Mulher-Maravilha. Embaixadora de Themyscira. Deusa da Verdade e Semi-Deusa. Princesa, espiã, guerreira e heroína. Filha de deuses e filha de homens. Salvadora e assassina… Desde a sua criação, em 1941, a mais famosa das Amazonas representou diferentes ideais femininos e feministas, marcou presença nos quadrinhos em uma época em que super-heroínas não eram nada comum; e como tudo, se transformou.
O propósito deste Entenda Melhor é viajar com vocês pelas linhas editoriais da personagem, desde a sua criação, até a publicação mais recente. Antes, porém, vale alertar que este não é um apanhado de todas as aparições da Mulher-Maravilha nos quadrinhos, em revistas de terceiros. Trata-se de um Entenda Melhor com os títulos solo da heroína nos mais diferentes Universos,com uma exceção à regra que vocês verão logo na descrição abaixo. Os destaques maiores vão para as séries regulares, com a exposição dos arcos.
Em seguida, estão classificadas, em ordem cronológica, as séries especiais, as minisséries e os one-shots. As publicações para as quais temos análises aqui no Plano Crítico também estão devidamente marcadas com os links, basta clicar e vir discutir conosco. Cada bloco é destacado pelas capas da primeira e última revista dentro de cada volume, com exceção, claro, da série regular da heroína hoje em andamento.
E aí, qual desses é o seu título favorito? Qual dos arcos você leu ou gostaria de ler? Qual é a sua fase, artista ou autores favoritos? Deixe seu comentário no final do Entenda Melhor!
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Sensation Comics Vol.1
Janeiro de 1942 até Maio de 1952
Esta revista foi QUASE o um título solo da Mulher-Maravilha. Ao longo de 109 edições, a heroína apareceu em praticamente todos os números que chegaram às bancas. Na imagem acima, vocês podem ver a primeira edição, com a Amazona em destaque; e a última em que ela aparece no título, a edição #106, lançada em dezembro de 1951. No decorrer dos anos também foram publicadas nas páginas da Sensation Comics Vol.1, tramas de heróis e personagens como os listados abaixo.
- Pirata Negro; Gay Ghost, Mister Terrific (Terry Sloane) e Pantera;
- Hal Mason, Chicote, Átomo (Al Pratt) e Sargon, o Mágico;
- Little Boy Blue, Hop Harrigan e Lady Danger;
- Doutora Pat e Astra.
Derivados ou continuações dessa revista vieram depois, como Sensation Mystery (1952 – 1953, com 7 edições publicadas); JSA Returns: Sensation Comics #1 (one-shot publicada em 1999) e a Sensation Comics Featuring Wonder Woman (2014 – 2016, com 17 edições publicadas).
ARCOS
Apesar de ser uma importante publicação da Mulher-Maravilha na Era de Ouro, as aventuras da Sensation Comics tinha caráter bastante isolado e contribuíram de maneira mais tímida para o cânone da personagem do que as de seu título solo, que chegaria às bancas também em 1942. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
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Mulher-Maravilha Vol.1 — (1ª Fase)
Junho de 1942 até Fevereiro de 1986
Esta foi a VERDADEIRA primeira revista da Mulher-Maravilha, não um título onde ela aparecia na maioria das vezes e tinha que dividir espaço com outros heróis. Sua publicação se iniciou ainda durante a II Guerra, pela All-American Publications (uma das editoras que deram origem à DC Comics). Aqui, temos lançados todos os elementos básicos da história da personagem. No futuro, boa parte deles seriam revisados, recontados ou modificados por diferentes autores.
Nesta fase, temos a Amazona lidando com os países do Eixo na Guerra e histórias de poder e paixões na Ilha Paraíso e no Olimpo (Ares e Hércules são exemplos que voltariam a atormentar Diana e as outras Amazonas, mesmo em novas versões da DC). Já no chamado “mundo do patriarcado”, fora da guerra, a princesa enfrentaria gangues, alienígenas, governos e governantes corruptos, empresários bandidos e vilões bizarros. No início, muitas polêmicas surgiram em relação ao tratamento dado às mulheres na arte dessas revistas, posto que em quase todas, elas apareciam amarradas, dominadas e tomando palmadas (notadamente nas histórias escritas por Marston).
