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Crítica | Madagascar 2 – A Grande Escapada

por Ritter Fan
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estrelas 3,5

Obs: Crítica originalmente publicada em 2012. 

Madagascar 2, que de Madagascar só tem os primeiros 5 ou 6 minutos, é muito divertido, quase tanto quanto o original. Voltam todos os personagens do primeiro filme: o leão Alex (dublado por Ben Stiller no original), a zebra Marty (Chris Rock), o hipopótamo Glória (Jada Pinkett Smith) e a girafa Melman (David Scwhimmer). No entanto, voltam, principalmente, Julien, o rei doidão dos lêmures (Sacha Baron Cohen) e os quatro impagáveis pinguins. Para dar o tom, o filme já abre com os personagens cantando “I like to move it, move it” (ou, “Eu me remexo muito”, em português) em uníssono.

A fita tem um fiapo de história: ao tentar voltar para Nova Iorque, nossos amigos selvagens vão parar na África. Alex reencontra imediatamente seus pais, em uma daquelas coincidências absurdas que temos que aceitar. Melman, o hipocondríaco, torna-se o curandeiro de seu povo enquanto Marty descobre, para sua surpresa, que não é único e especial como achava. Gloria, por sua vez, procura o amor.

A narrativa é só desculpa para boas piadas envolvendo, novamente, os coadjuvantes que, dessa vez, têm a companhia de um bando de engraçados macacos desordeiros. No entanto, os roteiristas poderiam ter criado antagonistas mais interessantes. Há o clássico “leão malvado” que tem inveja do pai de Alex e, até aí, não havia muita saída mesmo. O inusitado é a escolha dos turistas americanos como vilões, dentre eles a senhora que espanca Alex na estação de trem do primeiro filme. Não faz muito sentido e soa extremamente forçado, mas, afinal de contas, Madagascar não é uma franquia que almeja grandes voos em termos de originalidade. O grande problema é a repetição das gags, que acaba cansando o espectador.

Sabendo da fraqueza da trama, os roteiristas passam, então, a trabalhar em cima do que deu certo no primeiro filme e dedicam muito do tempo da obra aos pinguins e sua operação quase militar para reconstruir o avião que os trouxe até lá. Assim, os momentos de destaque são protagonizados pelo Rei Julien falando as sandices dele e os pinguins tendo que lidar com a greve dos macacos. Do lado dos quatro heróis, a única história que realmente merece destaque é o caso de Glória com Moto Moto (Will i Am), um hilário hipopótamo conquistador.

No final das contas, é Alex que se torna o personagem mais insosso de todos, já que protagoniza um draminha familiar na linha de O Rei Leão só que sem nem a sombra da majestade do filme da Disney. Mas tudo fica quase perdoado quando lembramos que essa mesma dupla de diretores/roteiristas criou os pinguins malandros e o Rei Julien, os pontos altos desse e do outro filme.

Embalado por uma trilha sonora recheada de grandes sucessos da década de 80 e com computação gráfica realista fazendo contraste com animais desenhados de forma cartunesca, o filme cumpre seu dever com louvor ainda que, claro, o frescor e originalidade da primeira parte tenham sido perdidos aqui.

Madagascar 2: A Grande Escapada (Madagascar: Escape 2 Africa, EUA, 2008)
Direção: Eric Darnell e Tom McGrath
Roteiro:  Eric Darnell, Tom McGrath e Etan Cohen
Elenco (vozes no original e em português): Ben Stiller, Alexandre Moreno, Chris Rock, Felipe Grinnan, David Schwimmer, Ricardo Juarez, Jada Pinkett Smith, Heloisa Perissé, Sacha Baron Cohen, Cedric the Entertainer, Will i Am, Sérgio Loroza
Duração: 89 min.

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