Home QuadrinhosArco Crítica | Senhor Milagre de Jack Kirby #6 e 7 (1972)

Crítica | Senhor Milagre de Jack Kirby #6 e 7 (1972)

por Luiz Santiago
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O Senhor  Milagre continua tentando despistar os minions de Apokolips, agora tendo como parceira de fuga a sensacional Grande Barda. É no meio dessa empreitada que ele entra na cola de um bem-sucedido promotor artístico chamado Funky Flashman, que deve lidar com a próxima turnê de Scott Free. Mesmo tendo resistido às investidas de Oberon anteriormente, Scott percebe que a melhor forma de despistar os enviados de Darkseid é movendo-se pelo país, e a melhor desculpa para isso, claro, é organizar uma turnê onde deve mostrar para o público as suas muitas habilidades escapistas.

Inicialmente a gente acha que a edição irá focar em algo do submundo ligado ao falastrão Flashman, mas ele é apenas um peixe pequeno que se acha muito importante e quer lucrar em cima do Senhor Milagre. A cena do tal promotor com Barda é um verdadeiro conforto para o leitor, capaz do nos trazer um grande sorriso aos lábios. O texto de Jack Kirby, todavia, foca na chegada das Fúrias de Apokolips (Harriet Louca, Stompa, Lashina, Bernadeth) — todas aparecendo pela primeira vez nos quadrinhos aqui — que tentam matar Barda e Scott.

No final da sexta edição temos a constatação dos mocinhos de que precisam arriscar muito, já que a perseguição a eles na Terra não irá cessar nem tão cedo. E então temos um chorinho interessante, mostrando um pouco do passado de Scott, em seu treinamento de lavagem cerebral junto a muitos outros indivíduos. A interferência de Metron vem salvar o personagem de cometer um grande erro, comendo algo que praticamente o tornaria em um zumbi obediente de Vovó Bondade.

E o que foi sugerido na edição anterior realmente aconteceu na edição #7! Senhor Miracle e Grande Barda retornam ao terrível planeta Apokolips para enfrentar seus agressores e colocar um fim à perseguição que, na Terra, coloca a vida de muita gente em risco. O roteiro não enrola nem um pouco. Começamos com a despedida entre Oberon e seus amigos e logo Barda e Scott Free partem para a terra de Darkseid, onde fazem uma bela chegada, mas terminam capturados por Kanto, o Mestre Assassino/Mestre das Armas, e levados para enfrentar Vovó Bondade.

É uma edição de preparação para uma grande luta. A belíssima arte de Kirby explora as muitas possibilidades de escape geradas pelo Senhor Milagre, o que torna as armadilhas, as capturas e todo o enfrentamento direto um caminho para a tensão seguido de uma clara esperança de que o personagem irá se livrar das amarras. A grande questão é como ele irá fazer isso — processo que, aliás, sempre nos surpreende. No fim, Scott Free está para enfrentar Lump, uma bizarra criação de Vovó Bondade, e a edição termina com cenas do jovem Scott Free, treinando com os discos aerodinâmicos e levando a melhor sobre os parademônios, em sua primeira grande manobra de escapismo.

Senhor Milagre #6 e 7 (Mister Miracle Vol.1 #6 – 7) — EUA, fevereiro e março de 1972
No Brasil:
Lendas do Universo DC: Quarto Mundo – Jack Kirby n°5 e 6 (Panini, 202)
Roteiro: Jack Kirby
Arte: Jack Kirby
Arte-final: Mike Royer
Letras: Mike Royer
Capas: Jack Kirby
Editoria: Jack Kirby
24 páginas (cada edição)

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