O fim da Era de Ouro da personagem normalmente é fixado em 1958, quando do falecimento de H.G. Peter, ilustrador do título por 16 anos. Aí vieram as atualizações promovidas pelo editor Julius Schwartz, com mudanças estéticas e muitas tramas ligadas à ficção científica. Em março de 1960, com a criação da Liga da Justiça, na The Brave and The Bold #28, o interesse pelas histórias da Amazona voltou a aumentar. A Moça-Maravilha, então mera coadjuvante, ganhou destaque e se tornou independente. Depois dos eventos da Flash #123 (1961), houve uma grande alteração na forma como se via os personagens da editora. Os heróis e tramas da Era de Ouro foram atribuídos à Terra-2; e as aventuras (agora recontadas) da Era de Prata, eram situadas na Terra-1 (a nossa/principal Terra).
Em 1968, o título passou para as mãos de Dennis O’Neil, responsável por modernizar a publicação. Diana perdeu os poderes, as Amazonas foram para uma dimensão paralela, Steve Trevor morreu e a Srta. Prince abriu uma loja de roupas e recebeu treinamento de um monge especialista em artes-marciais, I-Ching. Seguiu-se uma fase de novas tragédias para a personagem, com direito a “traição para o bem” da própria mãe e uma proposta da Amazona para enfrentar 12 desafios e ser novamente aceita na Liga da Justiça.
As vendas de suas revistas voltaram a subir com o sucesso da série Super-Amigos e a live-action estrelada por Lynda Carter, a partir de 1975. Depois de revelações capazes de ressuscitar alguns mortos; uma temporada da nossa Diana na Terra-2; uma crise na Ilha Paraíso e uma forçação de barra para criar a épica edição #300, esta primeira fase entraria em sua reta final, seguindo até a edição #329, já ligada ao mega-evento Crise nas Infinitas Terras.
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Considerando que esta é a fase básica, que vai da Era de Ouro até a Crise, o leitor deve encontrar uma imensa lista de conteúdo e momentos históricos que marcaram o título, tais como: A) histórias de guerra seguida de roteiros confusos, pós-1945, quando caiu o interesse do público pela personagem; B) linha romântica de publicação entre 1949 e 1950; C) intensa variedade de histórias nas mãos de Robert Kanigher (escritor que mais tempo passou no leme da revista, de 1946 a 1968!); D) mais queda de vendas e problemas conceituais depois do Comics Code, em 1954; E) reformulações mais frequentes após O’Neil assumir os roteiros da saga, em 1968. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
- #1: A Primeira Aventura
- #2: O Deus da Guerra
- #178 a 184: O Incrível I-Ching e a Nova Mulher-Maravilha
- #185 a 189: A Vingança da Doutora Cyber
- #190 a 198: Desvio e A Última Batalha
- #199 a 204: Tribunal do Medo
- #212 a 222: Os Doze Trabalhos
- #262 a 264: O Cartel
- #267 e 268: O Fim do Cartel (com Homem Animal)
- #269 a 271: A Nova Ilha Paraíso
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Comic Cavalcade
Dezembro de 1942 até Outubro de 1948
A revista Comic Cavalcade foi uma antologia de quadrinhos com um maior número de páginas do que era habitual nos anos 1940 (e por isso mesmo o preço da revista era mais alto) representando personagens populares que já apareciam em outros títulos. As edições #1 a 29 trouxeram diversas histórias com super-heróis (a Mulher-Maravilha inclusa) e as edições #30 a 63 trouxeram fábulas cartunescas, com animais falantes.
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Normalmente as histórias da Mulher-Maravilha abriam a antologia. A heroína apareceu nas 29 primeiras edições da publicação. As tramas aqui não tinham nenhum tipo de continuidade, embora o tema da guerra tenha estado presente em muitas delas.
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Mulher-Maravilha Vol.2
Fevereiro de 1987 até Abril de 2006
Aqui começa a segunda grande aventura da Mulher-Maravilha, agora adaptada às mudanças ocorridas na Crise. George Pérez amplia e organiza elementos já mostrados no Volume Um, adaptando a linguagem e criando um visual dinâmico e grandioso para o Olimpo. Diversas influências e questões feministas e grandes doses de mitologia grega são aplicadas nos roteiros, tornando a nova origem não uma revolução completa, mas uma história muito bem contada e com abertura para contendas entre os deuses, as Amazonas e o mundo dos homens. Após a saída de Pérez, na edição #62, assume o leme da revista o escritor William Messner-Loebs, que seguiu com Jill Thompson na arte e ainda contou ainda com a chegada de Brian Bolland para assinar as capas.
