra como a segunda mulher a vencer o prêmio de melhor direção no Oscar, por unanimidade e de forma, para mim, inquestionável.
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Melhor Atriz Coadjuvante

Comentário: a avozinha mais carismática da temporada levou o Oscar de Atriz Coadjuvante com justiça, mas infelizmente nos deixou tristes por termos que ver mais uma vez a coitada da Glenn Close de mãos vazias. Contudo, acho que até Close concorda que tivemos o melhor discurso da noite. Que mulher carismática!
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Melhor Ator Coadjuvante

Comentário: venceu praticamente tudo de importante na temporada, aqui não seria diferente. Merecido. Era meu favorito entre os indicados também.
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Melhor Atriz

Comentário: na categoria mais disputada deste ano, a força da natureza leva seu terceiro Oscar da carreira. Desta vez, um justo – e não vou nem comentar qual o que não foi para não dar polêmica –, que se encaminhou quando Nomadland, vencedor de Melhor Filme, só havia recebido o outro prêmio em direção. Era claro que tinha que ter outro, e só tinha sobrado Melhor Atriz. Uma pena, porque queria ter tido a imprevisibilidade até o fim para dar mais emoção à categoria. Faz parte, previsibilidade é o cerne no Oscar.
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Melhor Ator

Comentário: o que foi a troca do vencedor de Melhor Filme de La La Land para Moonlight perto da trolagem que esta edição proporcionou ao colocar Melhor Ator como última categoria entregue, em teoria para fechar com uma homenagem ao Oscar póstumo quase garantido de Chadwick Boseman, e no fim dar (um prêmio justo) o carecão dourado para Anthony Hopkins, que nem estava presente para deixar seu discursinho e fechar o Oscar em alguma nota. Que anticlímax testemunhamos, hein?
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Melhor Filme

Comentário: dominante na temporada inteira, dificilmente seria diferente no Oscar, mesmo que a dúvida tenha sido implantada ao ter só recebido direção nas demais categorias até chegar ao anúncio precoce da vitória. Certamente, será um Melhor Filme questionado por seu perfil não bater em nada com o que a Academia gosta de premiar, mas é justamente por isso que ele deveria. Não era meu favorito, mas está bem entregue.
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Considerações Finais

A cerimônia foi bem mais objetiva do que imaginava, tanto que terminou bem mais cedo do que normalmente finaliza, e digo que terminaria ainda mais se houvesse uma limitação de tempo nos discursos – a impressão é que não houve, e se sim, mais tempo foi acrescentado. Foi tudo bem protocolar, no sentido positivo da palavra, entregou os Oscars sem muito rodeio, inserindo discursos motivacionais e políticos nos momentos oportunos, como nos prêmios especiais relacionados às instituições e personalidades no combate à COVID -19. No lado negativo, houve pouco entretenimento. Somente um momento foi impagável nesse sentido, Glenn Close rebolando foi o meme que valeu a noite, porque os discursos – tirando o de Yuh-Jung Youn – foram bem enfadonhos.

No geral um Oscar “ok” para um ano “ok” pelos contextos pandêmicos. Não teve nenhum absurdo, tampouco nenhuma grande vitória que já não fosse esperada ou possivelmente atribuída para comemorar – mesmo que muitas tenham sido bem na contramão do que as estatísticas apontavam. A única realmente surpreendente, como dito, encerrou o Oscar com um anticlímax bem seco. Mas tudo bem, já não tinha como e nem iria ter festa ao final, foi condizente. E vocês, o que acharam dos vencedores? Da cerimônia? Quem foi esnobado? Qual a vitória mais justa? Deixem todo tipo de opinião nos comentários. Vamos debater!

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