Depois de ter desenhado a edição #85, o artista paraibano Mike Deodato Jr. assumiu o lápis da revista, acompanhando também as mudanças conceituais, com o manto da Mulher-Maravilha passando para Ártemis e Diana se comportando de maneira bem fria e calculista, dentro da linha de mudanças causadas pelo evento Zero Hora. A partir da edição #101 (setembro de 1995), veio uma nova mudança. John Byrne assumiu os desenhos e o roteiro, fazendo mudanças inicialmente muito bem recebidas e outras que foram dividindo os fãs à medida que as tramas avançavam (Diana se tornando Deusa da Verdade e o fato de a MM da Era de Ouro ser, na verdade, Hipólita, que viajou no tempo). O escritor ficaria no título até a edição #136. Seguiram-se então as relevantes fases de Eric Luke, Phil Jimenez e por fim, Greg Rucka.
ARCOS
Nesta fase existem, além das 226 revistas mensais, tivemos duas edições de numerações especiais. A edição #0 (que deve ser lida após a mensal #90) e a edição #1.000.000 (que deve ser lida após a mensal #138). Também foram publicadas duas narrativas especiais: Wonder Woman Special (1992), que deve ser lida após a edição mensal #62; e Our Worlds at War (2001), que deve ser lida após a edição mensal #172. O volume também conta com 8 anuais. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
- #1 a 7: Deuses e Mortais
- #8 a 14: Desafio dos Deuses
- #15 a 19: A Bela e as Feras
- #20 a 26: O Chamado do Destino / Invasão!
- #27 a 37: Origem da Mulher-Leopardo e Amazonas de Bana-Mighdall
- #58 a 62: Guerra dos Deuses
- #90 a 93: O Torneio
- #94 a 100: O Desafio de Ártemis
- #101 a 104: Segunda Gênese
- #105 a 108: Linhas de Vida
- #164 a 170: Paraíso Perdido
- #171 a 177: Paraíso Encontrado
- #195 a 200: Com os Pés no Chão
- #201 a 205: Rivais Amargos
- #206 a 213: Os Olhos da Górgona
- #214 a 217: Terra dos Mortos (iniciada com Flash Vol.2 #219)
- #218 a 226: O Fim da Missão
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Mulher-Maravilha Vol.3
Agosto de 2006 até Julho de 2010
Este volume já começa com um grande conflito. Um ano se passou desde a Crise nas Infinitas Terras e Donna Troy veste o manto da Mulher-Maravilha. Diana, após ter matado o vilão Maxwell Lord, entra em um auto-exílio, trabalhando no D.A.M. (Departamento de Assuntos Meta-Humanos) e observando Donna e Cassie (a Moça-Maravilha) à distância. Os eventos do arco de estreia abrem a porta para o retorno de Diana à ativa como Mulher-Maravilha, porém, com uma mudança marcante colocada em seu corpo pela feiticeira Circe. O volume possui apenas uma revista anual, que encerra os eventos do primeiro arco.
ARCOS
A única edição deste volume que não está listada em nenhum arco é a edição #5. Isso não significa que ela pode ser pulada durante a leitura. É que se trata de uma revista-ponte, ligando o final do arco Quem é a Mulher-Maravilha? com os eventos do arco seguinte, sem ser, a rigor, classificada como parte dessas histórias. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
- #1 a 4: Quem é a Mulher-Maravilha?
- #6 a 10: Amor e Assassinato
- #11 a 13: O Ataque das Amazonas
- #14 a 19: O Círculo
- #20 a 25: Confins da Terra
- #26 a 33: A Ascensão do Olimpiano
- #34 a 39: Assassino de Guerra
- #40 a 44: Contágio
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Mulher-Maravilha Vol.1 — (2ª Fase)
Agosto de 2010 até Outubro de 2011
Por um breve momento, ao longo de 15 edições, a revista Wonder Woman retornou ao seu volume original, fazendo o cumulativo de todos os volumes anteriores — ou seja, somando a revista #329, onde tinha parado antes, com todas as revistas nos volumes posteriores, chegando aqui ao número 600 (uma grande marca para uma revista em quadrinhos!), fazendo uma jornada que levaria a Amazona para os Novos 52.
ARCOS
Este volume é dividido em apenas duas histórias, ambas com a mesma linha narrativa, mas em momentos diferentes do desenrolar dos fatos. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
- #600 a 606: A Odisseia – Parte 1
- #607 a 614: A Odisseia – Parte 2
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Mulher-Maravilha Vol.4 — (Novos 52)
Novembro de 2011 até Julho de 2016
Este Volume 4 da revista da Mulher-Maravilha está dentro de era dos Novos 52. O título foi guiado por Brian Azzarello e Cliff Chiang até o sexto arco, seguindo-se daí para frente uma outra equipe criativa. A dupla inicial promoveu modificações no uniforme da heroína e também em sua história de origem.
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Este volume contém apenas uma revista anual, que deve ser lida depois da edição #40, pois finaliza do arco Devastado Pela Guerra. Há também uma especial, tie-in da saga Fim dos Tempos (Wonder Woman: Futures End #1), que em tese deve ser lida depois da edição #35, mas como ela se passa em um mundo de fantasia, não é uma necessidade algo necessário. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
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Mulher-Maravilha Vol.5 — (Renascimento)
Agosto de 2016 até …?
Depois da mega “enganação temporal” que foi a Era dos Novos 52 (apesar de a fase da Mulher-Maravilha ali ter sido muito boa), a DC trouxe (mais um!) novo momento em sua continuidade, uma fase denominada Renascimento (ou Rebirth, no original). O roteiro inicial desta fase ficou nas mãos de um antigo escritor da heroína, Greg Rucka; e a arte, também no início, a cargo de Liam Sharp.
ARCOS
Na linha atual da DC Comics, esta ainda é uma história em andamento, de modo que vamos atualizando o presente bloco à medida que as tramas forem sendo fechadas e publicadas. Abaixo, os arcos/histórias de destaque e as edições em que se encontram no título.
- One-Shot: Renascimento
- #1, 3, 5, 7, 9 e 11: Mentiras
- #2, 4, 6, 8, 10, 12 e 14: Ano Um
- #13, 15, 17, 19, 21, 23 e 25: A Verdade
- #16, 18, 20, 22 e 24: Godwatch
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Séries Especiais, Minisséries e One-Shots
Por uma questão óbvia de controle de publicações, constarão aqui apenas as séries especiais, as minisséries e as one-shots que não estiverem relacionadas com as séries regulares acima. Constarão igualmente apenas as publicações para as quais temos críticas aqui no Plano Crítico. À medida que novas análises forem surgindo, mais entradas serão adicionadas a este bloco.
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Ano |
Título da Aventura / Arco |
Tipo |
2021 | Terra Um – Volume Três | One-shot |
2020 | Mulher-Maravilha: Terra Morta | Minissérie |
2016 | Terra Um – Volume Dois | One-shot |
2016 | A Verdadeira Amazona | One-shot |
2016 | Terra Um – Volume Um | One-shot |
2016 | A Lenda da Mulher-Maravilha: Capítulos 1 a 9 | Minissérie |
2014/15 | Sensation Comics Featuring Wonder Woman Vol. 1 | Série |
2014 | Scooby-Doo Team-Up: Mulher-Maravilha | Série |
2003 | Mulher-Maravilha, Batman e Superman: Trindade | Minissérie |
2002 | Hiketeia | One-shot |
2001 | O Espírito da Verdade | One-shot |
1998 | Amazônia | One-shot |
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Wonder Woman/ConanEM BREVE |
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Comic StripEM BREVE |
A Lenda da Mulher MaravilhaEM BREVE |
Artemis & Wonder WomanEM BREVE |
Wonder Woman (Ororo)EM BREVE |
Wonder Woman & Jesse QuickEM BREVE |
Whom Gods DestroyEM BREVE |
The Once and Future StoryEM BREVE |
Tangent Comics: WWEM BREVE |
WW vs. the Red MenaceEM BREVE |
Just Imagine: Wonder WomanEM BREVE |
The Blue AmazonEM BREVE |
DC Comics Presents: WWEM BREVE |
Ame-Comi Girls: Featuring…EM BREVE |
Amazons AttackEM BREVE |
Wonder Woman ’77 SpecialEM BREVE |
WW 75th AnniversaryEM BREVE |
WW: Steve Trevor SpecialEM BREVE |
Batman ’66 + WW ’77EM BREVE |